Efeito Kate Hudson


Eu lembro que depois da operação [no quadril] perguntei aos médicos se teria condições de voltar a jogar ainda este ano. Não tinha nenhuma expectativa e isto me fez jogar mais relaxado, sem muita pressão”.

O que Alexander Emmanuel Rodriguez, terceira base do New York Yankees, disse após o jogo 2 contra o Minnesota Twins, refletindo sobre a sua temporada 2009, pode ter uma fator a mais que colaborou para que ele atuasse bem ao longo do campeonato e principalmente em Outubro: a “Quase Famosa” Kate Hudson.

Depois de uma pré-temporada turbulenta e cheia de distrações, A-Rod passou a se concentrar somente no beisebol dia 8 de Maio, quando ele estreou neste campeonato contra o Baltimore Orioles, e marcou um home run (HR) de três corridas rebatendo a primeira bola que lhe foi arremessada. As informações das “agências OK! OK!” dão conta que foi no início do mês cinco que Alex e Kate começaram a namorar.

Parece que ela vem fazendo boas coisas para ele.

A temporada regular não foi marcante em números para A-Rod, mas ele foi consistente ao longo dos jogos. O mais importante foi terminar forte o campeonato para entrar bem nos playoffs. Ele fez isto no último jogo da temporada, contra o Tampa Bay Rays, marcando um grand slam e um HR de três corridas na mesma entrada – o único jogador em toda história da Liga Americana a marcar 7 RBI´s em uma entrada. Este feito contribuiu para que ele terminasse com 30 HR´s e 100 RBI`s (ou mais) pela 13ª vez na carreira, empatando com Manny Ramirez, Babe Ruth e Jimmie Foxx em toda a história da MLB.

Porém, o que todos esperavam é como ele jogaria na pós-temporada. Alex tem a sina de não atuar bem nos playoffs, principalmente desde 2004. Sem contar 2009, os números dele neste período (até 2008) foram desastrosos: 8-56 (.146 BA), 0-18 com corredores em posição de marcar (na 2º e/ou 3º base), um HR e uma RBI. Em 2006, na série contra o Detroit Tigers, o então treinador Joe Torre chegou a colocá-lo na posição número 8 na linha de rebatedores. Dados convincentes para questionar o potencial dele em ajudar os Yankees na busca por mais um título.

Tudo mudou nestes playoffs.


O camisa 13 dos Yankees vem de uma sequência fantástica, quebrando recordes e sendo decisivo em todos os confrontos. Dos 5 HR´s que ele anotou, três foram para empate, da sétima entrada para frente; segundo o Elias Sports Bureau (instituto de pesquisa esportiva) nenhum jogador fez isto antes.

Este mês de Outubro está mostrando ao mundo da MLB outro Alex. Ele chega a World Series com um aproveitamento de .438, 12 RBI´s e 14 rebatidas, além dos 5 HR´s. Entre tantas estatísticas favoráveis, uma chama a atenção do Philadlephia Phillies (adversário da grande final): seu OBP.

On Base Percentage (OBP) é uma das estatísticas complicadas do beisebol, mas que pode ser resumida da seguinte forma: é a medição das vezes que o rebatedor alcança uma das bases. O número de A-Rod nesta pós-temporada é de .548, extremamente alto para o seu padrão (.390 é a média na carreira) e também para o padrão da MLB. Não chega ao .582 que Barry Bonds, ex-jogador do San Francisco Giants, conseguiu nos playoffs de 2002 (quando seu time enfrentou o Anaheim Angels na World Series), mas A-Rod poderá ter o mesmo tratamento que a estrela dos Giants teve. Na decisão de´02, Bonds recebeu 13 walks e muitos especialistas argumentam que os Phillies devem fazer o mesmo com Alex, forçando os arremessos sem medo de dar a primeira base de bandeja, não fazendo um walk intencional, mas sendo agressivo quando ele estiver no ataque. Melhor assim do que desafiá-lo com o bastão.

Os sinceros não têm medo de afirmar que não esperavam tanto assim de A-Rod, embora duas pessoas da organização Yankee afirmem que não é surpresa estas boas performances. Joe Girardi, treinador, disse que “A cirurgia deu a ele [Alex] um tempo para refletir e eu acredito na importância da reflexão para as pessoas. Desde a primeira vez que ele veio para o bastão em Maio, ele está conseguindo boas rebatidas depois de boas rebatidas”.

George Steinbrenner, dono da franquia, tem uma explicação mais simplista. Quando questionado se imaginava esta cena atual lá atrás em Fevereiro, ele respondeu: “Sim, porque ele [Alex] é um cara incrível”.


Talvez haja uma razão mais simples ainda, e ela tem nome e sobrenome: Kate Hudson (acima). Os milhões de torcedores anti-Yankee, e que entendem o mundo das celebridades, dizem que Hudson está “usando” A-Rod, assim como fez com outros (ator Owen Wilson - Bater ou Correr, Marley e Eu - , por exemplo) e que a qualquer hora do dia (ou da noite) tudo pode acabar.

Os milhões de torcedores pró-Yankee torcem para que Hudson continue fazendo com A-Rod “o-que-seja-que-ela-está-fazendo”. E se caso queira terminar o relacionamento, que aconteça depois da World Series, mesmo (Ok! Ok!) com o casamento marcado para o final do ano – Ok! Ok!²: ela também ia casar com Owen Wilson...

É isso que dar ser rico, bonito e jogador do New York Yankees: o resultado desta soma é igual a namorada de Hollywood. Impossível não lembrar de Joe DiMaggio (jogador do New York Yankees) com Marilyn Monroe (namorada de Hollywood), apesar de ser óbvia a péssima comparação, pois ambos precisam fazer muito para chegar ao nível do casal famoso dos anos 50. O título da World Series será um passo importante para A-Rod entrar na galeria de ídolos dos Yankees; e virá com um embrulho escrito “presente da Kate Hudson”.


(GL)



© 1 Stephen Dunn / Getty Images


*Montagem sobre cartaz do filme "Raising Helen (Um Presente Para Helen) da Touchstone Pictures / Direitos Reservados


PS: Leia “Luzes da Sexta à Noite” , artigo sobre Derek Jeter e a quebra do recorde de mais rebatidas com a camisa dos Yankees (publicado em 14 de Setembro)

Um comentário:

Silvano Vianna disse...

A-Rod tem jogado muuuuito nesses offs espero que esse seja um recomeço dele nas fases decisivas da MLB. Como torcedor do Yamkees e fã o Beiseball é muito bom ver um cara de tamanho talento jogando tão bem.

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