Tablóide Ambulante

Com certeza esta não foi a melhor pré-temporada para Alex Rodriguez, terceira base (3B) do New York Yankees. Divórcio, Madonna, doping, cirurgia... Como ele vai sair dessa e tentar mudar as suas recentes manchetes da página de fofoca para o caderno de Esportes, é a história a ser acompanhada nesta temporada.

Porque nos últimos meses se viu mais noticias de A-Rod, sobre sua vida pessoal, na People, na Oprah e nos programas de auditório do que comentários e analises nas seções esportivas em relação ao que ele pode fazer para ajudar os Yankees.

E quem imaginaria que isto aconteceria logo com ele, um cara “acima de qualquer suspeita”. A Sports Illustraded estampou uma manchete na capa da revista sobre a história do doping com a perfeita definição: “O Último Grande a Cair”.

Porém, esta queda começou um pouquinho antes com...

...O DIVORCIO.


Até Julho de 2008, Cynthia Scurtis e Alex Rodriguez eram um casal feliz. A separação veio neste mesmo mês com Cynthia alegando “problemas” no relacionamento. Surgia então a grande motivação dos tablóides e das revistas de fofoca: Descobrir o que são estes “problemas”. A “investigação” foi achando algumas coisas, mas o principal, aliás, como sempre, foi a infidelidade. Mas...

...UM CASO COM MADONNA?!


Bem, não foi assim, segundo disse a estrela da MLB e a rainha do Pop. Mas, dias depois da confirmação do divórcio, a US Weekly (revista especializada em celebridades) publicou rumores que Madonna e A-Rod poderiam estar tendo um caso. Mesmo sendo negado por ambas as partes, este “buchicho” foi suficiente para, inclusive, o jogador ser destaques em publicações brasileiras do gênero; Contigo, Caras, Quem e etc. Para piorar um pouco a imagem de Rodriguez, a poucos dias atrás o New York Daily News (na pagina de “Gossip”) publicou reportagem mostrando o seu ...

...ENVOLVIMENTO COM KRISTIN DAVIS (não é a atriz do “Sex and the City”)...


...e sim a “cafetona” (na foto acima) que providenciou mulheres para o ex-Governador de New York Elliot Splitzer. O relacionamento, segundo Kristin, era não só profissional, mas pessoal. Este caso aconteceu entre 2006 e 2008, portanto A-Rod ainda era casado. Contudo, esta descoberta não foi nada se comparada ao que Selena Roberts da Sports Illustaded desvendou e publicou em Fevereiro deste ano o...

...DOPING...

...do jogador que todos do beisebol menos suspeitavam que pudesse ter feito algo parecido, pelo seguinte fato: Em uma entrevista a Peter Gammons da ESPN, ele confirmou que se dopou de 2001 a 2003. Porém seus números de HR, RBI e porcentagem no bastão foram sempre constantes durante toda a carreira. Diferente de outros jogadores que recentemente foram pegos no doping.

Por isso que até hoje não se fala dos números - comenta-se claro o fato dele ter trapaceado e jogar três temporadas de forma ilegal -, mas se destaca mais a questão do “modelo” que A-Rod era (ou queria ser): o bonitão que joga no principal e mais importante time da liga, o cara mais bem pago do esporte... Ele disse em todas as entrevistas, após a história do doping ser publicada, a palavra “naive” que quer dizer:

INGÊNUO.

Na verdade, o que ele sempre foi (ou é). Este estereótipo de “cara bonitão” que consegue qualquer coisa não funciona em New York. Deu certo em Seattle e no Texas quando era só ele dá uma “piscadinha de olho” e tava tudo certo; era só inventar uma história que o pessoal esquecia de qualquer problema que poderia acontecer. Contudo, na “capital do Mundo” é diferente. A imprensa é exigente tanto quanto os fãs. O papo de menino ingênuo não “pega” por lá.

No meio deste turbilhão, algo sério aconteceu no dia 9 de Março deste ano quando Alex fez uma...

...CIRURGIA...


...no seu quadril direito e deve fazer sua estréia na MLB nesta temporada só na segunda quinzena de Maio. Os Yankees vão precisar dele para ter um das melhores linhas de rebatedores da liga com Derek Jeter, Johnny Damon, A-Rod, Mark Teixeira e Hideki Matsui no bastão. É importante para o clube ter Alex de volta, saudável é claro. Lembrando que ele é o jogador mais jovem a alcançar 500 HR´s; foi 3 vezes MVP da Liga Americana (2003, 2005 e 2007) e 2 vezes luva de ouro da mesma liga (2002 e 2003).

Alex Rodriguez, apesar de tudo, é ainda umas das principais estrelas da MLB. Algumas pessoas mais tradicionais do mundo do beisebol chegam a argumentar se de fato ele é tão importante assim para o jogo, devido a estas histórias relatadas acima. Esta é a temporada que ele pode mostrar que de fato é um jogador da MLB, se concentrando mais nas partidas e levar os Yankees de volta ao título.

Isto só vai acontecer quando a ingenuidade de A-Rod simplesmente desaparecer, para que uma...

...FOTO INAPROPIADA...


...igual a esta (revista Details) não ocorra mais, fazendo com que as pessoas esqueçam que ele é um jogador de beisebol e o coloquem no “mundo dos tablóides” (não seria mais fácil colocar um alvo no peito?).

Sendo assim, os puritanos estarão com a razão. Cabe a ele mostrar o contrário e responder com títulos e boas performances dentro de campo.

© 1 Steven Kline / Details
© 2 Herman / NYDN

O Desconhecido

Danny Granger talvez seja “o-melhor-jogador-que-ninguém-fala" da NBA. Sobre isto, no jogo das estrelas, aconteceu algo interessante: Em um trabalho voluntário em Phoenix, um fã chegou nele para pedir um autografo e tirar algumas fotos; só que ele o confundiu com o Paul Pierce...

Porém, as coisas estão mudando para o camisa 33 do Indiana Pacers. Ser escolhido pelos técnicos para participar do “All-Star” já é um avanço (na foto ao lado com seu pai lhe entregando a camisa e Larry Bird); concorrer ao prêmio de jogador de "maior evolução" do campeonato deste ano, é mais um passo à frente. Granger, nesta sua quarta temporada na associação, está com 24,8 PPJ (até o dia 27/03), 5 pontos a mais que na temporada passada jogando a mesma quantidade de minutos por jogo: 36.

Os Pacers apostam tudo em Danny para fazer uma reviravolta na franquia e apagar aquela péssima imagem da briga em Auburn Hills que ainda marca o time; o novo slogan da equipe é "Paixão, Orgulho". Por se encaixar neste método, ele foi a escolha ideal no draft de 2005 – 17ª, mesmo vindo de uma universidade sem grande tradição no basquete, a New Mexico Lobos. E pensar que no draft de 2005 nomes como Yaroslav Korolev (LA Clippers); Fran Vazquez (Orlando Magic) e Ike Diogu (Golden State) foram escolhidos à frente de Granger...

Ele até queria ir para universidades com programas de basquete mais forte dentro do seu estado (Louisiana) como LSU e Tulane. Foi menosprezado por essas escolas mesmo ele, no ensino médio, ter sido selecionado para o “McDonald´s All-Star”. Na verdade, ele foi inicialmente para a Bradley (em Illinois) e depois para New Mexico.

Bom, melhor do que ir para a Yale, a faculdade dos “intelectuais”.

É isso mesmo! Se as escolas não estavam interessadas no jogo de Granger, estavam no seu currículo acadêmico que é acima da média. Depois de concluir o ensino médio, a única universidade a mostrar interesse nele foi a Yale, exatamente por isso. Então a NBA perderia uma estrela para os estudos. Granger não é o único “cérebro” da família. Sua irmã, por exemplo, é engenheira da computação, seu irmão é músico e “back vocal” da Jordin Sparks; já foi também da Alicia Keys.

Danny nunca imaginou que chegaria a este ponto em sua vida; ser uma estrela no melhor basquete do mundo ou de ter uma oportunidade de estudar na Yale. Desde criança, ele só queria sobreviver para poder contar história; o bairro onde ele nasceu é daquele tipo “onde filho chora e a mãe não vê”. O pai dele foi quem o criou, junto com seus outros irmãos, sempre o aconselhando para “ficar longe das ruas”, “ter cuidado com quem anda” e outros tipos de orientação. Apesar de Danny ter sido obediente e nunca ter se envolvido com o “movimento”, era impossível não estar nas ruas.

Aos 12, um dos seus melhores amigos morreu vitima de bala perdida, Granger estava do lado dele na hora. Aos 13, foi a vez da bala “se achar” nele; recebeu um tiro de raspão na perna e a ferida não cicatrizou até hoje; por isso ele joga com uma proteção no local porque, se a bola ou um adversário bater forte em sua perna, é possível que ela sangre e cause uma inflamação.


Está aí! Ele consegui! Esta história de sobrevivência ele pode contar. E quem sabe daqui a alguns anos ele vai poder dizer para alguém:


Lembra em 2009 quando um fã chegou em mim pensando que eu era o Paul Pierce (risos) engraçado né... Se hoje ele me ver, um "All-Star" da NBA com todos estes prêmios que conquistei, talvez ele não se confunda mais...


© 1 Getty Iamges
© 2 Ron Hoskins / Getty Images

A Crise Econômica e a NBA: Greve à Vista!

Como todo empreendimento, a NBA está passando por dificuldades neste tempo de crise financeira mundial. No caso especifico da associação, o problema é mais grave do que se imagina e caso não se ache uma solução para o contrato entre a liga e o sindicato dos atletas, que termina 30 de Junho de 2011, a NBA pode parar por até dois anos.

Para tentar evitar o pior, Billy Hunter (presidente do sindicato dos atletas à esq. na foto) e David Stern (o presidente da NBA, à dir. na foto) já estão discutindo as maneiras que franquias e jogadores podem negociar o contrato que teve o seu último acordo em 2005. Estas conversas vêm desde o “All-Star Game” desta temporada. Inclusive, no próprio mês de fevereiro deste ano, Stern anunciou uma redução gradativa no teto salarial e nas taxas extras dos clubes.

Quem trouxe esse assunto “Greve” à tona foi o empresário de jogadores, David Falk em uma reportagem no “New York Times” dizendo que “o Sindicato não vai ceder muito nas negociações com os donos de franquia em 2011”. Sabendo que as empresas fora da NBA dos donos de franquia estão tendo enormes prejuízos (assim como seus clubes) e que eles vão querer algo mais de seus times... Está então criado o impasse. Os jogadores vão querer receber um pouco mais, porque estão sendo afetados com a crise igual a todo mundo; já as franquias não vão querer dar tanto dinheiro assim.

Será que 1999 irá se repetir? A greve de 10 anos atrás não foi total, mas prejudicou bastante a associação e os jogadores que atuaram em apenas 50 jogos na temporada normal. O acordo de então teve o seu término em 2005 e tinha tudo para não ser renovado, porém o exemplo da NHL que não realizou a temporada 2004-05 fez com que o sindicato e a NBA chegasse logo a um acordo antes que qualquer fofoca de um possível desentendimento chegasse aos fãs.

Só que desta vez não deu pra fazer o mesmo.

Charles Barkley (ex-jogador e hoje comentarista) também alertou recentemente em um programa de rádio sobre o perigo de uma nova greve na NBA. Os jogadores estão cientes disto e comentam vez ou outra sobre o assunto em entrevistas. Os donos? Bem, se não for por entrevista, dá para entender o que eles pensam pelas suas ações.

Veja um caso que aconteceu nesta última janela de negociações: Os Suns colocaram Amare Stoudemire na vitrine, querendo se livrar dos U$15 milhões de salário anual. Alguém levantou uma oferta para Amare? Ninguém! Um jogador com um talento de “All-Star” não receber uma proposta sequer... Afinal, quem quer pagar U$15 milhões para um atleta que no final da próxima temporada será “agente livre”? O que importa é o negócio em si.

O Phoenix não está sozinho nesta. Os Nets (Vince Carter). Rockets (Tracy MacGrady), Sixers (Elton Brand), Clippers (Baron Davis) entre outros exemplos, tem jogadores caríssimos no elenco e querem se livrar do dinheiro, quer dizer, deles o mais rápido possível e de preferência ganhando uma coisinha na transação.

Fora isto existe mais um problema: os “agentes livres” de 2009 e 2010.

O que os donos devem fazer? Assina com o jogador um contrato longo com menos dinheiro ou um contrato curto com mais dinheiro...Os atletas, esperam propostas de outros clube ou ficam onde estão...São dúvidas que poucos sabem responder. Para se ter uma ideia do que estar por vir, veja a lista dos prováveis agentes livres de 2009 e 2010.

2009

Lamar Odom (Lakers); Shawn Marion (Raptors); Carlos Boozer (Jazz); Allen Iverson (Pistons); Rasheed Wallace (Pistons); Ron Artest (Rockets); Kobe Bryant (Lakers); Andre Miller (Sixers).

2010

Dirk Nowitzki (Mavericks); Paul Pierce (Celtics); Manu Ginobili (Spurs); LeBron James (Cavaliers); Joe Johnson (Hawks); Michael Redd (Bucks); Chris Bosh (Raptors). Tyson Chandler (Hornets); Yao Ming (Rockets); Steve Nash (Suns); Amare Stoudemire (Suns); Ray Allen (Celtics); Richard Jefferson (Bucks).

Estes são os jogadores que decidirão este jogo, só que ao invés de usar a bola, vão te que usar a caneta.

Uma década se passou desde a última greve e Ray Allen, um dos 50 jogadores que estão hoje na NBA e passaram pela temporada 99-00. disse que “Os jogadores de hoje são mais inteligentes e não querem cometer o mesmo erro que outros fizeram”. Mas falou também que “...nem um dos lados deve sair na vantagem...”.

Outro jogador que comentou sobre o fato foi Bobby Jackson: “Se a economia continuar deste jeito, vamos ter greve na certa. Os donos vão querer mais cortes salariais e os jogadores não. Contudo, temos que colocar a diferença e o egoísmo de lado e decidir o melhor para ambos; assim vamos poder jogar e dar aos fãs o que eles querem”. De fato o entendimento e a razão tem que ser fatores a se colocar na mesa nessas negociações, buscando principalmente a tentativa de reformular o teto salarial da NBA que completa 25 anos (mesmo período de David Stern na presidência da associação).

Se os jogadores estão mais conscientes, os donos estão mais pessimistas. Bobby Jackson tem razão: se a economia continuar deste jeito (ou piorar) a greve vai acontecer, mas não porque os donos vão querer mais cortes; é que o prejuízo deles será menor se não tiver campeonato.



PS: Charge no logo da NBA do New York Daily News

Dor de Cotovelo

Até nisso os fãs dos Phillies são solidários com Cole Hamels...

O principal arremessador do atual campeão da World Series não vai abrir o campeonato, dia 5 de Abril contra o Atlanta Braves, devido a uma inflamação no seu cotovelo esquerdo (o braço de arremesso). Aparentemente a organização está tranquila com a situação e vai colocar Brett Myers como titular no jogo de abertura. Porém, sabemos que as aparências enganam...

Por mais que se tente esconder, há uma preocupação dos treinadores em relação o quanto esta lesão pode prejudicar Hamels. De acordo com o jogador, o incomodo está diminuindo com o tempo (ele se machucou dia 16 de Março no Centro de Treinamento do clube), mas a comissão está sendo mais cautelosa e colocará o arremessador, na semana antes do inicio da temporada, para jogar nas divisões de base (Minors); desta forma será possível analisar a gravidade da lesão. O que vai ser observado de perto é como ele irá reagir depois do descanso entre uma entrada e outra.

Agora, aqui cabe uma pergunta: Uma “inflamaçãozinha” no cotovelo é pra gerar toda esta tensão?

Sim. Porque esta não é a primeira contusão de Cole Hamels em seu braço esquerdo.

No ano de 2000, quando ele jogava na escola de ensino médio (High School) Rancho Bernardo, em seu terceiro ano, ele quebrou o antebraço esquerdo em um jogo. Graças a este fato vários times da MLB começaram a perder interesse no jogador. Mesmo assim, Philadelphia o escolheu na primeira rodada; a 17ª escolha no draft de 2002.

Uma cirurgia, porém, foi necessária para corrigir a fratura e os seus números de entradas jogadas foram bastante baixos nas ligas de base; só 152 entre 2003 e 2005. Entretanto a recuperação estava sendo boa e o talento falou mais alto quando Ed Wade, o treinador dos Phillies na época, o convidou para participar da pré-temporada de 2005. Só que nem tudo correu bem como se esperava...

No inicio de 2005, Cole Hamels e mais outros jovens jogadores dos Phillies se envolveram em uma briga no estacionamento de um bar em Clearwater, Florida (sede dos. Threshers, time da base dos Phillies) Todos, menos Hamels foram expulsos da organização. Para agravar mais o incidente, Cole quebrou a mão esquerda na briga e teve que passar mais uma vez por cirurgia. A diretoria do Philadelphia só não dispensou Hamels porque seus números eram incríveis. Ele terminou sua carreira nas minors com 14 vitórias, 4 derrotas e 273 strikeouts em 35 jogos.

Chega 2006, o ano marcante para a carreira e vida de Hamels. Ele estréia na MLB e se casa com Heidi Strobel (na foto à esq. com Cole), ex-capa da Playboy americana e ex-participante do Survivor, espécie de “No Limite”, lembra? Aliás, ela participou da edição “Amazon” que foi gravada no Rio Negro, Amazonas em 2003. Ele a conhece desde 2004 e Heidi colaborou bastante para sua recuperação. Segundo o próprio arremessador disse uma vez “Ela me ensinou a maneira certa de cuidar da minha parte física, com rigorosas sessões de treinamento de seis horas diárias”. O resultado é que nas suas duas temporadas completas na MLB (2007 e 2008) ele arremessou em 410 entradas e 2/3. No ano passado, pra ser mais especifico, ele arremessou em 227 entradas e 2/3 ficando atrás só de Johan Santana na Liga Nacional (234 entradas e 1/3).

Exatamente esta durabilidade mostrada nos dois últimos anos é que preocupa os fãs dos Phillies, que pensam: “Ele jogou duas temporadas sem contusão e foi excelente. Será que esta lesão atual pode fazer com que o rendimento dele diminua?”.

Bom, aí é esperar pra ver. Por isso que a comissão está tendo todo um carinho especial com Cole Hamels - assinou um contrato de U$ 20,5 milhões por três anos no inicio de 2009 - para não perder o MVP da última World Series e o verdadeiro ace do time.

Os fãs vão torcer para que esta dor de cotovelo passe logo e pra, quem sabe, Heidi fazer algo especial para recuperá-lo...

As Escolhas de Obama

Calma, não vamos falar de política; nem comentar as decisões do presidente dos EUA em relação aos BRIC´s (Brasil, Rússia, Índia e China, os países emergentes); nem relatar os casos do escândalo envolvendo a seguradora AIG. Vamos falar de esporte; basquete para ser mais especifico.

Nesta terça (17) Barack Obama cumpriu um ritual que ele faz todo ano, preencher a tabela do torneio da NCAA de basquete universitário masculino. A diferença é que desta vez o mundo viu quem ele escolheu nas chaves do campeonato. Isto graças a Andy Katz (ESPN).

Andy é um dos jornalistas mais conceituados quando o assunto é basquete universitário. No ano passado, um dia antes das eleições americanas, ele participou de uma “pelada” de basquete que Obama (mostrando seu estilo na foto à esq.) promoveu em Chicago só para pessoas próximas, e Andy estava lá sendo um dos poucos jornalistas presentes. Depois do final da brincadeira, em uma conversa particular, Andy Katz perguntou à Obama: “Caso o Senhor vença a eleição, em Março, você escolhe suas chaves do torneio da NCAA com agente?”. “Sim” Barack respondeu imediatamente.

Então, promessa dita, promessa cumprida (lá eles têm o costume de cumprir o que dizem...). Obama reservou vinte minutos da sua agenda para gravar a reportagem que foi pro ar nesta quarta (18) na ESPN. O curioso da história é que a mobilização foi geral, principalmente dos órgãos de imprensa, sobre quais seriam as escolhas de Obama. Isto porque, pra quem não sabe, ele conhece muito de basquete. Entre resolver o problema econômico do país e lidar com uma crise aqui e acolá, ele mostrou-se por dentro da NCAA, comentando sobre os jogadores machucados, as universidades que ficaram de fora...

Bom, vamos ver o que de mais importante Barack Obama (o fã de basquete, não o presidente) comentou sobre o torneio da NCAA.

11Virginia Commonwealth (VCU) passando por 6UCLA


Uma das zebras que ele escolheu, e é bem provável que aconteça. VCU já fez isto em 2007 quando passou por Duke e tem condição de repetir o feito este ano. De olho no armador Eric Maynor (VCU) (na foto acima) que entra no torneio com uma média de 22,4 PPJ.

VCU, eles estão jogando forte e a ‘Pac-10’ está bastante fraca este ano. Eu gosto desta ’zebra’" disse Obama.

E tem razão, a conferência Pac-10 deve ter apenas um representante na segunda rodada: Washington, que tem condições de avançar mais. Já as outras universidades (UCLA, Califórnia, Arizona, Arizona State e USC) devem ser eliminadas na primeira fase.


Memphis Tigers no Final Four


A chave do Oeste é a mais difícil de fazer uma previsão e Obama cravou Memphis como o vencedor da região. “Memphis é um dos melhores times fisicamente. Pra mim eles tem chance sim” disse o presidente deixando a “cabeça de chave” UConn para trás.

De fato Memphis tem condições reais de ir para o segundo Final Four seguido, se baseando na sua principal força que é o jogo defensivo. Muitos especialistas dizem que Memphis deveria ser a nº1 ao invés de UConn; tudo indica que esta questão se resolverá em quadra no “Elite Eight” (quartas-de-final), quando provavelmente elas se enfrentarão.

Escolha mais difícil de ser feita?

Pittsburgh contra Duke? Barack Obama foi de Pitt. “Duke tem esses habilidosos jogadores no perímetro, mas não tem tanta força dentro do garrafão. Pra mim DeJuan Blair vai devorá-los”.

É mais ou menos pro aí. Duke tem talento, mas seu jogo não se encaixa com o de Pitt. A força aqui vai prevalecer sobre a habilidade.

Afinal de contas, quem vai vencer?

Para Obama é North Carolina (na foto, da esq. pra dir.: Ty Lawson, Tyler Hansbrough e Wayne Ellington). “Sabe o que eu gosto de Carolina: a experiência e o equilíbrio” disse Obama “Eu acho que Lawson vai se recuperar e aí eles terão um armador experiente que pode controlar o jogo e converter lances livres no momento decisivo; esta vai ser a diferença”.

O Presidente vai de acordo com o que o povo pensa, neste caso. Os Tar Heels são a aposta da maioria dos jornalistas e especialista que acompanham a NCAA. Alguns escolhem Louisville, outros Pitt, mas a maioria pensa como Obama (ou vice e versa).

Interessante ver uma das pessoas mais ocupadas do mundo tirar um tempo e fazer esta brincadeira com, aliás, um grande conhecimento dos times e jogadores (na foto ao lado, ele e Katz com sua tabela personalizada). Segundo os seguranças da Casa Branca disseram a Andy Katz, quando ele estava saindo do breve encontro, estes foram os únicos 20 minutos de descanso e distração que Barack Obama teve durante o todo dia...

Ouvi alguém dizer carismático por aí?

Para mais informações sobre o torneio da NCAA leia "Quem vai cortar as redes em Detroit?".

Mais do que um MVP

A grande discussão do momento na NBA é esta: Quem será o MVP desta temporada? Três são os candidatos (LeBron James, Kobe Bryant e Dwyane Wade). Porém, muitos colocam o armador do Heat fora da disputa, levando em consideração a colocação do seu time na tabela; enquanto Cavaliers e Lakers brigam pela primeira posição em toda a associação, o Miami está em sexto no Leste com aproveitamento de 54%.

Este argumento, contudo, pode valorizar mais o que D-Wade vem fazendo na sua melhor temporada individual na carreira: (médias até 17/03/09)

PPJ: 29,7 / APJ: 7,7 / TPJ : 1,4 / RPJ: 2,2 / FG: 49%

Todos estes números são os melhores dentre os seis anos de Wade na NBA. Até seu aproveitamento de três está acima da média: 31% nesta temporada contra 28% em toda a carreira. Sem esquecer de um detalhe: Tudo isso feito sob o comando deu um treinador em seu primeiro ano (Erik Spoelstra); com um armador novato (Mario Chalmers); com um ex-Globetrotter no time (Jamario Moon) e com o segundo cestinha da equipe (Jermaine O´Neal) marcando metade dos pontos de D-Wade em média por jogo.

Apesar disso tudo ele não vai ganhar o MVP. Nos últimos anos o troféu foi para o jogador que estava no time que foi o melhor da temporada regular ou pelo menos estava na disputa. Exatamente por isso que James e Kobe são os candidatos “reais” ao prêmio. Independente de quem vai ficar com as honras de “jogador mais valioso”, Dwyane já pode se considerar o vencedor moral.

Na verdade, qualquer feito que ele alcançar na NBA é motivo para celebrar.

Sua infância foi extremamente complicada, vendo os pais se divorciarem aos 6 anos de idade e sua mãe, Jolinda Wade, vivendo no mundo das drogas. Desta forma, quem desde cedo cuidou dele foi sua irmã Tragil. A partir de então o menino toma uma decisão; vai ser inspiração para mãe, um exemplo de superação; justamente isto o que Jolinda precisava.

O caso da mãe de Dwyane foi extremamente grave. Ela era viciada em heroína, cocaína, álcool e cigarro. Diversas vezes foi presa e não acompanhou de perto o crescimento do filho. Um dia ela recebeu na prisão uma carta de Dwyane que dizia: “Se existe alguém que vai te dar inspiração, este alguém sou eu. Eu vou mostrar pra você que é possível superar” O que então Wade poderia fazer para ajudar sua mãe a superar o vicio? Fazer algo impossível talvez...Por que não jogar na NBA?

Inspiração ele tinha, afinal estava sempre acompanhando Michael Jordan nos Bulls, mas habilidade...(Wade é natural de Chicago, à esquerda uma foto dele quando criança). Segundo sua irmã, Tragil Wade, ele era “O” menino mais tímido e acanhado da cidade; sempre estava com ela por onde quer que fosse, pois se sentia mais seguro ao seu lado. Fora este detalhe social existia outro empecilho: as notas da escola.

Por inúmeras razões (Problemas familiares, Trabalho e etc.), Wade não tinha um bom currículo escolar, suas notas eram muito baixas e só foram melhorar um pouco quando ele chegou no ensino médio (High School); assim como o seu jogo. Na escola Harold Richards, Dwyane cresceu ano a ano seus números individuais, terminando a temporada de veterano com médias de 27 PPJ e 11 RBJ. Muitos olheiros passaram a dar atenção ao garoto de Chicago, mas os estudos ainda o atrapalhavam; apenas três universidades queriam recrutar Wade. Para fugir um pouco do clima da sua casa e se concentrar mais em sua carreira, ele optou por Marquette em Milwaukee, Wisconsin. (DePaul - Chicago e Illinois foram as outras candidatas)

Ele não jogou o ano de novato pelos problemas curriculares, porém participou de duas temporadas inesquecíveis com a universidade, destacando a classificação de Marquette ao Final Four de 2003, primeira aparição da escola no torneio desde o título de 1977. Wade decidiu abandonar o ano de “veterano” e foi para a NBA. O Miami Heat o escolheu como a quinta escolha no draft de 2003. Foi parte fundamental no único título da franquia (2006) quando ganhou o prêmio de MVP das finais.

Agora ele busca o prêmio de MVP da temporada normal, mas o que ele sempre quis de verdade conseguiu; ser a inspiração para sua mãe. Todo o reconhecimento que Wade recebeu ao longo da carreira foi inspirador e encorajador para ela e a todos aqueles que participaram do seu passado.

Tragil Wade (irmã, à esquerda) cuida da carreira de Wade desde 2005 - veja só, um dia o irmão precisou da irmã, hoje os dois estão juntos "um cuidando do outro". Jolinda Wade (mãe, à direita) está “limpa” faz seis anos e é pastora Batista em Chicago.

Pois é, agora talvez entendam porque Dwyane Wade presenteou sua mãe com uma igreja no ano passado...

Nos Bastidores da Pré-Temporada


Enquanto o mundo do beisebol se dedica ao “World Baseball Classic”, os times da MLB estão se estruturando para a temporada regular que tem inicio 5 de Abril. Os clubes se movimentam nas ligas do “Spring Trainnig” buscando a melhor formação e resolver problemas para chegar no inicio do campeonato bem. Vamos discutir e conhecer as grandes questões desta pré-temporada.


O Kansas City Royals é candidato ao título da AL Central?

Sim. Vai ganhar? Bom, aí é outra história...

O curioso é que na temporada passada o time até começou bem, logo, caiu de rendimento; mas terminou a temporada com 18 vitórias e 8 derrotas em Setembro. Os Royals estão com uma expectativa alta pelo fato da sua divisão não ser tão forte assim; Twins e Indians saem um pouco na frente, mas KC vai incomodar ambos.

Um dos candidatos à revelação deste ano é o 3B Alex Gordon, que vai começar a temporada um pouco atrás na linha de rebatedores, porém tem a tendência de ser um número 4 ou 5. KC tem outros nomes interessantes como Mike Aviles (SS) e os arremessadores Zach Greinke, Gil Meche e o “all- star” Joakim Soria (Fechador).



Os Giants pelo menos vão ter um aproveitamento acima dos 50%?



Sem dúvida.

Depois de quatro temporadas seguidas terminando com mais derrotas que vitórias, o San Francisco Giants tem tudo para reverter este quadro na divisão mais fraca da MLB. O que vai sustentar os Giants este ano é a sua rotação de arremessadores, uma das melhores da liga com 3 vencedores do Cy Young (Barry Zito, Randy Johnson e Tim Lincecum).

A incógnita fica com o ataque, já que não há nenhum nome forte na linha de rebatedores, apesar da chegada de Edgar Renteria (SS). O detalhe é que SF é um dos clubes que mais dinheiro tem para contratar durante a temporada; se a “trinca de ases” conseguir manter o time no topo da NL Oeste, a diretoria vai, antes de fechar a janela de transação, ir em busca de um rebatedor para a linha ofensiva e colocar os Giants de fato na briga para ir aos playoffs.



Com vai funcionar os Yankees sem A-Rod?

O plano já está desenhado. Segundo o Dr. Marc Phillipon, que operou Alex Rodriguez no quadril dia 9 de Março, o 3B de NY deve estar de volta de seis a nove semanas; neste período, Cody Ransom irá substitui-lo. Brian Cashman (GM) disse recentemente que os Yankees não estão pensando em uma troca, principalmente se o retorno de A-Rod demorar; ele ressaltou “que a resposta está no elenco”...

O que os fãs não querem ver é o dinheiro gasto com C.C. Sabathia (P), A.J. Burnett (P) e Mark Teixeira (1B) ser desperdiçado, com o time ficando fora mais uma vez dos playoffs o que não acontecia desde 1993. Será que NY vai conseguir sobreviver sem Alex Rodriguez na divisão mais difícil da MLB? Está resposta virá só durante o campeonato...





A rotação dos Braves voltou a ser forte?





Bastante forte aliás.

Claro que Atlanta não tem os “aces” que Phladelphia (Cole Hamels) e Mets (Johan Santana) possuem, mas o que diferencia os Braves destes times é a qualidade na rotação. O responsável por montar a nova linha de arremessadores é Frank Wren (GM) que trouxe Derek Lowe dos Dodgers, Javier Vazquez dos White Sox e Kenshin Kawakami do Japão. Bobby Cox ainda conta com Jair Jurrjens, um dos melhores arremesadores jovens da liga e a revelação Tommy Hanson para colocar os Braves de volta nos playoffs, depois de ficar de fora dos últimos três.




Quem é Matt Wieters?


A nova revelação da liga e o provável novato do ano.

O catcher do Baltimore Orioles deve começar a temporada na divisão de base (Minor Leagues) mas não vai ficar lá por muito tempo; nesta pré-temporada ele está com aproveitamento de 41% no bastão. Além de ser muito bom no ataque, ele se destaca nas jogadas defensivas.

Com o tempo os fãs do beisebol vão perceber o quão bom é este garoto formado na Georgia Tech e escolhido na 5ª posição no Draft de 2007. Seu empresário é Scott Boras, o mesmo de Manny Ramirez, Alex Rodriguez , Mark Teixeira entre outros.





Oakland Athletics voltou a ser competitivo?

Sim, pra quem sabe derrubar o gigante favoritismo que o LA Angels tem na AL Oeste.

Mudanças interessantes foram feitas no elenco, a destacar as contratações de Matt Holliday (LF), Orlando Cabrera (SS) e Jason Giambi (DH). Desta forma, a linha de rebatores ficou forte com Ryan Sweeney sendo o primeiro, vindo na seqüência, Jack Cust, Holliday, Giamby, Cabrera e Eric Chavéz. Tudo para apagar o péssimo aproveitamento ofensivo do time no ano pasado, o pior da Liga Americana.

A grande força porém dos A´s é o “bullpen”, que está entre o “Top 5” da MLB.



Esta vai ser a temporada dos Cubs?




É o que os fãs esperam. ("Vai acontecer" está escrito no cartaz)


A ótima temporada regular do ano passado de nada adiantou graças a eliminação na primeira rodada dos playoffs. Para a história nesta temporada ser diferente, Lou Pinnela vai apostar tudo na sua rotação, que já está confirmada com Carlos Zambrano como numero 1, Ryan Dempster, Ted Lilly e Rich Harden na seqüência.

No ataque, o GM Jim Hendry se concentrou em trazer rebatedores canhotos: Milton Bradley (Ambidestro), Joey Gathright,, Aaron Miles,

Mais uma vez se falou em tirar Alfonso Soriano da posição de número 1 entre os rebatedores, mas Pinnela não vai mudar. O que pode acontecer é Geovany Soto (C) chegar a posição 3 ou 4 – a projeção é ele iniciar como o 6º.

Grandes jogadores no elenco tem o Chicago Cubs, só que precisam mostrar seu valor na pós-temporada, para acabar com o jeum de mais de um século sem o título da World Series (o último foi em 1907).

Quem Vai Cortar as Redes em Detroit?


Neste domingo se define o desenho do torneio da NCAA, que terá o Final Four realizado no Ford Field em Detroit, mas os candidatos ao titulo já são conhecidos. Não aconteceu o que todo mundo esperava no inicio da temporada, o domínio de North Carolina durante o campeonato. Com três jogadores chaves da equipe desistindo de ir para a NBA ano passado (Wayne Ellington, Ty Lawson e Danny Green) se juntando a Tyler Hasnsbrough para mais uma temporada, era unânime, inclusive entre os adversários, o reconhecimento da força dos Tar Heels e o domínio que a equipe tinha condição de impor.

Até perder para Boston College em 10 de novembro de 2008, North Carolina ficou sete semanas na liderança do ranking. Saiu do posto de número um após a derrota e só retomou o topo nesta semana. Durante esse período, Pittsburgh, Wake Forest, Duke e Connecticut chegaram ao “número 1”.

Isto mostra a paridade que foi a temporada 2008 / 2009 do basquete univesitário, aonde quatro times que recebeu o voto de número 1 foi derrotado no jogo seguinte. Porém, igualdade não quer dizer zebra. Abaixo veremos nove escolas que tem chances reais de conquistar o titulo em Detroit:

NORTH CAROLINA TAR HEELS (27-3)

Tem, o que muitos argumentam, o melhor jogador universitário do pais: Tyler Hansbrough. De fato ele mostrou isto em quadra com médias de 21 pontos e 8 rebotes por jogo. O time vai precisar dele bastante neste torneio tanto quanto de Ty Lawson. Os dois serão os responsáveis por liderar a equipe que não tem um bom banco e está mais fraca na defesa que no ano passado quando perdeu para Kansas, que acabou levando o titulo. As três derrotas foram para rivais de divisão (Wake Forest, Boston College e Maryland).


PITTSBURGH PANTHERS (28-3)

Um jogo que fica marcado nesta temporada para Pitt foi o do dia 16 de fevereiro, contra os Huskies, rivais de conferência, graças a atuação de um jogador. A partida teve o duelo entre o pivô DeJuan Blair - Pitt e o também pivô Hasheem Thabeet – UConn. Apesar de ser menor e mais gordo, Blair dominou completamente o duelo, com 22 pontos e 23 rebotes contra 5 pontos e 4 rebotes de Thabeet. E olha que os Panthers não só tem Blair...Em um tempo onde os jogadores saem cedo da universidade para irem jogar na NBA, é bonito ver uma história como a de Sam Young, ele que hoje é veterano e escolheu fazer mais uma temporada com Pitt do que participar do draft no ano passado. É o cestinha da equipe com média de 19 pontos por jogo e vem quente para o torneio depois de marcar 31 pontos contra UConn dia 07 de Março.


CONNECTICUT HUSKIES (27-3)


É o time mais previsível de se marcar, principalmente depois de perder Jerome Dyson. Fica o ataque muito concentrado em Thabeet e dependente de A.J. Price. O que não melhora a situação são as opções que Jim Calhoun tem no banco de reservas para fazer o jogo ofensivo ser mais produtivo e melhorar a média de pontos da escola que foi apenas de 76 durante a temporada regular. Caso esta melhora no ataque não aconteça, os Huskies vão se fixar na defesa e nos rebotes para serem os campeões neste ano.


OKLAHOMA SOONERS (27-4)


Conta com Blake Griffin, eleito o melhor jogador desta temporada. Quem já teve a oportunidade de vê-lo jogar percebe o quanto ele parace com um “robô”. É extremamente metódico e eficiente. Tem uma média de 22 pontos por jogo e é o número um em rebotes, 14 por jogo, entre todos os jogadores da NCAA. Contudo, os Sooners tem outras armas para chegarem longe no torneio. Willie Green e Taylor Griffin são peças importantes no time de Jeff Capel para conquistar o título.


MEMPHIS TIGERS (28-3)


Esta é a escola que mais teve problemas com o ranking nesta temporada. Apesar de não ser cotada para estar com uma das “cabeças-de-chave” no torneio, os Tigers merecem crédito e respeito pelo terceiro ano consecutivo invicto na conferência USA; e não reccber um voto na posição número 12 como aconteceu em uma votação do ranking recentemente...Memphis tem uma das histórias mais interessantes neste ano: John Calipari precisava urgentemente achar um substituto para Derick Rose. Após consultar seu diretor de basquete Rod Strickland (que jogou 17 temporadas na NBA), ele moveu Tyreke Evans da posição “número 2” para a função de armador. Desde então o time está invicto e cometendo menos erros do que no ano passado, quando a equipe foi vice-campeã do torneio.


MICHIGAN STATE SPARTANS (25-5)



Esta temporada marca mais um grande trabalho de Tom Izzo. Um programa reformulado, com algumas novidades e o time continua competitivo, sendo uma das defesas mais fortes da NCAA, mas que peca um pouco no ataque. Izzo escala seu time de forma interessante: Kalin Lucas e Raymar Morgan são as peças principais que começam jogando, só que ele confia muito seu esquema em Durrell Summers e Chris Allen vindo do banco. Se os reservas não encaixarem seu jogo, dificilmente os Spartans saem com uma vitória.


LOUISVILLE CARDINALS (25-5)


Aqui está um time perigoso. Pouco se fala da equipe de Rick Pitino, talvez pelas cinco derrotas que teve na temporada (UNLV, Notre Dame...). Sua equipe, porém, é muito forte, especialmente no ataque. Earl Clark e Samardo Samuels são dois dos três jogadores que tem média de pontos superior a 10. O outro é um garoto especial: Terrence Williams. Faz parte daqueles atletas que desisitiram de ir ao draft para jogar mais um ano na NCAA. Fez grandes partidas este ano e é o único jogador da escola a alcançar 1.400 pontos, 800 rebotes e 500 assistências em toda a história.


KANSAS JAYHAWKS (25-6)


Foi uma temporada de sobrevivência para o atual campeão. Depois de perder todos os cinco titulares do ano passado, poucos achavam que Bill Self conseguiria trazer os Jayhawks como uma força para vencer o Final Four em Detroit. Pois bem, aqui estão eles novamente firmados em um tripé de respeito: os armadores Tyshawn Taylor e Sherron Collins, e o pivô Cole Aldrich que tem uma marca impressionante 18 ‘double-double’ na temporada; sua média é de 14,8 pontos por jogo e 10,5 rebotes por jogo.


DUKE BLUE DEVILS (25-6)


A questão que envolve Duke é o ranking. Qual posição eles devem ser no torneio? No campeonato da ACC, Duke é número 3, atrás de Wake Forest e North Carolina. Mas, e no torneio da NCAA? Alguns a colocam na posição 9 outros 8, graças ao baixo aproveitamento nos jogos contra os times da ACC. Das seis derrotas de Duke, cinco foram dentro da conferência: North Carolina (2), Wake Forest, Clemson e Boston College. Vamos ficar de olho no que o treinador da seleção americana de basquete, Mike Krzyzewski, vai fazer com os seus Blue Devils neste torneio.

Em Busca de um Líder

Para se firmar como um time de elite da NBA, o Denver Nuggets precisava de alguém para tomar o controle da equipe dentro da quadra. Sempre se esperou isto de Carmelo Anthony, mas esta temporada mostra algo diferente: Chauncey Billups é o líder.

Apesar de ´Melo ser sempre posto junto com Dwayne Wade e LeBron James como a nova cara da NBA, o jogador dos Nuggets é o único dos três que ainda não mostrou a tal da liderança. Esteve nos playoffs cinco vezes e não avançou em nenhuma oportunidade para a segunda rodada.

Ninguém questiona o talento dele de jogar basquete. Foi o novato do ano em 2005; participou duas vezes do jogo das estrelas e esteve presente no “Redeemed Team” que ganhou a medalha de ouro em Pequim no ano passado. Mas os fãs do Denver esperavam que ele levasse o clube a outro nível. Porém, problemas fora e dentro da quadra o atrapalharam e estão “de mão dadas” com ´Melo em sua carreira na NBA.

Polêmicas marcam a vida de Antohny “fora” da liga. Seu pior ano foi 2004 quando sofreu acusação de posse de droga (maconha); fez um vídeo ameaçando à delatores em Baltimore -onde mora - caso o denuciassem a polícia e ainda se envolveu na briga com os Knicks no Madison Square Garden pegando 15 jogos de suspensão.

Ano passado foi nada suave também para Carmelo. Foi preso por dirigir embriagado e a diretoria do Denver deu dois jogos de suspensão a ele, ainda pegou uma condicional de um ano, 24 horas de serviço comunitário e uma multa de U$ 1000. Nesta temporada recebeu uma punição de um jogo por não obedecer uma substituição de George Karl durante a partida contra o Indiana Pacers.

Na quadra, os Nuggets sempre foi visto como “indisciplinar” taticamente, sendo um time que fazia um ataque avassalador e sem discernirmento defensivo. Isto acabou com a chegada de Billups que tem características opostas a estas que o Denver mostrava. Ele é um armador que pensa no time primeiro e nas criações da jogada em meia-quadra; além de ser um excelente defensor (duas vezes selecionado para o segundo time defensivo da associação).

E foi pensando nisto que a diretoria dos Nuggets fez a troca no dia 3 de Novembro com o Detroit Pistons (Allen Iverson por Billups, Anthony Mcdyess – que depois voltou para os Pistons – e Cheik Samb). O resultado positivo para Denver viria logo. Nos primeiros 19 jogos com Chauncey titular Denver venceu 15 e perdeu quatro.

Outro detalhe que contribui para a transação ser concretizada foi a decisão particular do próprio Billups, que é natural de Denver. Ele jogou na escola de segundo grau “George Washington High” e recusou inúmeras propostas de universidades da ACC e Big East para assinar com Colorado. Levou a universidade à primeira aparição no torneio da NCAA em 28 anos.

Então, não é de agora que ele tem esta habilidade de liderar um time. Com os Nuggets, nestes seus primeiros jogos, um episódio se destaca.

Contra Minnesota, 10 de Dezembro de 2008, jogando em casa, os Nuggets terminaram o primeiro tempo perdendo por 12 Pontos... No vestiário só se ouvia a voz de Billups. A reação veio em seguida com um recorde de 33 pontos de Carmelo Anthony no terceiro período e uma vitória do Denver de 116 a 105.

Quem conhece Billups sabe que o seu jogo não é só passe; tem também um pouco de arremesso. Ele aprendeu isto com dois armadores especiais que teve contato durante a carreira: Nick Van Exel e Terrell Brandon. Na primeira passagem que ele teve em Denver (entre 1999 e 2000) aprendeu com Van Exel o arremesso em primeiro lugar. Em Minnesota, aprendeu com Brandon como controlar o jogo. Esta mistura o fez o armador que é hoje, que sabe o momento de arremessar e sabe quando é a hora de preparar uma jogada para os companheiros.

Conforme as partidas foram se desenvolvendo e a equipe entrou no ritmo de Billups, o papel de Anthony ficou mais definido, sendo a peça de marcar pontos. “Eu não tenho que jogar muito como eu fazia no passado. Eu me diverti bastante nos primeiros cinco anos, mas agora eu estou me divertindo mais” disse ´Melo que entende sua função em quadra mudou. Antes ele tinha que fazer as jogadas individuais na infiltração e no “post-up”; agora ele tem que buscar o melhor posicionamento em quadra que Chauncey vai achá-lo para, livre de marcação, converter os pontos pro Denver.

É claro pra todos a diferença do Denver neste ano; time mais competitivo e coeso em quadra. Está nas mãos de Billups o destino da equipe: chegar ás finais da NBA. Pra isto acontecer, adversários como os Lakers e os Spurs vão ter que ser batidos. É só entregar nas mãos de Chauncey que ele resolve. Os jogadores confiam e os fãs também.

Ótimo para Manny, Melhor para os Dodgers e Fantástico para os fãs.


Este é o resultado depois de quatro longos meses de negociação. Quatro de março de 2009 é o dia que marca o acordo final entre o OF Manny Ramirez e o Los Angeles Dodgers, de U$ 45 milhões por dois anos. No final das contas, todos saíram ganhando.

Por mais que Manny quisesse algo mais de LA – quatro anos de contrato e um pouquinho mais de dinheiro – ficou bom para o dominicano. A oferta que Frank e Jamie McCourt, donos do clube, colocaram na mesa sempre foi boa e, numa economia em crise, demorou até para Ramirez aceitar. Até porque ele é quem vai controlar todo o contrato: o primeiro ano é garantido, o segundo ele pode optar por sair ou ficar com o time e, caso queira, ainda tem uma opção de um terceiro ano.

Além disto, será bom para Manny se sentir bem jogando beisebol, o que recentemente não vinha acontecendo em Boston. Nos Dodgers ele é “o cara”. Sua presença na rotação de batedores faz toda a diferença, é só olhar o que ele fez com o aproveitamento geral ofensivo da equipe no ano passado para se ter uma idéia

Julho/08 (mês que ele assinou com o clube) - .320 BA
Agosto/08 - .340
Setembro/08 - .372

Os números individuais também foram notáveis nos 53 jogos dele com o time: .396 BA, 17 HR e 53 RBI

Para manter estas médias em 2009, Ramirez terá o incentivo dos habitantes de Los Angeles que o acolheram muito bem, fazendo com que ele não se incomode com o ar poluído de Pasadena, onde mora. Pode andar pelas ruas com tranqüilidade, sossegado e ainda receber as “paparicações” dos fãs, o que o deixa mais contente e motivado.

Na verdade, o time todo se sente diferente com Manny em volta. Joe Torre, o treinador, disse recentemente que a presença dele no dia a dia do clube “faz com que os outros jogadores se sintam mais a vontade em campo, faz com que todos joguem com profissionalismo e diversão ao mesmo tempo”.

Os Dodgers estavam com uma previsão de ser um time com aproveitamento por volta dos 50% nesta temporada. Manny faz o time crescer e chegar a ser um dos favoritos na divisão Oeste da Liga Nacional. Contudo, para dar um passo a mais e chegar a World Series, Joe Torre precisa trabalhar em alguns setores.

A meta principal agora é ajustar os arremessadores. Antes de procurar um “ace”, LA precisa por ordem neste setor, organizá-lo e decidir quem será o número 1, 2 3....Hoje, Chad Billingsley, Clayton Kershaw e Hiroki Kuroda seriam as primeiras opções, mas nenhum deles têm condições de levar o time a frente.

Já com os rebatedores a história é diferente. A rotação dos Dodgers é forte e profunda, basta só escolher a ordem de entrar em campo. Rafael Furcal fica com a primeira posição trancada, o mesmo acontece com Andre Either na segunda. Manny Ramirez pode ser o terceiro ou o quarto, rebatendo logo depois de Orlando Hudson ou Matt Kemp. A equipe ainda conta com Casey Blake, James Loney e Russell Martin na linha ofensiva.

Por tudo isso, com certeza o Los Angeles Dodgers será um time ótimo de assistir e, de tabela, vai avivar um pouco o Oeste que desde 1990 teve apenas dois times campeões da liga: Los Angeles Angels em 2002 e Arizona Diamondbacks em 2001. Para a temporada 2009, no oeste, só os Angels pode fazer frente ao rival da cidade; o time é até competitivo mas não atraente.

Toda a diretoria dos Dodgers vai trabalhar duro para fazer com que esta “Manny Mania” rende um lucro pro clube. O primeiro passo é fazer um contrato de televisão de verdade, porque o atual é péssimo; outra coisa é arrecadar o máximo possível nos jogos no Dodger Stadium (o dinheiro gasto com o contrato pode ser recuperado só no estacionamento...) e fazer com que os Dodgers voltem a ser assunto na cidade das estrelas.

Não só os fãs do Los Angeles devem ficar satisfeitos com tudo isso, aquele que gosta de beisebol em geral também. Teremos em campo um cara que já tem 527 HRs na carreira, com vontade de jogar e motivado. Vale dar uma “espiadinha” com certeza pra ver o que acontece.

A Luta Por Vagas Nos Playoffs


Com o final da temporada regular da NBA chegando ao fim, a briga para se classificar à pós-temporada se acirra. No leste é maior o número de times na disputa; já no Oeste são menos os times, porém mais difícil. Vamos enteder o posicionamento das equipes em cada conferência e as prováveis chances delas alcançarem os playoffs. Lembrando que as análises feitas não são matematicamente exatas, e sim do ponto de vista do que cada clube fez nesta temporada e o caminho que tem pela frente até 15 de Abril: dia da definição dos playoffs.

CONFERÊNCIA LESTE

Times com vagas asseguradas: Cleveland Cavaliers, Boston Celtics, Orlando Magic, Atlanta Hawks, Miami Heat e Detroit Pistons.

Times fora da briga: Indiana Pacers, Charlotte Bobcats, New York Knicks, Toronto Raptors e Washington Wizards.

Times na disputa:

Philadelphia 76ers:
Um dos fatos mais curiosos desta temporada aconteceu em Filadélfia. O time fez uma altíssima contratação (Elton Brand) que logo no inicio do campeoanto se machucou e o time passou a jogar melhor desde então...Lembra bastante o time do ano passado que mostrava um jogo bastante legal de se ver, mesmo com a mudança no comando técnico. Andre Iguodala melhorou seu jogo da metade da temporada pra cá e dois nomes surpreendem no elenco dos sixers: Louis Williams e Marrese Speights. Destaque para o novato que, com a contusão de Brand, assumiu uma responsabilidade maior e está indo muito bem. Deve se classificar mesmo com um calendário dificílimo. A meta é chegar em Abril já com a vaga assegurada porque os adversários são extremamente fortes. Últimos quatro jogos: CLE (casa), TOR (fora), BOS (casa), CLE (fora).

Milwaukee Bucks: É simplesmente heróico o que Scott Skiles está fazendo com este time, principalmente depois do dia 25/01/2009; o dia da contusão de Michael Redd que o tirou desta temporada. Muita gente, inclusive eu, acreditava que os Bucks iriam cair ladeira abaixo. Mas, de alguma forma eles se mantém ali no oitavo lugar, mesmo neste período perdendo outro jogador titular por contusão; Andrew Bogut, fora até o final deste mês. Apesar de ter perdido recentemente em casa para os Nets, Milwaukee ainda está vivo. Vamos ver até quando...

New Jersey Nets: Carregado por Devin Harris e Vince Carter, os Nets estão mais do que fortes na disputa, principalmente depois da vitória fora de casa frente o Milwaukee. Tem um dos mais desprestigiados treinadores da associação, mas que se mantém firme no comando. Individualmente os destaques vão para Harris; que é favorito para ganhar o prêmio de jogador de maior evolução e Brook Lopez, que corre por fora na corrida pelo troféu de novato do ano. O time tem um péssimo aproveitamento jogando em casa, o segundo pior da conferência, o que pode prejudicá-lo nesta reta final.

Chicago Bulls: Considerado o time que melhor se saiu depois do prazo final para as transações de jogadores, o novo Bulls não se deu tão bem assim em quadra desde o dia 20/02: venceu três jogos (todos em casa) e perdeu quatro (todos fora). A questão é que estas derrotas foram para os Pacers, Nets, Wizards e Bobcats. Talento o time tem e uma das melhores rotações da liga, com peças de força no garrafão e versatilidade no perímetro. Se a decisão ficar para as últimas rodadas, Chicago será o grande beneficiado da história, pois dos seis jogos de Abril, cinco são em casa.

CONFERÊNCIA DO OESTE

Times com vaga assegurada: Los Angeles Lakers, San Antonio Spurs, Denver Nuggets, Houston Rockets, New Orleans Hornets e Portland Trail Blazers

Times fora da briga: Golden State Warriors, Minnesota Timberwolves, Memphis Grizzlies, Oklahoma City Thunder, Los Angeles Clippers e Sacramento Kings.

Times na disputa:

Utah Jazz: Vem de uma seqüência incrível de vitórias. Em todo o mês de fevereiro só perdeu uma partida (Golden State). Passou por Dallas, Boston, Lakers...Desde o final do mês passado, Jerry Sloan conta com a volta de Carlos Boozer para fazer com que a equipe tenha uma rotação mais forte neste final de temporada. Joga ainda duas vezes com o Phoenix Suns (fora e em casa) e com o Dallas em casa.

Dallas Mavericks: Não tem mais aquele ataque fulminante (apenas o nono na liga em eficiência ofensiva). Outro fator de preocupação é que a última vitória contra um time de expressão foi a um mês atrás em Portland. Questiona-se o momento de decidir da equipe, o que ficará a cargo de Nowitzki e Kidd. Tem um mês de abril difícil, aonde vai enfrentar Phoenix e Utah na seqüência em casa (dias 5 e 8 de Abril respectivamente).

Phoenix Suns: Apesar de estar numa das divisões mais suaves da associação, os Suns em nenhum momento se estabeleceu nesta temporada. Muitos altos e baixos, com mudanças de treinador e desentendimentos entre os jogadores fora de quadra. Estar um pouco distante do Dallas (8º) na classificação - dois jogos - , mas tem um porém, joga duas vezes contra os Mavericks e duas vezes contra o Utah Jazz. Vai depender destes confrontos diretos para conquistar uma vaga.