Quem Vai Cortar as Redes em Detroit?


Neste domingo se define o desenho do torneio da NCAA, que terá o Final Four realizado no Ford Field em Detroit, mas os candidatos ao titulo já são conhecidos. Não aconteceu o que todo mundo esperava no inicio da temporada, o domínio de North Carolina durante o campeonato. Com três jogadores chaves da equipe desistindo de ir para a NBA ano passado (Wayne Ellington, Ty Lawson e Danny Green) se juntando a Tyler Hasnsbrough para mais uma temporada, era unânime, inclusive entre os adversários, o reconhecimento da força dos Tar Heels e o domínio que a equipe tinha condição de impor.

Até perder para Boston College em 10 de novembro de 2008, North Carolina ficou sete semanas na liderança do ranking. Saiu do posto de número um após a derrota e só retomou o topo nesta semana. Durante esse período, Pittsburgh, Wake Forest, Duke e Connecticut chegaram ao “número 1”.

Isto mostra a paridade que foi a temporada 2008 / 2009 do basquete univesitário, aonde quatro times que recebeu o voto de número 1 foi derrotado no jogo seguinte. Porém, igualdade não quer dizer zebra. Abaixo veremos nove escolas que tem chances reais de conquistar o titulo em Detroit:

NORTH CAROLINA TAR HEELS (27-3)

Tem, o que muitos argumentam, o melhor jogador universitário do pais: Tyler Hansbrough. De fato ele mostrou isto em quadra com médias de 21 pontos e 8 rebotes por jogo. O time vai precisar dele bastante neste torneio tanto quanto de Ty Lawson. Os dois serão os responsáveis por liderar a equipe que não tem um bom banco e está mais fraca na defesa que no ano passado quando perdeu para Kansas, que acabou levando o titulo. As três derrotas foram para rivais de divisão (Wake Forest, Boston College e Maryland).


PITTSBURGH PANTHERS (28-3)

Um jogo que fica marcado nesta temporada para Pitt foi o do dia 16 de fevereiro, contra os Huskies, rivais de conferência, graças a atuação de um jogador. A partida teve o duelo entre o pivô DeJuan Blair - Pitt e o também pivô Hasheem Thabeet – UConn. Apesar de ser menor e mais gordo, Blair dominou completamente o duelo, com 22 pontos e 23 rebotes contra 5 pontos e 4 rebotes de Thabeet. E olha que os Panthers não só tem Blair...Em um tempo onde os jogadores saem cedo da universidade para irem jogar na NBA, é bonito ver uma história como a de Sam Young, ele que hoje é veterano e escolheu fazer mais uma temporada com Pitt do que participar do draft no ano passado. É o cestinha da equipe com média de 19 pontos por jogo e vem quente para o torneio depois de marcar 31 pontos contra UConn dia 07 de Março.


CONNECTICUT HUSKIES (27-3)


É o time mais previsível de se marcar, principalmente depois de perder Jerome Dyson. Fica o ataque muito concentrado em Thabeet e dependente de A.J. Price. O que não melhora a situação são as opções que Jim Calhoun tem no banco de reservas para fazer o jogo ofensivo ser mais produtivo e melhorar a média de pontos da escola que foi apenas de 76 durante a temporada regular. Caso esta melhora no ataque não aconteça, os Huskies vão se fixar na defesa e nos rebotes para serem os campeões neste ano.


OKLAHOMA SOONERS (27-4)


Conta com Blake Griffin, eleito o melhor jogador desta temporada. Quem já teve a oportunidade de vê-lo jogar percebe o quanto ele parace com um “robô”. É extremamente metódico e eficiente. Tem uma média de 22 pontos por jogo e é o número um em rebotes, 14 por jogo, entre todos os jogadores da NCAA. Contudo, os Sooners tem outras armas para chegarem longe no torneio. Willie Green e Taylor Griffin são peças importantes no time de Jeff Capel para conquistar o título.


MEMPHIS TIGERS (28-3)


Esta é a escola que mais teve problemas com o ranking nesta temporada. Apesar de não ser cotada para estar com uma das “cabeças-de-chave” no torneio, os Tigers merecem crédito e respeito pelo terceiro ano consecutivo invicto na conferência USA; e não reccber um voto na posição número 12 como aconteceu em uma votação do ranking recentemente...Memphis tem uma das histórias mais interessantes neste ano: John Calipari precisava urgentemente achar um substituto para Derick Rose. Após consultar seu diretor de basquete Rod Strickland (que jogou 17 temporadas na NBA), ele moveu Tyreke Evans da posição “número 2” para a função de armador. Desde então o time está invicto e cometendo menos erros do que no ano passado, quando a equipe foi vice-campeã do torneio.


MICHIGAN STATE SPARTANS (25-5)



Esta temporada marca mais um grande trabalho de Tom Izzo. Um programa reformulado, com algumas novidades e o time continua competitivo, sendo uma das defesas mais fortes da NCAA, mas que peca um pouco no ataque. Izzo escala seu time de forma interessante: Kalin Lucas e Raymar Morgan são as peças principais que começam jogando, só que ele confia muito seu esquema em Durrell Summers e Chris Allen vindo do banco. Se os reservas não encaixarem seu jogo, dificilmente os Spartans saem com uma vitória.


LOUISVILLE CARDINALS (25-5)


Aqui está um time perigoso. Pouco se fala da equipe de Rick Pitino, talvez pelas cinco derrotas que teve na temporada (UNLV, Notre Dame...). Sua equipe, porém, é muito forte, especialmente no ataque. Earl Clark e Samardo Samuels são dois dos três jogadores que tem média de pontos superior a 10. O outro é um garoto especial: Terrence Williams. Faz parte daqueles atletas que desisitiram de ir ao draft para jogar mais um ano na NCAA. Fez grandes partidas este ano e é o único jogador da escola a alcançar 1.400 pontos, 800 rebotes e 500 assistências em toda a história.


KANSAS JAYHAWKS (25-6)


Foi uma temporada de sobrevivência para o atual campeão. Depois de perder todos os cinco titulares do ano passado, poucos achavam que Bill Self conseguiria trazer os Jayhawks como uma força para vencer o Final Four em Detroit. Pois bem, aqui estão eles novamente firmados em um tripé de respeito: os armadores Tyshawn Taylor e Sherron Collins, e o pivô Cole Aldrich que tem uma marca impressionante 18 ‘double-double’ na temporada; sua média é de 14,8 pontos por jogo e 10,5 rebotes por jogo.


DUKE BLUE DEVILS (25-6)


A questão que envolve Duke é o ranking. Qual posição eles devem ser no torneio? No campeonato da ACC, Duke é número 3, atrás de Wake Forest e North Carolina. Mas, e no torneio da NCAA? Alguns a colocam na posição 9 outros 8, graças ao baixo aproveitamento nos jogos contra os times da ACC. Das seis derrotas de Duke, cinco foram dentro da conferência: North Carolina (2), Wake Forest, Clemson e Boston College. Vamos ficar de olho no que o treinador da seleção americana de basquete, Mike Krzyzewski, vai fazer com os seus Blue Devils neste torneio.

Um comentário:

Unknown disse...

É Samardo Samuels (Louisville)

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