Pra proteger, ora!
- Que venham com estética, por favor?! – Dizem assim os jogadores da MLB.
Desde o dia 10 de Setembro a tradicional empresa Rawlings, fabricante de equipamentos para o beisebol, disponibilizou para qualquer jogador da liga o novo capacete S100, desenvolvido após exaustivas pesquisas visando a proteção da cabeça dos rebatedores.
Eles, entretanto, não acharam uma boa idéia.
- Certo, protegem a nossa cabeça de uma bola a 100 mph (ou 162 km/h), mas é feinho, em? Convenhamos... – diria um atleta da MLB.
Na verdade este é o pensamento mais comum. As conversas nos vestiários e via imprensa deixa a entender que o S100 não será tão popular entre o seu principal público alvo: os jogadores. Agora, para saber se realmente vale a pena ou não usá-lo, alguns fizeram o teste.
Ryan Dempster, arremessador do Chicago Cubs, foi o primeiro a utilizar o dito cujo – os Cubs estão na Liga Nacional e lá o arremessador também faz parte do ataque. Alvo de risadas e piadas, Dempster superou as provocações e aprovou o novo equipamento. Depois dele veio David Wright, que foi atingido com uma bola na cabeça (leia “Nas Entrelinhas”) e resolveu testar o novo capacete. Alvo de risadas e piadas, Wright superou as provocações e aprovou o novo equipamento².
A má repercussão do projeto inovador não atinge a Rawlings – como disse Mike Thompson, gerente executivo de marketing da empresa “...de qualquer forma, eles usarão um capacete nosso mesmo...” – o objetivo foi aplicar as mais novas tecnologias existentes em beneficio dos atletas. O S100 (foto à esq.) seria só apresentado no final do ano e disponibilizado na pré-temporada de 2010, mas a diretoria da Rawlings resolveu despachá-los antes devido a recentes incidentes que jogadores tiveram sendo atingidos com bolas na cabeça em 2009.
Tanto o lado interno quanto o externo são feitos com material de ponta. O interior é totalmente diferente em relação a modelos anteriores: o S100 tem um revestimento de proteção dentro do capacete mais seguro; já os outros tipos (Standard-Padrão e Cool Flo) têm almofadas protegendo a orelha e uma fina camada acolchoada protegendo a testa – é confiável para agüentar uma bola a 70 mph (ou 113km/h)
Pode ser que no futuro faça mais sucesso, porém neste ano não serão muitos os jogadores que usarão o S100. Veja Rob Johnson, catcher do Seattle Mariners com o novo capacete nesta curta reportagem de Jim Caple, jornalista da ESPN – vídeo cortesia da ESPN.
Viu?
Por não ser comum e ninguém está acostumado com ele, realmente é estranho. Mas, até 1971 os capacetes não eram obrigatórios na MLB; tudo muda...
Houve um tempo, imagina, que o futebol americano era praticado SEM capacete, podemos assim dizer; era só um “chapéu”... Em 1939 John Riddell criou o primeiro capacete de plástico. Na época, o então presidente americano Theodore Roosevelt queria proibir o jogo a nível universitário pelas graves lesões na cabeça que ocorriam.
Riddell hoje é uma marca conhecidíssima e fabrica o mais popular capacete para futebol americano. Há concorrência da Schutt e da Xenith, a mais nova marca no mercado, que vem com força total trazendo uma nova tecnologia referente a capacetes de football.
Ela criou um modelo sem almofadas mas com pequenos absorvedores de choque em pontos estratégicos do capacete: o chamado X1 (foto ao lado). Quando acontece a pancada, os absorvedores liberam ar e dissipam a energia do impacto; tudo isso em 0.003 segundos. Criado em 2007, ele foi utilizado por alguns jogadores no ano passado e nesta temporada está disponível a todos, inclusive ao público em geral: o Xenith X1 custa em média US$ 350. Já o Riddel Revolution Speedy, mais novo modelo da marca, está na faixa dos US$ 236.
Contudo, Thad Ide, vice presidente de pesquisa e desenvolvimento da Riddell diz “Não acredito que será possível criar um equipamento que seja 100% contra contusões”. Exato, haja vista que muitas delas ocorrem por erros dos atletas. Mike Kirschener, treinador da Ben Davis High School (Indianápolis) disse em entrevista à ESPN: “Em relação a prevenir contusões, a principal coisa é ensinar o jogo de maneira correta para os garotos, mostrando as técnicas certas de como dar um tackle, por exemplo”.
Uma coisa é certa: se você estiver dentro de um espaço dividido com outros 21 homens enfurecidos atrás de uma bola, é bom usar algo na cabeça para preservá-la de um choque no meio do caminho. O mesmo pode ser dito para quem for encarar bolas arremessadas a mais de 110 km/h.
Afinal, para isto é que servem os capacetes: pra proteger, ora!
- Que venham com estética, por favor?! – Dizem assim os jogadores da MLB.
Desde o dia 10 de Setembro a tradicional empresa Rawlings, fabricante de equipamentos para o beisebol, disponibilizou para qualquer jogador da liga o novo capacete S100, desenvolvido após exaustivas pesquisas visando a proteção da cabeça dos rebatedores.
Eles, entretanto, não acharam uma boa idéia.
- Certo, protegem a nossa cabeça de uma bola a 100 mph (ou 162 km/h), mas é feinho, em? Convenhamos... – diria um atleta da MLB.
Na verdade este é o pensamento mais comum. As conversas nos vestiários e via imprensa deixa a entender que o S100 não será tão popular entre o seu principal público alvo: os jogadores. Agora, para saber se realmente vale a pena ou não usá-lo, alguns fizeram o teste.
Ryan Dempster, arremessador do Chicago Cubs, foi o primeiro a utilizar o dito cujo – os Cubs estão na Liga Nacional e lá o arremessador também faz parte do ataque. Alvo de risadas e piadas, Dempster superou as provocações e aprovou o novo equipamento. Depois dele veio David Wright, que foi atingido com uma bola na cabeça (leia “Nas Entrelinhas”) e resolveu testar o novo capacete. Alvo de risadas e piadas, Wright superou as provocações e aprovou o novo equipamento².
A má repercussão do projeto inovador não atinge a Rawlings – como disse Mike Thompson, gerente executivo de marketing da empresa “...de qualquer forma, eles usarão um capacete nosso mesmo...” – o objetivo foi aplicar as mais novas tecnologias existentes em beneficio dos atletas. O S100 (foto à esq.) seria só apresentado no final do ano e disponibilizado na pré-temporada de 2010, mas a diretoria da Rawlings resolveu despachá-los antes devido a recentes incidentes que jogadores tiveram sendo atingidos com bolas na cabeça em 2009.
Tanto o lado interno quanto o externo são feitos com material de ponta. O interior é totalmente diferente em relação a modelos anteriores: o S100 tem um revestimento de proteção dentro do capacete mais seguro; já os outros tipos (Standard-Padrão e Cool Flo) têm almofadas protegendo a orelha e uma fina camada acolchoada protegendo a testa – é confiável para agüentar uma bola a 70 mph (ou 113km/h)
Pode ser que no futuro faça mais sucesso, porém neste ano não serão muitos os jogadores que usarão o S100. Veja Rob Johnson, catcher do Seattle Mariners com o novo capacete nesta curta reportagem de Jim Caple, jornalista da ESPN – vídeo cortesia da ESPN.
Viu?
Por não ser comum e ninguém está acostumado com ele, realmente é estranho. Mas, até 1971 os capacetes não eram obrigatórios na MLB; tudo muda...
Houve um tempo, imagina, que o futebol americano era praticado SEM capacete, podemos assim dizer; era só um “chapéu”... Em 1939 John Riddell criou o primeiro capacete de plástico. Na época, o então presidente americano Theodore Roosevelt queria proibir o jogo a nível universitário pelas graves lesões na cabeça que ocorriam.
Riddell hoje é uma marca conhecidíssima e fabrica o mais popular capacete para futebol americano. Há concorrência da Schutt e da Xenith, a mais nova marca no mercado, que vem com força total trazendo uma nova tecnologia referente a capacetes de football.
Ela criou um modelo sem almofadas mas com pequenos absorvedores de choque em pontos estratégicos do capacete: o chamado X1 (foto ao lado). Quando acontece a pancada, os absorvedores liberam ar e dissipam a energia do impacto; tudo isso em 0.003 segundos. Criado em 2007, ele foi utilizado por alguns jogadores no ano passado e nesta temporada está disponível a todos, inclusive ao público em geral: o Xenith X1 custa em média US$ 350. Já o Riddel Revolution Speedy, mais novo modelo da marca, está na faixa dos US$ 236.
Contudo, Thad Ide, vice presidente de pesquisa e desenvolvimento da Riddell diz “Não acredito que será possível criar um equipamento que seja 100% contra contusões”. Exato, haja vista que muitas delas ocorrem por erros dos atletas. Mike Kirschener, treinador da Ben Davis High School (Indianápolis) disse em entrevista à ESPN: “Em relação a prevenir contusões, a principal coisa é ensinar o jogo de maneira correta para os garotos, mostrando as técnicas certas de como dar um tackle, por exemplo”.
Uma coisa é certa: se você estiver dentro de um espaço dividido com outros 21 homens enfurecidos atrás de uma bola, é bom usar algo na cabeça para preservá-la de um choque no meio do caminho. O mesmo pode ser dito para quem for encarar bolas arremessadas a mais de 110 km/h.
Afinal, para isto é que servem os capacetes: pra proteger, ora!
(GL)
Nenhum comentário:
Postar um comentário