Não está escrito, mas existe. Assim como o viver em sociedade tem suas condutas e comportamentos implícitos, o beisebol é um esporte que tem sua própria “cartilha” não oficial sobre como deve ser a postura dos atletas, jogadores e árbitros em campo.
O escritor Ross Bernstein, autor de mais de 40 livros sobre esportes, dedicou uma de suas obras a esta tal “cartilha”. “The Code: Baseball Unwritten Rules” mostra detalhadamente estas regras paralelas do jogo, fruto de uma pesquisa intensiva feita com mais de 100 jogadores e treinadores da MLB – em atividade ou já aposentados – que foram entrevistados para este projeto.
Neste mês de agosto, a MLB mostrou exemplos claros de atitudes das quais o livro relata, dentre elas duas se destacaram. No jogo entre Los Angeles Dodgers contra o Milwaukee Brewers (dia 04/08) o reliever dos Dodgers, Guilhermo Mota, atingiu Prince Fielder (Brewers), com uma bola arremessada intencionalmente, em retaliação a Manny Ramirez e Juan Pierre, ambos dos Dodgers, também terem sido alvo de “boladas” no mesmo jogo.
Outro caso aconteceu no jogo entre Boston Red Sox contra o Detroit Tigers, quando Rick Porcello (Tigers) arremessou uma bola rápida nas costas do rebatedor Kevin Youkilis (Red Sox) que correu em direção de Porcello iniciando uma briga. Na mesma partida, Junichi Tazawa (Red Sox), atingiu Miguel Cabrera (Tigers).
O Grandes Ligas hoje irá explicar estas questões e outras mais desta “cartilha comportamental” do beisebol:
“Olho Por Olho...”
Sem meio termo: se um arremessador atingir um rebatedor, o troco vem em seguida, não importa se o lance foi intencional ou não. No último sábado (15/08) David Wright (Mets) foi atingido na cabeça por um arremesso – foto acima - de Matt Cain (Giants). Mesmo todos os jogadores dos Mets, assim como Jerry Manuel, treinador da equipe, terem entendido que Cain não jogou a bola de propósito, Johan Santana (Mets), mais tarde no jogo, arremessou em cima de Pablo Sandoval (Giants).
A tendência é este tipo de situação acontecer mais na Liga Americana (LA) do que na Liga Nacional (LN), porque na LN o arremessador também rebate.
Briga Sem Bastão
Quando um rebatedor é atingido, ou uma bola passo perto, geralmente ele vai para cima do arremessador e parte para a briga, porém sempre deixando o taco no home plate. Exatamente como fez Coco Crisp (foto acima) no ano passado contra James Shield, arremessador do Tampa Bay Rays.
A Turma do Deixa Disso
Aí chegam eles todos. Todos literalmente. Na foto acima uma confusão criada entre os jogadores do New York Yankees e Toronto Blue Jays, por Alex Rodriguez ter sido atingido por uma bola.
Quando há qualquer briga, ou pelo menos um indício dela, todos os jogadores que estão no estádio – seja no bullpen ou no banco de reservas – entram para “separar” os brigões. O jogador que não participar da “separação” e se omitir, estará em posição delicada perante os outros atletas e comissão técnica. Houve casos de omissão que acabaram com jogadores indo para uma liga de base (minors) como punição e outros que foram dispensados do clube ou envolvidos em negociações.
Cara a Cara
Em decorrência de uma má interpretação do árbitro, os treinadores entram em campo para, digamos, “bater um papo” com o comandante da partida. A amistosa conversa pode até ser em tom alto, em gritos para falar a verdade, desde que não seja citada a mãe do querido árbitro; desde que o treinador não o mande para algum lugar indesejável, desde que o treinador não o mande fazer algo desagradável... Caso algumas destas coisas ocorram, o treinador é expulso na hora, o que aconteceu com Ozzie Gullen (foto acima), técnico do Chicago White Sox.
Sem muita alegria
Na NBA, após uma enterrada, há comemoração. Na NFL, após um touchdown, há uma dancinha. Na MLB, após um home run, há... nada! Quando o jogador consegue mandar a bola para fora do estádio ele deve correr entre as bases seriamente (Mike Rivera na foto acima), se isto não acontecer e ele sair gritando e comemorando, é provável que ele seja atingido por uma bola na próxima vez que ele pegar o bastão. O excesso na comemoração de um home run é tido como desrespeito para o arremessador. Para esta regra também há exceções: um home run de desempate no final do jogo, o pulinho do Sammy Sosa, o olhar de Barry Bonds...
Outro
Não roube uma base, nas últimas três entradas, se o seu time estiver vencendo por mais de cinco corridas... Não dê um “carrinho” agressivo em direção da segunda base numa situação de queimada dupla – double play... Sempre corra forte para a primeira base, independente de como saiu a rebatida... Não leia os sinais do adversário, principalmente os que o catcher manda para o arremessador... Nunca desrespeite o árbitro; ele pode te prejudicar...
O escritor Ross Bernstein, autor de mais de 40 livros sobre esportes, dedicou uma de suas obras a esta tal “cartilha”. “The Code: Baseball Unwritten Rules” mostra detalhadamente estas regras paralelas do jogo, fruto de uma pesquisa intensiva feita com mais de 100 jogadores e treinadores da MLB – em atividade ou já aposentados – que foram entrevistados para este projeto.
Neste mês de agosto, a MLB mostrou exemplos claros de atitudes das quais o livro relata, dentre elas duas se destacaram. No jogo entre Los Angeles Dodgers contra o Milwaukee Brewers (dia 04/08) o reliever dos Dodgers, Guilhermo Mota, atingiu Prince Fielder (Brewers), com uma bola arremessada intencionalmente, em retaliação a Manny Ramirez e Juan Pierre, ambos dos Dodgers, também terem sido alvo de “boladas” no mesmo jogo.
Outro caso aconteceu no jogo entre Boston Red Sox contra o Detroit Tigers, quando Rick Porcello (Tigers) arremessou uma bola rápida nas costas do rebatedor Kevin Youkilis (Red Sox) que correu em direção de Porcello iniciando uma briga. Na mesma partida, Junichi Tazawa (Red Sox), atingiu Miguel Cabrera (Tigers).
O Grandes Ligas hoje irá explicar estas questões e outras mais desta “cartilha comportamental” do beisebol:
“Olho Por Olho...”
Sem meio termo: se um arremessador atingir um rebatedor, o troco vem em seguida, não importa se o lance foi intencional ou não. No último sábado (15/08) David Wright (Mets) foi atingido na cabeça por um arremesso – foto acima - de Matt Cain (Giants). Mesmo todos os jogadores dos Mets, assim como Jerry Manuel, treinador da equipe, terem entendido que Cain não jogou a bola de propósito, Johan Santana (Mets), mais tarde no jogo, arremessou em cima de Pablo Sandoval (Giants).
A tendência é este tipo de situação acontecer mais na Liga Americana (LA) do que na Liga Nacional (LN), porque na LN o arremessador também rebate.
Briga Sem Bastão
Quando um rebatedor é atingido, ou uma bola passo perto, geralmente ele vai para cima do arremessador e parte para a briga, porém sempre deixando o taco no home plate. Exatamente como fez Coco Crisp (foto acima) no ano passado contra James Shield, arremessador do Tampa Bay Rays.
A Turma do Deixa Disso
Aí chegam eles todos. Todos literalmente. Na foto acima uma confusão criada entre os jogadores do New York Yankees e Toronto Blue Jays, por Alex Rodriguez ter sido atingido por uma bola.
Quando há qualquer briga, ou pelo menos um indício dela, todos os jogadores que estão no estádio – seja no bullpen ou no banco de reservas – entram para “separar” os brigões. O jogador que não participar da “separação” e se omitir, estará em posição delicada perante os outros atletas e comissão técnica. Houve casos de omissão que acabaram com jogadores indo para uma liga de base (minors) como punição e outros que foram dispensados do clube ou envolvidos em negociações.
Cara a Cara
Em decorrência de uma má interpretação do árbitro, os treinadores entram em campo para, digamos, “bater um papo” com o comandante da partida. A amistosa conversa pode até ser em tom alto, em gritos para falar a verdade, desde que não seja citada a mãe do querido árbitro; desde que o treinador não o mande para algum lugar indesejável, desde que o treinador não o mande fazer algo desagradável... Caso algumas destas coisas ocorram, o treinador é expulso na hora, o que aconteceu com Ozzie Gullen (foto acima), técnico do Chicago White Sox.
Sem muita alegria
Na NBA, após uma enterrada, há comemoração. Na NFL, após um touchdown, há uma dancinha. Na MLB, após um home run, há... nada! Quando o jogador consegue mandar a bola para fora do estádio ele deve correr entre as bases seriamente (Mike Rivera na foto acima), se isto não acontecer e ele sair gritando e comemorando, é provável que ele seja atingido por uma bola na próxima vez que ele pegar o bastão. O excesso na comemoração de um home run é tido como desrespeito para o arremessador. Para esta regra também há exceções: um home run de desempate no final do jogo, o pulinho do Sammy Sosa, o olhar de Barry Bonds...
Outro
Não roube uma base, nas últimas três entradas, se o seu time estiver vencendo por mais de cinco corridas... Não dê um “carrinho” agressivo em direção da segunda base numa situação de queimada dupla – double play... Sempre corra forte para a primeira base, independente de como saiu a rebatida... Não leia os sinais do adversário, principalmente os que o catcher manda para o arremessador... Nunca desrespeite o árbitro; ele pode te prejudicar...
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