As Perguntas Que Não Se Calam

O Grandes Ligas destaca hoje seis questionamentos para ajudar o leitor a entender melhor alguns jogadores e clubes antes da temporada regular iniciar.


Como irá voltar Tom Brady?


Pegando o jogo de ontem contra o Philadelphia Eagles (foto acima) como exemplo, ele voltará como se não tivesse saído. O quarterback do New England Patriots jogará todas as partidas da pré-temporada, mesmo que seja apenas por um tempo em cada uma, como aconteceu nesta quinta. Segundo o próprio Brady disse em entrevista coletiva após o jogo: “Não há como simular isto (uma partida) no centro de treinamento”.

Ele mostrou segurança em relação ao seu joelho esquerdo, no qual ele sofreu uma lesão que o tirou de toda a temporada passada. Se movimentou com firmeza atrás da linha ofensiva e arremessou bons passes; teve uma INT que pode ser creditada a falha de Randy Moss em sua rota e ao cornerback dos Eagles, Sheldon Brown, que teve méritos em ler bem a jogada.

Pegando ritmo de jogo nestes quatro primeiros jogos de “exibição”, Brady irá entrar no primeiro confronto valendo contra os Bills em forma para levar sua equipe até a final.


Norv Turner vai atrapalhar ou ajudar?


Talvez não haja um elenco com tantos talentos individuais na liga como o do San Diego Charges: Phillip Rivers (QB), LaDainian Tomlinson (RB), Vincent Jackson (WR), Antonio Gates (TE), Shaun Phillips (LB), Shawne Merriman (LB), Antonio Cromartie (CB)…

Porque, então, esta equipe não avança nos playoffs?

Vencer a divisão Oeste da Conferência Americana não deve ser problema, o time pode até almejar uma melhor posição na tabela e ganhar folga na primeira rodada da pré-temporada. Tudo isto pode acontecer se Turner, treinador dos Charges, não querer “inventar a roda” ou pensar “que tem um rei na barriga”. Ou seja, para continuar com os ditos populares, se ele “não atrapalhar, já estará ajudando”.


Como acreditar no inconfiável?


Esta é a missão de Brad Childress, técnico do Minnesota Vikings: dizer aos seus QB´s Sage Rosenfels (2) e Tarvaris Jackson (7) que, apesar do time ter se esforçado em buscar um outro QB (leia-se Brett Favre), a comissão técnica acredita no bom trabalho de ambos para levar o time ao Super Bowl...

Tá bom!

Não importa como formal Childress será com seus QB´s, nas entre linhas estará subentendido que “se não tem outro, vai qualquer um de vocês...”. Ele pode, se quiser, brincar de “cara ou coroa” e ver o que dá, porque Rosenfels e Jackson se completam – a qualidade de um é o defeito do outro. Enquanto Rosenfels tem mais precisão no passe e visão de jogo, Jackson é mais ágil e tem mais força no braço.

Childress merece, pelo menos, receber um “Boa Sorte”...


Dolphins nos playoffs de novo?


Difícil...

Tudo o que aconteceu de bom no ano passado, se virou contra o time.

A jogada “wildcat” não é mais segredo pra ninguém e a tabela do Miami é uma das mais difíceis desta temporada – diferente do campeonato de 2008. Além dos jogos na divisão, os Dolphins jogarão contra os times da divisão Sul da Conferência Nacional (ATL e CAR fora; TB e NO em casa), contra os primeiros colocados das divisões da Conferência Americana do ano passado (SD e TENN fora; PITT em casa) e contra o IND em casa.

Tony Sparano, treinador do time, merece, pelo menos, receber um “Boa Sorte”...[2]


Roy Williams será “O” receiver?


Sim. Ao menos tem tudo pra ser.

O ataque do Dallas Cowboys não dependerá apenas de Roy: o jogo corrido está forte com três peças talentosas (Marion Barber, Felix Jones e Tashard Choice) e o ataque terá jogadas preparadas para os dois tight ends (Jason Witten e Martellus Bennett). Assim, Williams não ficará sobrecarregado com todas estas opções ofensivas que o elenco possuiu.

Além do mais que, nas últimas quatro temporadas, Williams jogou com quatro diferentes sistemas de ataque – três com o Detroit Lions e no ano passado com os Cowboys. Já entrosado com Tony Romo (QB) e sem a obrigação de bloquear enquanto outro recebe todos os passes (no caso, Terrell Owens, em ´08), Roy Williams tem potencial para ser um dos destaques ofensivos deste ano na NFL.


Michael Vick nos Eagles... e agora Reid?


Nada demais. (na foto acima, Vick em primeiro plano e Andy Reid no fundo)

Qualquer uma das 32 franquias cresceria com a adição de Vick no elenco. Contudo, ele só se desenvolveria com mais qualidade e mais rápido sob um comando mais rígido, mais disciplinador.

Rigidez / Disciplina e Andy Reid (treinador do Philadelphia) são sinônimos. Reid conversou pessoalmente com Vick e conheceu o “novo Vick”, que será reserva de Donovan McNabb. Aliás, não a nenhuma ameaça a titularidade de McNabb, Michael vem acrescentar e ajudar o camisa 5, que afirmou que fez lobby para o clube contratá-lo.

O curioso é que sempre houve comparações entre os dois, mesmo Michael tendo a qualidade de correr melhor com a bola. Embora o sistema ofensivo dos Eagles seja passar primeiro e depois correr, Vick não será afetado por isto; o objetivo de Andy Reid é colocar McNabb, Vick, Brian Westbrook (RB), LeSean McCoy (RB), DeSean Jackson (WR) e Jeremy Maclin (WR) juntos em campo para deixar o adversário adivinhando quem vai finalizar a jogada.


© 1 Mike Roemer / AP
© 2 AP
© 3 Rich Kane / US Presswire

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