Este é Earvin “Magic” Johnson.
É também Vice Presidente do Los Angeles Lakers e sócio minoritário da franquia.
Hoje, as empresas administradas pela sua companhia, Magic Enterprises, valem cerca de US$ 700 milhões. São estabelecimentos famosos gerenciados pelos seus associados, localizados nas periferias de 85 cidades em 21 estados americanos. Starbucks (cafeteria), Burger King (lanchonete), 24 Hour Fitness (academia), T.G.I. Fridays (restaurante) são alguns das dezenas de estabelecimentos que abraçam a idéia de Magic: levar qualidade para a comunidade.
Visão que parece simplista, até fácil de conceber, entretanto são poucos os que fazem algo parecido. Como diz Magic em seu mais recente livro lançado ano passado “32 Ways to be a Champion in Business” (tr. 32 Maneiras de Ser Campeão em Negócios): “O poder do consumo está nas classes mais baixas”. Mesmo pensamento que o empresário brasileiro Samuel Klein (fundador das Casas Bahias) tem.
A Magic Enterprises traz essas marcas famosas para a periferia das grandes cidades e as pessoas que trabalham nas lojas são da região. Desta forma, além do lugar se desenvolver, tal ação gera empregos diretos para os que estão por perto. Em entrevista a revista TIME, Magic disse que o maior feito de sua vida foi “Sem nenhuma duvida, colocar 40.000 pessoas da minoria para trabalhar”.
Outro empreendimento de Johnson é algo fantástico. O Magic Theatres, rede de cinemas, que se encaixa no mesmo perfil dessas outras empresas; voltada ao público urbano dos bairros mais pobres. Chamar os cinemas do Magic Theatre de apenas “cinemas” é pouco. Todo complexo segue o mesmo padrão seja qual for o lugar da localização; cada um tem por volta de 5.600m² com várias “lojinhas” dentro; há de 10 a 15 salas com telas em alta definição e som estéreo SDDS; cadeiras no estilo “stadium” com capacidade entre 3.200 a 5.000 pessoas – na foto abaixo, um localizado no Harlem, NY.
Paralelo a estes negócios, Magic administra sua fundação (Magic Foundation) que arrecada dinheiro destinado a pesquisar o vírus HIV. Desde que ficou sabendo que tinha o vírus, descoberto depois da temporada 1991-92 – quando deixou de jogar basquete – ele se tornou um dos ativistas mais conhecido em todo mundo, lutando para buscar a cura para a AIDS e orientar as pessoas em evitá-la.
Ele também virou um “palestrante motivacional”. Mas, na verdade, ele nem precisa falar muito. Basta uma platéia de, por exemplo, 5 mil pessoas vê-lo de pé no palco. Estar vivo e ativo com o HIV em seu corpo por 18 anos já é bastante motivacional.
Agora, como ele consegue? Quer dizer, como ele sobrevive? “Tomando remédios e me exercitando todo o dia...”, conta Magic “...e procuro ser sempre otimista, isto ajuda bastante. O fato de eu ter descoberto cedo foi importante também, porque eu pude tratar a doença logo.”
Antes de largar a NBA para cuidar da AIDS, ele deixou um legado fenomenal. Foram cinco títulos conquistados (80, 82, 85, 87 e 88), três vezes MVP (87, 89 e 90), doze vezes participou do Jogo das Estrelas... Fora todos estes feitos mensuráveis, Magic fez muito mais: ele inovou a maneira de jogar a posição de armador e foi um dos “criadores” do “Showtime”, estilo de jogo baseado em contra-ataques velozes e em jogadas... “mágicas”...
São tantos os recordes dele, mas um merece destaque: além de ser MVP e campeão da NBA, Magic foi MVP e campeão da NCAA, defendendo a universidade estadual de Michigan (Spartans) em 1979. A rivalidade criada com a universidade de Indiana e contra seu melhor jogador, Larry Bird, transferiu-se para associação quando Bird foi para o Boston Celtics e Johnson para os Lakers
Não foi só na NCAA ou na NBA que Magic aprontou das suas e fez sucesso. Desde a escola ele já era manchete nas páginas esportivas dos jornais da época. Certa vez, depois dele, com quinze anos de idade, anotar um triple-double absurdo de 36 pontos, 18 rebotes e 16 assistências, quando jogava em Michigan na escola Everett (High School), um jornalista local do Lansing State Journal chamou pela primeira vez Earvin de “Magic”.
Por isso há motivos de sobra para comemorar os 50 anos de Magic Johnson.
Segundo o dicionário Michaelis Moderno da Língua Portuguesa, extraordinário significa: fora do ordinário, que não é conforme a ordem. Esta é a definição perfeita para Johnson.
Ao invés de passar a bola para onde estar olhando, assistência para o outro lado. Ao invés de investir em quem tem dinheiro, dezenas de negócios em bairros pobres. Ao invés de ser uma vítima do HIV; postura de guerreiro para vencê-lo e sobreviver. Ao invés de ser conhecido pelo nome de batismo; Magic Johnson é o “nome” pelo qual as pessoas lhe chamam.
Tudo fora da ordem, tudo fora do normal.
Assim como este texto, que termina no início e começa no final.
© 1 Andrew D. Bernstein / Getty Images
É também Vice Presidente do Los Angeles Lakers e sócio minoritário da franquia.
Hoje, as empresas administradas pela sua companhia, Magic Enterprises, valem cerca de US$ 700 milhões. São estabelecimentos famosos gerenciados pelos seus associados, localizados nas periferias de 85 cidades em 21 estados americanos. Starbucks (cafeteria), Burger King (lanchonete), 24 Hour Fitness (academia), T.G.I. Fridays (restaurante) são alguns das dezenas de estabelecimentos que abraçam a idéia de Magic: levar qualidade para a comunidade.
Visão que parece simplista, até fácil de conceber, entretanto são poucos os que fazem algo parecido. Como diz Magic em seu mais recente livro lançado ano passado “32 Ways to be a Champion in Business” (tr. 32 Maneiras de Ser Campeão em Negócios): “O poder do consumo está nas classes mais baixas”. Mesmo pensamento que o empresário brasileiro Samuel Klein (fundador das Casas Bahias) tem.
A Magic Enterprises traz essas marcas famosas para a periferia das grandes cidades e as pessoas que trabalham nas lojas são da região. Desta forma, além do lugar se desenvolver, tal ação gera empregos diretos para os que estão por perto. Em entrevista a revista TIME, Magic disse que o maior feito de sua vida foi “Sem nenhuma duvida, colocar 40.000 pessoas da minoria para trabalhar”.
Outro empreendimento de Johnson é algo fantástico. O Magic Theatres, rede de cinemas, que se encaixa no mesmo perfil dessas outras empresas; voltada ao público urbano dos bairros mais pobres. Chamar os cinemas do Magic Theatre de apenas “cinemas” é pouco. Todo complexo segue o mesmo padrão seja qual for o lugar da localização; cada um tem por volta de 5.600m² com várias “lojinhas” dentro; há de 10 a 15 salas com telas em alta definição e som estéreo SDDS; cadeiras no estilo “stadium” com capacidade entre 3.200 a 5.000 pessoas – na foto abaixo, um localizado no Harlem, NY.
Paralelo a estes negócios, Magic administra sua fundação (Magic Foundation) que arrecada dinheiro destinado a pesquisar o vírus HIV. Desde que ficou sabendo que tinha o vírus, descoberto depois da temporada 1991-92 – quando deixou de jogar basquete – ele se tornou um dos ativistas mais conhecido em todo mundo, lutando para buscar a cura para a AIDS e orientar as pessoas em evitá-la.
Ele também virou um “palestrante motivacional”. Mas, na verdade, ele nem precisa falar muito. Basta uma platéia de, por exemplo, 5 mil pessoas vê-lo de pé no palco. Estar vivo e ativo com o HIV em seu corpo por 18 anos já é bastante motivacional.
Agora, como ele consegue? Quer dizer, como ele sobrevive? “Tomando remédios e me exercitando todo o dia...”, conta Magic “...e procuro ser sempre otimista, isto ajuda bastante. O fato de eu ter descoberto cedo foi importante também, porque eu pude tratar a doença logo.”
Antes de largar a NBA para cuidar da AIDS, ele deixou um legado fenomenal. Foram cinco títulos conquistados (80, 82, 85, 87 e 88), três vezes MVP (87, 89 e 90), doze vezes participou do Jogo das Estrelas... Fora todos estes feitos mensuráveis, Magic fez muito mais: ele inovou a maneira de jogar a posição de armador e foi um dos “criadores” do “Showtime”, estilo de jogo baseado em contra-ataques velozes e em jogadas... “mágicas”...
São tantos os recordes dele, mas um merece destaque: além de ser MVP e campeão da NBA, Magic foi MVP e campeão da NCAA, defendendo a universidade estadual de Michigan (Spartans) em 1979. A rivalidade criada com a universidade de Indiana e contra seu melhor jogador, Larry Bird, transferiu-se para associação quando Bird foi para o Boston Celtics e Johnson para os Lakers
Não foi só na NCAA ou na NBA que Magic aprontou das suas e fez sucesso. Desde a escola ele já era manchete nas páginas esportivas dos jornais da época. Certa vez, depois dele, com quinze anos de idade, anotar um triple-double absurdo de 36 pontos, 18 rebotes e 16 assistências, quando jogava em Michigan na escola Everett (High School), um jornalista local do Lansing State Journal chamou pela primeira vez Earvin de “Magic”.
Por isso há motivos de sobra para comemorar os 50 anos de Magic Johnson.
Segundo o dicionário Michaelis Moderno da Língua Portuguesa, extraordinário significa: fora do ordinário, que não é conforme a ordem. Esta é a definição perfeita para Johnson.
Ao invés de passar a bola para onde estar olhando, assistência para o outro lado. Ao invés de investir em quem tem dinheiro, dezenas de negócios em bairros pobres. Ao invés de ser uma vítima do HIV; postura de guerreiro para vencê-lo e sobreviver. Ao invés de ser conhecido pelo nome de batismo; Magic Johnson é o “nome” pelo qual as pessoas lhe chamam.
Tudo fora da ordem, tudo fora do normal.
Assim como este texto, que termina no início e começa no final.
© 1 Andrew D. Bernstein / Getty Images
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