Há palavras construtivas, outras nem tanto assim. É uma forma de informar, mas que pode causar desentendimentos. Ferramenta de discórdias.
Está aí, claro que em 140 caracteres, uma possível definição do Twitter pela perspectiva da NFL e NBA. Entre banir sua utilização ou usar em benefício próprio, ambas as ligas enfrentam este dilema de formas diferentes, cada uma tomando uma abordagem peculiar.
Com o crescimento do Twitter – que pode ser definido como “o buteco da net” – e o mau uso dele, a NFL e suas franquias, assim como a NBA e suas franquias, estão tomando atitudes para tentar regularizar o acesso dos seus funcionários, atletas, e clubes. Isto precisa ser feito: criar um limite para a “liberdade de expressão”, se não mais coisas absurdas irão acontecer.
Porque coisas absurdas já aconteceram.
O San Diego Charges (NFL) multou o cornerback Antonio Cromartie em US$ 2.500 porque o jogador criticou a comida do clube em um dos seus posts, insinuando que por este motivo o time não conseguia vencer o Super Bowl (uma brincadeira que só ele entendeu). Tudo bem que o Twitter é o “buteco da net”, porém existem assuntos que não devem ser comentados.
Continuando com os Charges... Shaun Phillips (foto acima), linebacker do time, “twittou” com o linebacker do Oakland Raiders, Kirk Morrison, se ele tinha o link do vídeo da Erin Andrews (famosa repórter da ESPN, quem um paparazzo filmou nua em um hotel); pedido que pode ser considerado comum, mas que qualquer pessoa tem acesso a ele. Tudo bem que o Twitter é o “buteco da net”, porém existem assuntos que não devem ser comentados.
Em uma forma de tentar organizar tudo isso, muitas franquias da NFL proibiram seus jogadores de mandar um twitter enquanto estão em horário de trabalho (quando um post é enviado é registrado o dia e a hora). O Green Bay Packers colocou tal transgressão no topo da lista: o jogador da franquia que violar essa regra será multado em US$ 1.700. Já na questão do uso pessoal do site, a orientação básica é não falar sobre um assunto que os atletas não comentariam com um repórter, afinal eles estão por toda a parte.
Talvez na empolgação de “legisladora do Twitter”, a NFL tomou uma atitude prejudicial à liga e aos fãs: é proibido twittar nas dependências do clube, seja jornalista, seja torcedor. É perdida, então, a oportunidade de cobrir uma sessão de treinos táticos e físicos como nunca se viu. É desperdiçada a chance de divulgar a liga aos torcedores por um ângulo que só repórteres têm acesso, mesmo eles dispostos a informarem seus seguidores sobre o que está acontecendo nos bastidores.
Aqui é descoberta uma contradição: muitas franquias - os Charges, por exemplo - no draft deste ano divulgaram suas escolha via Twitter, antes mesmo do Roger Goodell, comissário da liga (foto abaixo), anunciá-las para o público. O ponto em questão é achar um meio-termo da melhor utilização do Twitter e usá-lo como ferramenta de divulgação da liga.
Assim faz a NBA. Enquanto a NFL não tem uma página no Twitter oficial (apesar do Goodell ter), a associação de basquete possui uma das páginas com mais seguidores do site (até 7/08, são 1.113.002 de pessoas que seguem a NBA e os números não param de crescer...). Nesta quinta, aliás, aconteceu algo curioso.
Está aí, claro que em 140 caracteres, uma possível definição do Twitter pela perspectiva da NFL e NBA. Entre banir sua utilização ou usar em benefício próprio, ambas as ligas enfrentam este dilema de formas diferentes, cada uma tomando uma abordagem peculiar.
Com o crescimento do Twitter – que pode ser definido como “o buteco da net” – e o mau uso dele, a NFL e suas franquias, assim como a NBA e suas franquias, estão tomando atitudes para tentar regularizar o acesso dos seus funcionários, atletas, e clubes. Isto precisa ser feito: criar um limite para a “liberdade de expressão”, se não mais coisas absurdas irão acontecer.
Porque coisas absurdas já aconteceram.
O San Diego Charges (NFL) multou o cornerback Antonio Cromartie em US$ 2.500 porque o jogador criticou a comida do clube em um dos seus posts, insinuando que por este motivo o time não conseguia vencer o Super Bowl (uma brincadeira que só ele entendeu). Tudo bem que o Twitter é o “buteco da net”, porém existem assuntos que não devem ser comentados.
Continuando com os Charges... Shaun Phillips (foto acima), linebacker do time, “twittou” com o linebacker do Oakland Raiders, Kirk Morrison, se ele tinha o link do vídeo da Erin Andrews (famosa repórter da ESPN, quem um paparazzo filmou nua em um hotel); pedido que pode ser considerado comum, mas que qualquer pessoa tem acesso a ele. Tudo bem que o Twitter é o “buteco da net”, porém existem assuntos que não devem ser comentados.
Em uma forma de tentar organizar tudo isso, muitas franquias da NFL proibiram seus jogadores de mandar um twitter enquanto estão em horário de trabalho (quando um post é enviado é registrado o dia e a hora). O Green Bay Packers colocou tal transgressão no topo da lista: o jogador da franquia que violar essa regra será multado em US$ 1.700. Já na questão do uso pessoal do site, a orientação básica é não falar sobre um assunto que os atletas não comentariam com um repórter, afinal eles estão por toda a parte.
Talvez na empolgação de “legisladora do Twitter”, a NFL tomou uma atitude prejudicial à liga e aos fãs: é proibido twittar nas dependências do clube, seja jornalista, seja torcedor. É perdida, então, a oportunidade de cobrir uma sessão de treinos táticos e físicos como nunca se viu. É desperdiçada a chance de divulgar a liga aos torcedores por um ângulo que só repórteres têm acesso, mesmo eles dispostos a informarem seus seguidores sobre o que está acontecendo nos bastidores.
Aqui é descoberta uma contradição: muitas franquias - os Charges, por exemplo - no draft deste ano divulgaram suas escolha via Twitter, antes mesmo do Roger Goodell, comissário da liga (foto abaixo), anunciá-las para o público. O ponto em questão é achar um meio-termo da melhor utilização do Twitter e usá-lo como ferramenta de divulgação da liga.
Assim faz a NBA. Enquanto a NFL não tem uma página no Twitter oficial (apesar do Goodell ter), a associação de basquete possui uma das páginas com mais seguidores do site (até 7/08, são 1.113.002 de pessoas que seguem a NBA e os números não param de crescer...). Nesta quinta, aliás, aconteceu algo curioso.
O site Twitter foi alvo de hackers e ficou fora do ar por bastante tempo – no horário de Brasília, a manhã toda e parte da tarde. Assim que voltou a funcionar, a página da NBA foi uma das primeiras a twittar comemorando o retorno do site, postando um link de uma das danças do Dwight Howard, pivô do Orlando Magic.
A NBA é bastante agressiva no uso do site. O calendário da temporada 2009-10 foi divulgado em primeira mão no Twitter e a associação sempre coloca a disposição dos seus seguidores as principais novidades envolvendo clubes, jogadores e a própria liga. De fato, para a NBA este é mais um meio de divulgação e/ou comunicação.
Para os atletas também. Vários jogadores da NBA usam o Twitter para interagir melhor com os fãs, principais alvos da associação. Contudo, esta total liberdade causou alguns desconfortos.
Um dos casos mais curiosos da história do Twitter aconteceu com Kevin Love, ala-pivô do Minnesota Timberwolves. A diretoria da franquia estava em intensas negociações diárias com Kevin McHale, ex-treinador da equipe, para ver se o dispensava ou não. Quando eles decidiram pela dispensa, Love soube e twittou; a questão é que McHale ainda não tinha sido informado oficialmente sobre, e Love foi manchete em todos os noticiários esportivos com o seu “furo” de reportagem.
De volta ao capítulo “Tudo-bem-que-o-Twitter-é-o-buteco-da-net", porém-existem-assuntos-que-não-devem-ser-comentados”, JR Smith (foto ao lado), ala do Denver Nuggets, substituía em seus posts a letra “C” pela letra “K”; nada demais, certo? Talvez ele queria esbanjar seu “internetês”...
Nada disso.
Esta maneira de escrever palavras com “K” ao invés do “C” é um sinal clássico da conhecida gangue “Bloods”, que por ser rival histórico da “Crips”, seus membros não usam a letra “C” em nenhuma ocasião. Ninguém insinuou que Smith estaria promovendo uma gangue, mas este é um gesto que abre a “porta da especulação” e pode causar um mau exemplo aos jovens fãs da NBA.
Todos estes exemplos citados mostram a magnitude e poder de alcance que o Twitter tem. Contudo, o poder de persuasão está com quem posta, com esta pessoa está o controle. Logo, basta saber o que escrever, a hora correta de postar... Assim sendo, todos ganham: a NFL e a NBA que se tornarão mais acessíveis aos torcedores; os jogadores que poderão interagir com sues fãs com mais freqüência, independente do lugar onde estejam; e os seguidores que irão receber cada vez mais informações.
Como acontece nos contos de “amor versus ódio”, o final é sempre feliz. Para assim ser, basta usarem a moral desta história como lema:
Usem o Twitter com moderação.
© 1 AP
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