O beisebol é um dos esportes que mais usam os números para dimensionar o talento, qualidade e potencial dos praticantes. São siglas como OPS, OBP e RBI que, por exemplo, medem o quanto um jogador é bom no ataque. O Atlanta Braves, nesta pré-temporada, fez algo que nada tem a ver com estatísticas, mas mostra o quanto a sua mais nova promessa, Jason Heyward, tem poder nas rebatidas.
No Champion Stadium, que fica no complexo esportivo da ESPN no Walt Disney World em Orlando (Flórida), local que o clube faz sua preparação, a diretoria mandou construir uma rede no lado direito do campo (117m do home plate) porque logo atrás do muro – uns 20 metros depois – fica o estacionamento dos funcionários da franquia e as bolas rebatidas por Heyward estavam danificando os automóveis lá parados: o teto do carro do diretor assistente de beisebol, Bruce Manno, e um caminhão de uma empresa de refrigerantes estão entre as “vítimas”.
Esta é a hora de brilhar. Chegou o momento. Depois de um ano nas ligas de base (minors) e ser eleito por diversos veículos de comunicação como o melhor jogador de 2009, Heyward está pronto para encarar os arremessadores tops da MLB (mesmo com apenas 20 anos de idade). A juventude dele é usada como fator de cautela, pois os Braves não querem desperdiçar um grande talento que tem tudo para ser a cara da franquia nesta próxima década. Resta saber até quando esta precaução vai durar.
Entre as necessidades do time para a temporada 2010, falta justamente alguém com força no bastão para completar a linha de ataque. Porém Bobby Cox, treinador, usa a pré-temporada para observar mais de perto o garoto. O que se presta atenção não é nada que envolve a técnica e/ou tática do jogo, mas sim como ele lida com a rotina, como lida com as adversidades enfrentadas quando não consegue uma boa atuação, como lida com os companheiros e comissão técnica...
Pelo visto até agora, a chance dele conseguir uma vaga no time titular é grande. Da mesma forma que ele demonstra ter poucas falhas no seu jogo, fora dele Heyward é agradável, um cara que age naturalmente com o dia-a-dia do beisebol, deixando a impressão que nasceu para o esporte.
Os fundamentos do beisebol ele começou a aprender aos 8 anos de idade, mesmo tempo que ele aprendeu os fundamentos da vida. Seus pais (Eugene e Laura) lhe deram uma educação ímpar e isto se reflete nas ações de Jason - tanto Eugene e Laura são formados na Universidade Dartmouth, uma das melhores dos EUA. Daí vem a inteligência do homem Jason e que automaticamente transfere para o jogador, assim como a ética, a paciência...
Para ser um bom rebatedor, é preciso paciência. A comissão técnica dos Braves destaca esta característica com sendo a principal de Heyward, extremamente importante para um cara com um swing pesado e de poder. Este fundamento abstrato ele já apresentava nas minors e nesta pré-temporada está se aprimorando, complicando a situação de Cox que em breve precisa tomar uma decisão sobre colocá-lo no time principal ou não.
O consenso que se tem dentro do clube é que ele estará entre os titulares – e caso assim não for, as minors é o destino provável. O setorista dos Braves, David O´Brien, que cobre o clube para o Atlanta Journal-Constitution já afirmou: “Jason Heyward será o right field dos Braves na abertura do campeonato”. A questão é que para ele entrar alguém tem que sair. Ken Rosenthal, comentarista da rede de TV FOX e da MLB Network, tem uma solução:
“O Atlanta deve jogar com Heyward na direita do outfield, Nate McLouth no centro e um revezamento combinado de Matt Diaz e Melky Cabrera na esquerda. Cox poderá usar Diaz ou Cabrera para substituir Heyward quando o time enfrentar fortes arremessadores canhotos”.
Dentro deste cenário, faz sentido usar Diaz como reserva, já que ele tem um aproveitamento no bastão de .417 contra canhotos.
É compreensível o mistério feito por parte dos Braves em relação a decisão de escalá-lo ou não entre os titulares. Cox tem uma experiência em lançar jovens talentos no clube e Brian McCann (catcher) e Tommy Hanson (arremessador) são exemplos recentes do trabalho dele com as promessas da franquia. Com Heyward a história é um pouco diferente, pois há uma determinante intangível que ele carregará consigo durante sua carreira na MLB.
Ele é afro-americano e a maioria da população de Atlanta é composta por negros. O beisebol é um dos esportes nos EUA que menos tem participação de negros - que atuam em sua grande maioria na NBA e na NFL. Ter Heyward logo na MLB será bom para a liga e para a cidade, que poderá abraçá-lo como fez com Michael Vick quando ele defendia o Atlanta Falcons (NFL).
Jason Heyward tem tudo para ser o novo ícone da MLB e ser admirado dentro e fora de campo. Apesar das dúvidas, são grandes as chances dele estar em campo contra o Chicago Cubs no dia 5 de Abril, jogo de abertura do campeonato 2010 para os Braves.
Será o nascimento do mais novo astro da MLB.
Quem viver, verá.
No Champion Stadium, que fica no complexo esportivo da ESPN no Walt Disney World em Orlando (Flórida), local que o clube faz sua preparação, a diretoria mandou construir uma rede no lado direito do campo (117m do home plate) porque logo atrás do muro – uns 20 metros depois – fica o estacionamento dos funcionários da franquia e as bolas rebatidas por Heyward estavam danificando os automóveis lá parados: o teto do carro do diretor assistente de beisebol, Bruce Manno, e um caminhão de uma empresa de refrigerantes estão entre as “vítimas”.
Esta é a hora de brilhar. Chegou o momento. Depois de um ano nas ligas de base (minors) e ser eleito por diversos veículos de comunicação como o melhor jogador de 2009, Heyward está pronto para encarar os arremessadores tops da MLB (mesmo com apenas 20 anos de idade). A juventude dele é usada como fator de cautela, pois os Braves não querem desperdiçar um grande talento que tem tudo para ser a cara da franquia nesta próxima década. Resta saber até quando esta precaução vai durar.
Entre as necessidades do time para a temporada 2010, falta justamente alguém com força no bastão para completar a linha de ataque. Porém Bobby Cox, treinador, usa a pré-temporada para observar mais de perto o garoto. O que se presta atenção não é nada que envolve a técnica e/ou tática do jogo, mas sim como ele lida com a rotina, como lida com as adversidades enfrentadas quando não consegue uma boa atuação, como lida com os companheiros e comissão técnica...
Pelo visto até agora, a chance dele conseguir uma vaga no time titular é grande. Da mesma forma que ele demonstra ter poucas falhas no seu jogo, fora dele Heyward é agradável, um cara que age naturalmente com o dia-a-dia do beisebol, deixando a impressão que nasceu para o esporte.
Os fundamentos do beisebol ele começou a aprender aos 8 anos de idade, mesmo tempo que ele aprendeu os fundamentos da vida. Seus pais (Eugene e Laura) lhe deram uma educação ímpar e isto se reflete nas ações de Jason - tanto Eugene e Laura são formados na Universidade Dartmouth, uma das melhores dos EUA. Daí vem a inteligência do homem Jason e que automaticamente transfere para o jogador, assim como a ética, a paciência...
Para ser um bom rebatedor, é preciso paciência. A comissão técnica dos Braves destaca esta característica com sendo a principal de Heyward, extremamente importante para um cara com um swing pesado e de poder. Este fundamento abstrato ele já apresentava nas minors e nesta pré-temporada está se aprimorando, complicando a situação de Cox que em breve precisa tomar uma decisão sobre colocá-lo no time principal ou não.
O consenso que se tem dentro do clube é que ele estará entre os titulares – e caso assim não for, as minors é o destino provável. O setorista dos Braves, David O´Brien, que cobre o clube para o Atlanta Journal-Constitution já afirmou: “Jason Heyward será o right field dos Braves na abertura do campeonato”. A questão é que para ele entrar alguém tem que sair. Ken Rosenthal, comentarista da rede de TV FOX e da MLB Network, tem uma solução:
“O Atlanta deve jogar com Heyward na direita do outfield, Nate McLouth no centro e um revezamento combinado de Matt Diaz e Melky Cabrera na esquerda. Cox poderá usar Diaz ou Cabrera para substituir Heyward quando o time enfrentar fortes arremessadores canhotos”.
Dentro deste cenário, faz sentido usar Diaz como reserva, já que ele tem um aproveitamento no bastão de .417 contra canhotos.
É compreensível o mistério feito por parte dos Braves em relação a decisão de escalá-lo ou não entre os titulares. Cox tem uma experiência em lançar jovens talentos no clube e Brian McCann (catcher) e Tommy Hanson (arremessador) são exemplos recentes do trabalho dele com as promessas da franquia. Com Heyward a história é um pouco diferente, pois há uma determinante intangível que ele carregará consigo durante sua carreira na MLB.
Ele é afro-americano e a maioria da população de Atlanta é composta por negros. O beisebol é um dos esportes nos EUA que menos tem participação de negros - que atuam em sua grande maioria na NBA e na NFL. Ter Heyward logo na MLB será bom para a liga e para a cidade, que poderá abraçá-lo como fez com Michael Vick quando ele defendia o Atlanta Falcons (NFL).
Jason Heyward tem tudo para ser o novo ícone da MLB e ser admirado dentro e fora de campo. Apesar das dúvidas, são grandes as chances dele estar em campo contra o Chicago Cubs no dia 5 de Abril, jogo de abertura do campeonato 2010 para os Braves.
Será o nascimento do mais novo astro da MLB.
Quem viver, verá.
(GL)
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Leia Mais: Artigo sobre Tommy Hanson, arremessador dos Braves (publicado dia 06/07/2009) - Sem Dar Uma Passo Maior Que As Pernas
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