Assim que a equipe de basquete da universidade de Cincinnati (Bearcats) entrar em quadra hoje para enfrentar Praire View A&M, marcando o inicio da temporada 2009-10 da NCAA, a atenção estará toda voltada para o camisa 33 do time: o armador novato Lance Stephenson (foto acima).
O campeonato deste ano tem três novatos sensações que tendem a jogar apenas um ano no universitário e ir logo em seguida para a NBA - John Wall (Kentucky) e Xavier Henry (Kansas) são os outros dois. Entretanto a pressão maior estar em Lance, que precisa demonstrar maturidade em todos os aspectos – dentro e fora de jogo –, ganhando a confiança e a escolha de um time da associação, isto porque foi difícil uma universidade com um programa de basquete da elite lhe oferecer uma bolsa de estudos devido aos problemas que ele teve ao longo da sua carreira na High School (ensino médio), mesmo sendo um atleta muito talentoso.
Stephenson sempre teve que lidar com algo intangível: ser uma lenda do basquete em New York (NY). Toda cidade está à espera do novo jogador nova-iorquino que vai brilhar na NBA. Em dois eventos particulares na adolescência, ele fez jus ao que diziam nas ruas sobre seu jogo: 1º - quando estava na oitava série, sua escola desafiou o time do OJ Mayo (então melhor jogador em nível high school dos Estados Unidos) e bastaram dois dribles em cima do hoje atleta do Memphis Grizzlies (NBA) para que as escolas de NY passassem a recrutar o garoto; 2º - em um amistoso (2005) na Rucker Park – templo do basquete de rua americano –, ele marcou 40 pontos em cima de Jamal Crawford, hoje no Atlanta Hawks (NBA). A tradicional Abraham Lincoln High School ficou com Stephenson e a sua transferência foi manchete principal dos jornais da cidade.
Ir para Lincoln aumentou a responsabilidade de Lance, pois foi lá que outras duas lendas do basquete de NY estudaram: Stephon Marbury e Sebastian Telfair. Por atuarem na mesma posição, mais comparações surgiram e a expectativa crescia cada vez mais sobre o que ele iria fazer na escola. Ao concluir os estudos, seu currículo esportivo foi de mais destaque em comparação aos dos ex-jogadores da escola: Lance (foto abaixo) levou Lincoln a ser tetra campeã da cidade no torneio entre escolas públicas (algo sem precedente) e se tornou o maior cestinha da história de NY, passando a marca de Telfair.
Estes números e conquistas receberam um carinho especial das principais universidades da NCAA, mas apareceu a dúvida sobre seu comportamento social. Em 2008 ele enfrentou graves problemas: recebeu da escola uma suspenção de cinco dias por brigar com um compaheiro de equipe; e foi preso por abusar sexualmente uma garota nas dependênicas do colégio. Querendo ou não, tais fatores pesavam contra ele e as boas faculdades se distanciavam de Stephenson. Para agravar mais ainda sua imagem, ele foi cortado da seleção sub-18 dos EUA por indisciplina tática e técnica. Ou seja: egoísmo – fominha no bom português.
Bob McKilop, treinador da universidade Davidson e da seleção sub-18, justificou a saída do seu principal cestinha dizendo: “5% do jogo ele está com a bola na mão, nos outros 95% ele joga sem a bola. É exatamente nisto que Lance precisa melhorar”.
A última coisa que um time top da NCAA quer é alguém individualista + problemático. A parte negativa de Stephenson estava quase saindo vencedora ao se perceber que as grandes universidades estavam fechando seus respectivos elencos para esta temporada e parecia que não sobraria espaço para ele na elite. Até que na última hora apareceu Mick Cronin e Cincinnati.
Cronin, treinador dos Bearcats, lutou com a diretoria da universidade para assinar com Stephenson, dentro do planejamento de recolocar a escola entre as principais no campeonato de basquete da NCAA. São quatro temporadas sem se classificar para o torneio da NCAA, porém há tradição no basquete da faculdade: um bi-campeonato (1961-1962), 14 aparições seguidas no torneio (entre 1992 e 2005) e estrelas da NBA que já defenderam os Bearcats (Oscar Robertson, Nick Van Exel e Kenyon Martin, por exemplo).
Para esta temporada, Cronin conseguiu manter no campus quatro dos cinco melhores jogadores do ano passado. A simples adição de Stephenson (foto acima) já coloca o time como um dos principais elencos da NCAA e um dos favoritos para disputar o título da competitiva conferência Big East (que teve três cabeças de chave no torneio de 2009: Louisville, Connecticut e Pittsburgh; e Villanova, junto com CONN, no Final Four).
Aos poucos Lance vem se entrosando com seus novos companheiros. Em um dos primeiros treinos com a equipe ele marcou 24 pontos em 25 minutos. No primeiro amistoso de pré-temporada (contra Saginaw Valley State) ele marcou nove pontos em 18 minutos vindo da reserva. Já no segundo amistoso (contra Bellarmine), ele anotou 15 pontos e foi o cestinha da partida atuando como titular. Ele deve jogar de ala (posição 3), porque a equipe tem dois excelentes armadores: Cashmere Wright e Donta Vaughn. Yancy Gates (ala) e Steve Taylor (pivô) completam o quinteto inicial.
São vários os objetivos de Lance em Cincinnati e um deles é colocar os Bearcats de volta ao topo, mostrando que os votantes dos rankings USA Today e Associated Press estão errados – a universidade não recebeu nenhum voto sequer em ambos no posicionamento da pré-temporada. Consequentemente ele terá que provar em quadra o seu jogo mais maduro e coletivo, somado com sua habilidade nata de converter cestas, deixando um gosto de arrependimento nas universidades que não apostaram nele e calando seus críticos. Assim sendo, Stephenson almeja aprovação dos scouts da NBA, para quem sabe no ano que vem, ou mais pra frente, ele venha a atuar no melhor basquete do mundo.
O campeonato deste ano tem três novatos sensações que tendem a jogar apenas um ano no universitário e ir logo em seguida para a NBA - John Wall (Kentucky) e Xavier Henry (Kansas) são os outros dois. Entretanto a pressão maior estar em Lance, que precisa demonstrar maturidade em todos os aspectos – dentro e fora de jogo –, ganhando a confiança e a escolha de um time da associação, isto porque foi difícil uma universidade com um programa de basquete da elite lhe oferecer uma bolsa de estudos devido aos problemas que ele teve ao longo da sua carreira na High School (ensino médio), mesmo sendo um atleta muito talentoso.
Stephenson sempre teve que lidar com algo intangível: ser uma lenda do basquete em New York (NY). Toda cidade está à espera do novo jogador nova-iorquino que vai brilhar na NBA. Em dois eventos particulares na adolescência, ele fez jus ao que diziam nas ruas sobre seu jogo: 1º - quando estava na oitava série, sua escola desafiou o time do OJ Mayo (então melhor jogador em nível high school dos Estados Unidos) e bastaram dois dribles em cima do hoje atleta do Memphis Grizzlies (NBA) para que as escolas de NY passassem a recrutar o garoto; 2º - em um amistoso (2005) na Rucker Park – templo do basquete de rua americano –, ele marcou 40 pontos em cima de Jamal Crawford, hoje no Atlanta Hawks (NBA). A tradicional Abraham Lincoln High School ficou com Stephenson e a sua transferência foi manchete principal dos jornais da cidade.
Ir para Lincoln aumentou a responsabilidade de Lance, pois foi lá que outras duas lendas do basquete de NY estudaram: Stephon Marbury e Sebastian Telfair. Por atuarem na mesma posição, mais comparações surgiram e a expectativa crescia cada vez mais sobre o que ele iria fazer na escola. Ao concluir os estudos, seu currículo esportivo foi de mais destaque em comparação aos dos ex-jogadores da escola: Lance (foto abaixo) levou Lincoln a ser tetra campeã da cidade no torneio entre escolas públicas (algo sem precedente) e se tornou o maior cestinha da história de NY, passando a marca de Telfair.
Estes números e conquistas receberam um carinho especial das principais universidades da NCAA, mas apareceu a dúvida sobre seu comportamento social. Em 2008 ele enfrentou graves problemas: recebeu da escola uma suspenção de cinco dias por brigar com um compaheiro de equipe; e foi preso por abusar sexualmente uma garota nas dependênicas do colégio. Querendo ou não, tais fatores pesavam contra ele e as boas faculdades se distanciavam de Stephenson. Para agravar mais ainda sua imagem, ele foi cortado da seleção sub-18 dos EUA por indisciplina tática e técnica. Ou seja: egoísmo – fominha no bom português.
Bob McKilop, treinador da universidade Davidson e da seleção sub-18, justificou a saída do seu principal cestinha dizendo: “5% do jogo ele está com a bola na mão, nos outros 95% ele joga sem a bola. É exatamente nisto que Lance precisa melhorar”.
A última coisa que um time top da NCAA quer é alguém individualista + problemático. A parte negativa de Stephenson estava quase saindo vencedora ao se perceber que as grandes universidades estavam fechando seus respectivos elencos para esta temporada e parecia que não sobraria espaço para ele na elite. Até que na última hora apareceu Mick Cronin e Cincinnati.
Cronin, treinador dos Bearcats, lutou com a diretoria da universidade para assinar com Stephenson, dentro do planejamento de recolocar a escola entre as principais no campeonato de basquete da NCAA. São quatro temporadas sem se classificar para o torneio da NCAA, porém há tradição no basquete da faculdade: um bi-campeonato (1961-1962), 14 aparições seguidas no torneio (entre 1992 e 2005) e estrelas da NBA que já defenderam os Bearcats (Oscar Robertson, Nick Van Exel e Kenyon Martin, por exemplo).
Para esta temporada, Cronin conseguiu manter no campus quatro dos cinco melhores jogadores do ano passado. A simples adição de Stephenson (foto acima) já coloca o time como um dos principais elencos da NCAA e um dos favoritos para disputar o título da competitiva conferência Big East (que teve três cabeças de chave no torneio de 2009: Louisville, Connecticut e Pittsburgh; e Villanova, junto com CONN, no Final Four).
Aos poucos Lance vem se entrosando com seus novos companheiros. Em um dos primeiros treinos com a equipe ele marcou 24 pontos em 25 minutos. No primeiro amistoso de pré-temporada (contra Saginaw Valley State) ele marcou nove pontos em 18 minutos vindo da reserva. Já no segundo amistoso (contra Bellarmine), ele anotou 15 pontos e foi o cestinha da partida atuando como titular. Ele deve jogar de ala (posição 3), porque a equipe tem dois excelentes armadores: Cashmere Wright e Donta Vaughn. Yancy Gates (ala) e Steve Taylor (pivô) completam o quinteto inicial.
São vários os objetivos de Lance em Cincinnati e um deles é colocar os Bearcats de volta ao topo, mostrando que os votantes dos rankings USA Today e Associated Press estão errados – a universidade não recebeu nenhum voto sequer em ambos no posicionamento da pré-temporada. Consequentemente ele terá que provar em quadra o seu jogo mais maduro e coletivo, somado com sua habilidade nata de converter cestas, deixando um gosto de arrependimento nas universidades que não apostaram nele e calando seus críticos. Assim sendo, Stephenson almeja aprovação dos scouts da NBA, para quem sabe no ano que vem, ou mais pra frente, ele venha a atuar no melhor basquete do mundo.
(GL)
© 1 Lonnie Webb / MaxPreps
© 2 Jeff Swinger / The Enquirer
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