Não se trata daquele famoso camisa 9...
E sim dos jogadores da linha ofensiva (OL), atletas importantíssimos para qualquer sucesso de uma equipe na NFL, mas que ao mesmo tempo são tão desvalorizados. (diga o nome de todos os titulares da OL de seu time...).
Com o início da pré-temporada, a equipe médica do Baltimore Ravens fará um acompanhamento especial em seus “grandalhões” da OL; o objetivo principal é cuidar da saúde deles focando problemas cardiovasculares (do coração), assunto este que está sendo tratado com a atenção pela NFL.
Aliás, o último estudo completo sobre esta matéria foi realizado pelo médico dos Ravens, Dr. Andrew Tucker, em 2007. Ele pesquisou a saúde de 504 atletas em atividades e os comparou com a população americana em geral. O resultado foi surpreendente já que os jogadores da NFL:
- Apresentaram menores níveis de diabetes
- Um percentual mais baixo de fumantes
- Nenhuma diferença em taxas de colesterol
Características estas que diminuem o risco dos atletas terem um problema no coração. Tudo isso levando em consideração que os OL, de acordo com o estudo, tem um desvantagem de 31kg a mais que a população e uma porcentagem de gordura no corpo alta: 28,5% (os wide receivers, por exemplo, tem em média 8,5%).
O ponto negativo desta pesquisa feita há dois anos, foi a alta pressão arterial que os OL tem – 14% acima do normal contra 5,5%. Este é um fator que faz com que os estudos continuem, visando entender esta questão e alertar os atletas sobre este risco.
Todo este cuidado tem um motivo: o alto número de jogadores de linha ofensiva da NFL que morreram recentemente com problemas cardiovasculares. Korey Stringer 27 anos (foto ao lado), ex-Minnesota Vikings, sofreu um infarto do miocárdio na pré-temporada de 2001; Thomas Herrion 21 anos, ex-San Francisco 49ers, teve cardiomegalia (crescimento anormal do coração) depois de um jogo em 2004; Orlando Bobo 33 anos, ex-Baltimore Ravens, morreu em 2007 de insuficiência cardíaca.
Estes são exemplos para alertar os OL em atividade do cuidado que precisam ter com sua saúde, se alimentando com sabedoria e tratando melhor seu corpo – o seu “instrumento” de trabalho. Apesar dos pesares, a situação hoje está melhor do que no passado, não levando em conta a melhora dos tratamentos medicinais, e sim pela consciência dos atletas.
Em 1994, um estudo mostrou então que a porcentagem de um jogador da linha ofensiva e defensiva da NFL de sofrer doenças cardiovasculares era 52% maior em comparação com a população em geral. Mesmo a atenção direcionada em grande parte aos OL, os defensive ends e defensive tackles serão alvos dos estudos, tanto da NFL quanto dos Ravens especificamente.
A meta é proporcionar uma aposentadoria saudável a eles, diminuindo o risco destas doenças e a busca por auxilio de pensão da NFL para cuidar dos prováveis pacientes. A liga tem uma certa dificuldade em lidar com o chamado “benefício por invalidez”. Enquanto a NFL gasta anualmente por volta de US$ 1 bilhão em outras pensões e benefícios, apenas outros US$ 20 milhões são destinados a invalidez de atletas que se aposentaram, número considerado baixo pelo sindicato, por ser alto os números de contusões pós-football – dos cerca de 8 mil jogadores aposentados, menos de 300 recebem pensão por invalidez.
Aqui entra a história de que é melhor prevenir do que remediar.
Independentemente do esforço feito pela franquia e seus médicos em conscientizar os “grandalhões” a se cuidarem melhor, eles estão fazendo isto por conta própria. Esta “quebra” do pré-conceito formado por muitos de que eles não são saudáveis por estarem acima do peso, já é um passo importante - o fato de fumarem menos do que a população em geral é significativo. Agora, basta eles envelhecerem para se ter uma certeza real que estão tendo uma obesidade saudável.
“Estamos falando de diferentes gerações”, diz Justin Bannan (foto acima), defensive tackle dos Ravens. “Só podemos tirar conclusões quando nós nos aposentarmos. Tenho certeza que minha geração, quando chegar lá, será mais saudável”.
Caso assim seja, será bom para todos, claro que mais para os próprios atletas, que terão uma vida depois do football longe de doenças cardiovasculares e sendo exemplo para os jogadores mais jovens, mostrando que é necessário se cuidar no “hoje” para ter um “amanhã” com saúde e longe dos problemas.
© 1 Kenneth K. Lam / Baltimore Sun
© 2 Al Messerschmidt / Getty Images
© 3 Getty Images
PS: Leia “Vitória – A Históra de Michael Oher”, offensive linemen do Baltimore Ravens (publicado em: 29 de Abril)
E sim dos jogadores da linha ofensiva (OL), atletas importantíssimos para qualquer sucesso de uma equipe na NFL, mas que ao mesmo tempo são tão desvalorizados. (diga o nome de todos os titulares da OL de seu time...).
Com o início da pré-temporada, a equipe médica do Baltimore Ravens fará um acompanhamento especial em seus “grandalhões” da OL; o objetivo principal é cuidar da saúde deles focando problemas cardiovasculares (do coração), assunto este que está sendo tratado com a atenção pela NFL.
Aliás, o último estudo completo sobre esta matéria foi realizado pelo médico dos Ravens, Dr. Andrew Tucker, em 2007. Ele pesquisou a saúde de 504 atletas em atividades e os comparou com a população americana em geral. O resultado foi surpreendente já que os jogadores da NFL:
- Apresentaram menores níveis de diabetes
- Um percentual mais baixo de fumantes
- Nenhuma diferença em taxas de colesterol
Características estas que diminuem o risco dos atletas terem um problema no coração. Tudo isso levando em consideração que os OL, de acordo com o estudo, tem um desvantagem de 31kg a mais que a população e uma porcentagem de gordura no corpo alta: 28,5% (os wide receivers, por exemplo, tem em média 8,5%).
O ponto negativo desta pesquisa feita há dois anos, foi a alta pressão arterial que os OL tem – 14% acima do normal contra 5,5%. Este é um fator que faz com que os estudos continuem, visando entender esta questão e alertar os atletas sobre este risco.
Todo este cuidado tem um motivo: o alto número de jogadores de linha ofensiva da NFL que morreram recentemente com problemas cardiovasculares. Korey Stringer 27 anos (foto ao lado), ex-Minnesota Vikings, sofreu um infarto do miocárdio na pré-temporada de 2001; Thomas Herrion 21 anos, ex-San Francisco 49ers, teve cardiomegalia (crescimento anormal do coração) depois de um jogo em 2004; Orlando Bobo 33 anos, ex-Baltimore Ravens, morreu em 2007 de insuficiência cardíaca.
Estes são exemplos para alertar os OL em atividade do cuidado que precisam ter com sua saúde, se alimentando com sabedoria e tratando melhor seu corpo – o seu “instrumento” de trabalho. Apesar dos pesares, a situação hoje está melhor do que no passado, não levando em conta a melhora dos tratamentos medicinais, e sim pela consciência dos atletas.
Em 1994, um estudo mostrou então que a porcentagem de um jogador da linha ofensiva e defensiva da NFL de sofrer doenças cardiovasculares era 52% maior em comparação com a população em geral. Mesmo a atenção direcionada em grande parte aos OL, os defensive ends e defensive tackles serão alvos dos estudos, tanto da NFL quanto dos Ravens especificamente.
A meta é proporcionar uma aposentadoria saudável a eles, diminuindo o risco destas doenças e a busca por auxilio de pensão da NFL para cuidar dos prováveis pacientes. A liga tem uma certa dificuldade em lidar com o chamado “benefício por invalidez”. Enquanto a NFL gasta anualmente por volta de US$ 1 bilhão em outras pensões e benefícios, apenas outros US$ 20 milhões são destinados a invalidez de atletas que se aposentaram, número considerado baixo pelo sindicato, por ser alto os números de contusões pós-football – dos cerca de 8 mil jogadores aposentados, menos de 300 recebem pensão por invalidez.
Aqui entra a história de que é melhor prevenir do que remediar.
Independentemente do esforço feito pela franquia e seus médicos em conscientizar os “grandalhões” a se cuidarem melhor, eles estão fazendo isto por conta própria. Esta “quebra” do pré-conceito formado por muitos de que eles não são saudáveis por estarem acima do peso, já é um passo importante - o fato de fumarem menos do que a população em geral é significativo. Agora, basta eles envelhecerem para se ter uma certeza real que estão tendo uma obesidade saudável.
“Estamos falando de diferentes gerações”, diz Justin Bannan (foto acima), defensive tackle dos Ravens. “Só podemos tirar conclusões quando nós nos aposentarmos. Tenho certeza que minha geração, quando chegar lá, será mais saudável”.
Caso assim seja, será bom para todos, claro que mais para os próprios atletas, que terão uma vida depois do football longe de doenças cardiovasculares e sendo exemplo para os jogadores mais jovens, mostrando que é necessário se cuidar no “hoje” para ter um “amanhã” com saúde e longe dos problemas.
© 1 Kenneth K. Lam / Baltimore Sun
© 2 Al Messerschmidt / Getty Images
© 3 Getty Images
PS: Leia “Vitória – A Históra de Michael Oher”, offensive linemen do Baltimore Ravens (publicado em: 29 de Abril)
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