“É personalidade” disse Phil Jackson sobre Derek Fisher após o jogo 4 das finais da NBA.
Declaração que surgiu para falar sobre os dois arremessos de três que o armador do Los Angeles Lakers converteu em momentos cruciais da partida: a 4.6 segundos do tempo normal, levando o jogo para a prorrogação (foto abaixo) e a 31.3 segundos do final do tempo extra, quando o jogo estava empatado em 91 pontos (foto acima).
O péssimo aproveitamento da linha de três de Fisher (27,1%) nestes playoffs foi esquecido. O que importa agora são os dois arremessos convertidos.
“Nós sabemos que ele é capaz” disse Kobe Bryant após o jogo “No vestiário, eu joguei umas indiretas para ver se ele iria reagir, porque tinha errado todos os cinco arremessos antes de acertar os últimos dois. Mas, este é o Derek que eu conheço.”
E que todos os torcedores dos Lakers (e os amantes do basquete também) conhecem. Dos jogadores hoje em atividade na associação, Fisher é o segundo na lista com mais jogos de pós-temporada: 175, atrás de Shaquille O´Neal – 203. Em 26 jogos de finais que Fisher jogou, ele tem um aproveitamento de 45,3% de arremessos de três (sem contar os jogos deste ano). Entre esses lances, há o inesquecível arremesso contra o San Antonio Spurs nas finais da Conferência Oeste em 2004, quando no jogo cinco, faltando 0,4 segundos para o término da partida, Derek converte o jumper da vitória que está na história dos Lakers.
Contudo, esta experiência toda não foi demonstrada com consistência nestes playoffs. Ele que no tri-campeonato do Los Angeles no início desta década, era o terceiro cestinha atrás de Bryant e O´Neal, entrou nestas finais com uma média de apenas 7,5 PPJ, o quinto cestinha. Nas finais, Fisher melhorou um pouco, com uma média de 10,5 PPJ nos quatro primeiros jogos.
Por estas razões, muita gente (dos torcedores à imprensa) pediam que os minutos em quadra do armador titular fosse diminuídos. Um argumento usado com freqüência é a questão da idade – Fisher tem 34 anos e completará 35 dia 9 de Agosto.
“Agora é a idade, mas antes eram outras coisas” diz Fisher sobre as críticas “Já ouvi dizer que não posso mais arremessar ou que não sou alto o bastante para fazer o que quer que seja na quadra. Eu uso isto como motivação para treinar mais forte e ser melhor hoje do que fui ontem”.
O fato é que sua ida para o Golden State Warriors na temporada 2004-05 expôs os defeitos do armador, mesmo ele conseguindo no campeonato seguinte sua melhor média de pontos na carreira (13,3), sendo reserva de Baron Davis.
Em sua curta carreira em Utah, Derek Fisher mostrou mais um traço de sua personalidade única.
Eram as semifinais da Conferência Oeste 2007 e o Jazz enfrentava os Warriors. O jogo em questão era o de número dois em Utah. Fisher pediu para Jerry Sloan (treinador do Jazz) para inscrevê-lo na partida, mas não garantiu que ele estaria no jogo, porque sua filha de 11 anos, Tatum, foi diagnosticada com um raro câncer nos olhos e precisava de uma cirurgia urgente em New York, que foi bem sucedida. Com a permissão dos médicos e da família, Derek decidiu voltar para Utah, chegando na arena com o terceiro período em andamento. Foi quando ele descobriu que Deron Williams estava com problemas de faltas, Dee Brown (armador reserva) estava com uma contusão grave e que o ala russo Andrei Kirilenko iria armar as jogadas. Sem aquecimento e sem nenhuma preparação, Fisher vestiu o uniforme do time e entra em quadra recebendo aplausos de todo o ginásio e também dos jogadores dos Warriors. O Utah venceu na prorrogação com Fisher sendo decisivo, com uma defesa em Baron Davis no final do tempo normal e um arremesso de três no final do jogo.
Este, sem dúvida, foi um dos momentos mais marcantes desta década no mundo esportivo. Afinal, o atleta deixou sua filha no hospital para cumprir seu dever. Sinônimo de profissionalismo.
A confiança que Phil Jackson tem em Derek Fisher excede qualquer entendimento. Mesmo perdendo os duelos para Aaron Brooks (Rockets), Chauncey Billups (Nuggets) e Rafer Alston (Magic, no jogo 3), o treinador dos Lakers sempre manteve seu armador em quadra por uma razão:
“Sempre dizemos que a personalidade tem que ‘estar’ com o atleta, principalmente se ele for um grande jogador. É algo que você não escolhe no draft, porque não é questão de talento. No final, sempre é a personalidade e ele (Fisher) é uma pessoa com uma alta personalidade, trazendo isto para cada jogo.”
© 1 John W. McDonough / SI
© 2 John Bazemore / AP
© 3 Terry Pierson / The Press Enterprise
Declaração que surgiu para falar sobre os dois arremessos de três que o armador do Los Angeles Lakers converteu em momentos cruciais da partida: a 4.6 segundos do tempo normal, levando o jogo para a prorrogação (foto abaixo) e a 31.3 segundos do final do tempo extra, quando o jogo estava empatado em 91 pontos (foto acima).
O péssimo aproveitamento da linha de três de Fisher (27,1%) nestes playoffs foi esquecido. O que importa agora são os dois arremessos convertidos.
“Nós sabemos que ele é capaz” disse Kobe Bryant após o jogo “No vestiário, eu joguei umas indiretas para ver se ele iria reagir, porque tinha errado todos os cinco arremessos antes de acertar os últimos dois. Mas, este é o Derek que eu conheço.”
E que todos os torcedores dos Lakers (e os amantes do basquete também) conhecem. Dos jogadores hoje em atividade na associação, Fisher é o segundo na lista com mais jogos de pós-temporada: 175, atrás de Shaquille O´Neal – 203. Em 26 jogos de finais que Fisher jogou, ele tem um aproveitamento de 45,3% de arremessos de três (sem contar os jogos deste ano). Entre esses lances, há o inesquecível arremesso contra o San Antonio Spurs nas finais da Conferência Oeste em 2004, quando no jogo cinco, faltando 0,4 segundos para o término da partida, Derek converte o jumper da vitória que está na história dos Lakers.
Contudo, esta experiência toda não foi demonstrada com consistência nestes playoffs. Ele que no tri-campeonato do Los Angeles no início desta década, era o terceiro cestinha atrás de Bryant e O´Neal, entrou nestas finais com uma média de apenas 7,5 PPJ, o quinto cestinha. Nas finais, Fisher melhorou um pouco, com uma média de 10,5 PPJ nos quatro primeiros jogos.
Por estas razões, muita gente (dos torcedores à imprensa) pediam que os minutos em quadra do armador titular fosse diminuídos. Um argumento usado com freqüência é a questão da idade – Fisher tem 34 anos e completará 35 dia 9 de Agosto.
“Agora é a idade, mas antes eram outras coisas” diz Fisher sobre as críticas “Já ouvi dizer que não posso mais arremessar ou que não sou alto o bastante para fazer o que quer que seja na quadra. Eu uso isto como motivação para treinar mais forte e ser melhor hoje do que fui ontem”.
O fato é que sua ida para o Golden State Warriors na temporada 2004-05 expôs os defeitos do armador, mesmo ele conseguindo no campeonato seguinte sua melhor média de pontos na carreira (13,3), sendo reserva de Baron Davis.
Em sua curta carreira em Utah, Derek Fisher mostrou mais um traço de sua personalidade única.
Eram as semifinais da Conferência Oeste 2007 e o Jazz enfrentava os Warriors. O jogo em questão era o de número dois em Utah. Fisher pediu para Jerry Sloan (treinador do Jazz) para inscrevê-lo na partida, mas não garantiu que ele estaria no jogo, porque sua filha de 11 anos, Tatum, foi diagnosticada com um raro câncer nos olhos e precisava de uma cirurgia urgente em New York, que foi bem sucedida. Com a permissão dos médicos e da família, Derek decidiu voltar para Utah, chegando na arena com o terceiro período em andamento. Foi quando ele descobriu que Deron Williams estava com problemas de faltas, Dee Brown (armador reserva) estava com uma contusão grave e que o ala russo Andrei Kirilenko iria armar as jogadas. Sem aquecimento e sem nenhuma preparação, Fisher vestiu o uniforme do time e entra em quadra recebendo aplausos de todo o ginásio e também dos jogadores dos Warriors. O Utah venceu na prorrogação com Fisher sendo decisivo, com uma defesa em Baron Davis no final do tempo normal e um arremesso de três no final do jogo.
Este, sem dúvida, foi um dos momentos mais marcantes desta década no mundo esportivo. Afinal, o atleta deixou sua filha no hospital para cumprir seu dever. Sinônimo de profissionalismo.
A confiança que Phil Jackson tem em Derek Fisher excede qualquer entendimento. Mesmo perdendo os duelos para Aaron Brooks (Rockets), Chauncey Billups (Nuggets) e Rafer Alston (Magic, no jogo 3), o treinador dos Lakers sempre manteve seu armador em quadra por uma razão:
“Sempre dizemos que a personalidade tem que ‘estar’ com o atleta, principalmente se ele for um grande jogador. É algo que você não escolhe no draft, porque não é questão de talento. No final, sempre é a personalidade e ele (Fisher) é uma pessoa com uma alta personalidade, trazendo isto para cada jogo.”
© 1 John W. McDonough / SI
© 2 John Bazemore / AP
© 3 Terry Pierson / The Press Enterprise
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