Bem, não “aqueles” dois dedos...
Phil Jackson é um homem de classe, um cavalheiro; ele não faria isto.
Mas poderia mostrar os dez dedos das mãos e dizer: “Quem tem 10 anéis de campeão da NBA pode vim falar comigo.” Ninguém tem, a não ser ele mesmo...
Com o título conquistado na temporada 2008-09, Phil Jackson se tornou o treinador com mais títulos da NBA (10), passando o lendário Red Auerbach (9) – técnico que ganhou todos os títulos com o Boston Celtics de 1957 a 1966, sendo oito deles de forma consecutiva.
Não se preocupe. A questão principal aqui não é afirmar quem é o melhor, já que é bastante complicado comparar épocas, principalmente tão distantes assim. Só a título de informação, na temporada 1965-66, a NBA tinha apenas nove equipes - hoje tem trinta. Se o talento fica mais concentrado com poucos times no campeonato, quanto maior for o número de clubes, maior é o número de jogos. Sem mencionar o draft, os “agente-livre”, os jogadores internacionais...
Independente de qualquer opinião pessoal que se tenha sobre Phil Jackson, é preciso dar crédito a tudo o que ele fez na associação enquanto treinador; são dezoito temporadas e em todas elas suas equipes – seja Chicago Bulls ou o Los Angeles Lakers – terminaram com mais vitórias que derrotas. No seu primeiro campeonato em Chicago (1989-90), sua equipe chegou às semifinais de Conferência quando perdeu para o Detroit Pistons. O alto nível de competitividade de Phil já foi mostrado de cara.
Antes do décimo anel de campeão, Jackson sempre foi alvo de críticas, questionado se teve um papel fundamental nas seis conquistas com os Bulls (Michael Jordan / Scottie Pippen) e nas três com os Lakers (Kobe Bryant / Shaquille O´Neal). A história de que ‘qualquer-um-ganharia-com-esses-jogadores’ é o argumento usado para desmerecer Phil.
Ele, porém nunca chamou os holofotes para si, sempre creditou os méritos aos seus atletas, apesar de ter sido sim importante em todos os títulos.
Esta “não-preocupação” de Jackson é totalmente compreensível, afinal quantas vezes já se comentaram na história dos esportes coletivos que times com grandes estrelas - e que conseguiram ganhar algo - não precisavam de um treinador?
Contudo, quantas vezes na história dos esportes coletivos times com grandes estrelas fracassaram?
Será possível então chegar ao meio termo e concordar que é preciso uma combinação de um grande treinador + um grande elenco?
Nomeie um atleta – Jordan, Pippen, O´Neal, Bryant, por exemplo. Todos irão afirmar que Phil teve uma participação importante no desenvolvimento do seu respectivo jogo. O trabalho dele era tirar o máximo possível da habilidade de cada um, tomando cuidado para não ofuscar os outros companheiros. Controlar os egos e administrar a personalidade de cada uma das super-estrelas fazia parte do plano também.
Por essas e outras, muitos admitem: “É, ele saber fazer essas coisas... Mas também, com o time já pronto e tal... Quero ver ele construir uma equipe, começar de baixo...”
Antes de morrer em 2006, Red Auerbach fez uma critica semelhante ao trabalho de Phil Jackson “Ele nunca tentou montar um time, ensinando os fundamentos. Sempre quando ele chegou às equipes que treinou, todas estavam prontas. Aí era só implementar seu sistema.” disse ao site Yahoo! na época.
“Sem-querer-querendo”, Phil iniciaria um novo Lakers a partir da temporada 2004-05, depois de ficar ausente no campeonato de 2003-04, primeira vez em dez anos que o Los Angeles não foi para a pós-temporada.
Modo de Construção [ON]
Mesmo perdendo bons jogadores (Von Wafer, Caron Butler...), Phil estava remontando os Lakers com a base em Kobe Bryant. Foi analisado o potencial de Lamar Odom, que chegou à Los Angeles em 2004, e ele permaneceu. Muito trabalho, porém precisava ser feito.
Phil Jackson é um homem de classe, um cavalheiro; ele não faria isto.
Mas poderia mostrar os dez dedos das mãos e dizer: “Quem tem 10 anéis de campeão da NBA pode vim falar comigo.” Ninguém tem, a não ser ele mesmo...
Com o título conquistado na temporada 2008-09, Phil Jackson se tornou o treinador com mais títulos da NBA (10), passando o lendário Red Auerbach (9) – técnico que ganhou todos os títulos com o Boston Celtics de 1957 a 1966, sendo oito deles de forma consecutiva.
Não se preocupe. A questão principal aqui não é afirmar quem é o melhor, já que é bastante complicado comparar épocas, principalmente tão distantes assim. Só a título de informação, na temporada 1965-66, a NBA tinha apenas nove equipes - hoje tem trinta. Se o talento fica mais concentrado com poucos times no campeonato, quanto maior for o número de clubes, maior é o número de jogos. Sem mencionar o draft, os “agente-livre”, os jogadores internacionais...
Independente de qualquer opinião pessoal que se tenha sobre Phil Jackson, é preciso dar crédito a tudo o que ele fez na associação enquanto treinador; são dezoito temporadas e em todas elas suas equipes – seja Chicago Bulls ou o Los Angeles Lakers – terminaram com mais vitórias que derrotas. No seu primeiro campeonato em Chicago (1989-90), sua equipe chegou às semifinais de Conferência quando perdeu para o Detroit Pistons. O alto nível de competitividade de Phil já foi mostrado de cara.
Antes do décimo anel de campeão, Jackson sempre foi alvo de críticas, questionado se teve um papel fundamental nas seis conquistas com os Bulls (Michael Jordan / Scottie Pippen) e nas três com os Lakers (Kobe Bryant / Shaquille O´Neal). A história de que ‘qualquer-um-ganharia-com-esses-jogadores’ é o argumento usado para desmerecer Phil.
Ele, porém nunca chamou os holofotes para si, sempre creditou os méritos aos seus atletas, apesar de ter sido sim importante em todos os títulos.
Esta “não-preocupação” de Jackson é totalmente compreensível, afinal quantas vezes já se comentaram na história dos esportes coletivos que times com grandes estrelas - e que conseguiram ganhar algo - não precisavam de um treinador?
Contudo, quantas vezes na história dos esportes coletivos times com grandes estrelas fracassaram?
Será possível então chegar ao meio termo e concordar que é preciso uma combinação de um grande treinador + um grande elenco?
Nomeie um atleta – Jordan, Pippen, O´Neal, Bryant, por exemplo. Todos irão afirmar que Phil teve uma participação importante no desenvolvimento do seu respectivo jogo. O trabalho dele era tirar o máximo possível da habilidade de cada um, tomando cuidado para não ofuscar os outros companheiros. Controlar os egos e administrar a personalidade de cada uma das super-estrelas fazia parte do plano também.
Por essas e outras, muitos admitem: “É, ele saber fazer essas coisas... Mas também, com o time já pronto e tal... Quero ver ele construir uma equipe, começar de baixo...”
Antes de morrer em 2006, Red Auerbach fez uma critica semelhante ao trabalho de Phil Jackson “Ele nunca tentou montar um time, ensinando os fundamentos. Sempre quando ele chegou às equipes que treinou, todas estavam prontas. Aí era só implementar seu sistema.” disse ao site Yahoo! na época.
“Sem-querer-querendo”, Phil iniciaria um novo Lakers a partir da temporada 2004-05, depois de ficar ausente no campeonato de 2003-04, primeira vez em dez anos que o Los Angeles não foi para a pós-temporada.
Modo de Construção [ON]
Mesmo perdendo bons jogadores (Von Wafer, Caron Butler...), Phil estava remontando os Lakers com a base em Kobe Bryant. Foi analisado o potencial de Lamar Odom, que chegou à Los Angeles em 2004, e ele permaneceu. Muito trabalho, porém precisava ser feito.
Andrew Bynum, com 17 anos, chegou via draft em 2005. Jordan Farmar, com 19 anos, chegou via draft em 2006. Trevor Ariza chegou em 2007 via troca (Maurice Evans e Brian Cook foram para Orlando). Pau Gasol chegou em 2008 via troca (Kwame Brown, Jarvaris Crittenton, Aaron Mckie foram para Memphis com mais uma escolha de draft).
O resultado disso: após ser eliminado duas vezes na primeira rodada dos playoffs (2006 e 2007), o Los Angeles Lakers chegaram a duas consecutivas finais da NBA – perdendo em 2008 para o Boston Celtics e vencendo em 2009 o Orlando Magic.
Para quem queria vê-lo construir um time, está aí os Lakers de 2008-09. Quem não viu ele comandar super–estrelas é só olhar os Bulls dos anos 90 e os Lakers do início desta década.
A soma disto tudo são 10 anéis de campeão. Quem chegar a este nível tem condições de argumentar com Phil Jackson.
Enquanto isto não acontece, ele pode (mesmo não fazendo) mostra os dedos a todos.
© 1 e © 3 Andrew D. Bernestein / Getty Images
© 2 David E. Klutho / SI
O resultado disso: após ser eliminado duas vezes na primeira rodada dos playoffs (2006 e 2007), o Los Angeles Lakers chegaram a duas consecutivas finais da NBA – perdendo em 2008 para o Boston Celtics e vencendo em 2009 o Orlando Magic.
Para quem queria vê-lo construir um time, está aí os Lakers de 2008-09. Quem não viu ele comandar super–estrelas é só olhar os Bulls dos anos 90 e os Lakers do início desta década.
A soma disto tudo são 10 anéis de campeão. Quem chegar a este nível tem condições de argumentar com Phil Jackson.
Enquanto isto não acontece, ele pode (mesmo não fazendo) mostra os dedos a todos.
© 1 e © 3 Andrew D. Bernestein / Getty Images
© 2 David E. Klutho / SI
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