O começo de campeonato é muito parecido nos clubes da NFL. O clichê confirmando o óbvio que todos os times iniciam a respectiva campanha iguais (0 vitórias e 0 derrotas) produz um ar de potencialidade de ir além. Ao passar dos jogos há separação entre quem tem mais condições de vencer e quem está só participando. O Houston Texans passou 10 anos na NFL tentando apenas se classificar para os playoffs, mas não conseguiu. Acreditam que agora é a grande chance disto acontecer.
As declarações dos jogadores da equipe nesta pré-temporada mostram confiança, porém não a usual e sim uma que pode se transformar em resultados positivos no gramado. Nomes que estão no clube por mais tempo como Andre Johnson (WR), DeMeco Ryans (LB) e Mario Williams (DE/LB) gostam do que estão vendo e crêem ser este é o melhor elenco que os Texans apresentaram nas recentes temporadas.
Em 2010 coisas desagradáveis marcaram os Texans, como perder 5 jogos após liderar no 4º período. Isto levou à um retrospecto bastante negativo, 6 vitórias e 10 derrotas. O dono da franquia, Bob McNair, resolveu intervir e operou mudanças na comissão técnica, pois assim achava necessário. O setor de coordenação defensiva foi dispensado e um grande nome veio para preencher o vazio. Wade Phillips, ex-treinador do Dallas Cowboys, aceitou o convite e é o atual coordenador defensivo do clube.
Wade (foto abaixo, de branco) volta à cidade que o colocou no mapa da NFL, já que sua carreira começou com o Houston Oilers em 1976 – estudou e jogou na Universidade de Houston. Encontra novamente Gary Kubiak (treinador) que foi quarterback reserva do Denver Broncos entre 1989 e 1991, espaço de tempo que Wade era coordenador defensivo da equipe laranja e azul.
Os assistentes de Phillips receberam indicação dele e a transformação na coordenação defensiva foi completa. Dentro de campo pequenos ajustes serão feitos, pois a base foi mantida. As alterações são novo esquema tático com 3 defensores na linha e 4 linebackers (antes era 4-3) e duas importantes novas contratações.
O grande problema dos Texans na temporada passada foi a secundária, uma das piores da liga. Enquanto as atenções no mercado de atletas estavam voltadas para o CB Nnamdi Asomugha (agora no Philadelphia Eagles), o clube texano olhou o segundo melhor jogador disponível nesta posição e contratou uma excelente peça. Veio Johnathan Joseph (ex-Bengals) e depois chegou mais um reforço para secundária: o safety Danieal Manning. Com um poderoso núcleo de LB´s (Brian Cushing, Connor Barwin, DeMeco Ryans e Mario Williams) e estas novas aquisições para neutralizar o jogo aéreo do adversário – mais a mudança nos métodos táticos da coordenação do setor – podem elevar o jogo do clube e ir aonde não foram ainda: playoffs.
Mantiveram o forte trio ofensivo: Matt Schaub (QB), Arian Foster (RB) e Andre Johnson (WR) para alcançarem a terra prometida. A obsessão de McNair é enorme pela pós-temporada, tanto que esta décima participação da sua franquia na NFL não ganhou nenhum logo específico; acredita que não há muito para celebrar. Se estiver falando das atuações dentro de campo, ok. Mas fora dele o Houston Texans é exemplo e tem muitas orgulhosas conquistas.
O princípio de tudo já foi uma vitória, derrotando a poderosa Los Angeles. A NFL tinha acabado de se expandir e atingiu o número de 31 clubes com a volta do football em Cleveland no ano de 1999. Faltava 1 para chegar em 32 e fazer um calendário equilibrado. O então comissário Paul Tagliabue deu a vaga à Los Angeles (que perdeu duas franquias: Rams para Saint Louis e Raiders para Oakland), porém a cidade do cinema mostrou pouco esforço na construção de um estádio e não houve garantias firmes do grupo que iria montar uma equipe por lá. Paul mudou de ideia e deu a vaga para Houston (que perdeu os Oilers para Tennessee; virou Titans).
Quem articulou esta jogada foi McNair (foto acima), mega empresário do ramo tecnológico/energético; é também dono de usinas. O dinheiro que ele arrecadou para montar os Texans veio da transação de uma das suas empresas junto com a Enron antes de a gigante falir – compra que girou em torno dos US$ 1.5 bilhões. Com apoio da população de Houston foi erguido o Reliant Stadium, uma preciosidade e um dos mais modernos estádios da NFL; em apenas dois anos de funcionamento sediou um Super Bowl, o de 2004.
O sucesso dos Texans é formidável e vem desde a fundação. Na primeira temporada todos os ingressos para os jogos no Reliant foram vendidos e a sequencia de lotação máxima é carregada até hoje. Em nove temporadas todas as partidas em casa tiveram a totalidade dos ingressos vendidos, uma marca que merece respeito. Este recorde vai continuar a crescer quando o campeonato 2011-12 começar.
Um dos pontos fortes dos Texans é o marketing agressivo e vitorioso, usado com eficiência a todo o momento pela franquia. O trabalho é tão bem feito que coloca o clube entre os mais valiosos do mundo na recente lista publicada pela Revista Forbes (especializada em finanças). Mesmo sendo a franquia mais nova da NFL, os Texans (US$ 1.17 bi) é o 9º clube esportivo mais valioso do mundo e o 5º da NFL atrás apenas do New York Giants (8º - US$ 1.18 bi), New England Patriots (6º - US$1.37 bi), Washington Redskins (4º - US$ 1.55 bi) e Dallas Cowboys (2º - US$ 1.81 bi).
Nas 9 temporadas até aqui, só uma foi vitoriosa (a de 2009). Nela o time terminou o campeonato com 9v-7d, estacionado num tríplice empate na repescagem com o New York Jets e os Ravens. Os critérios de desempate puseram o clube fora dos playoffs. A construção da equipe durante a década passada criou motivos de desavenças (a não escolha de Julius Peppers no draft de 2002: optaram por David Carr; a não escolha de Reggie Bush ou Vince Young no draft de 2006: optaram por Mario Williams...), mas o objetivo maior era sempre montar um elenco capaz de avançar para a pós-temporada.
A equipe 2010-11 tem qualidade e o entrosamento com a manutenção da base pode pôr os Texans no lugar que tanto desejam. Porém querem mais e ser um ativo participante do football em Janeiro.
As declarações dos jogadores da equipe nesta pré-temporada mostram confiança, porém não a usual e sim uma que pode se transformar em resultados positivos no gramado. Nomes que estão no clube por mais tempo como Andre Johnson (WR), DeMeco Ryans (LB) e Mario Williams (DE/LB) gostam do que estão vendo e crêem ser este é o melhor elenco que os Texans apresentaram nas recentes temporadas.
Em 2010 coisas desagradáveis marcaram os Texans, como perder 5 jogos após liderar no 4º período. Isto levou à um retrospecto bastante negativo, 6 vitórias e 10 derrotas. O dono da franquia, Bob McNair, resolveu intervir e operou mudanças na comissão técnica, pois assim achava necessário. O setor de coordenação defensiva foi dispensado e um grande nome veio para preencher o vazio. Wade Phillips, ex-treinador do Dallas Cowboys, aceitou o convite e é o atual coordenador defensivo do clube.
Wade (foto abaixo, de branco) volta à cidade que o colocou no mapa da NFL, já que sua carreira começou com o Houston Oilers em 1976 – estudou e jogou na Universidade de Houston. Encontra novamente Gary Kubiak (treinador) que foi quarterback reserva do Denver Broncos entre 1989 e 1991, espaço de tempo que Wade era coordenador defensivo da equipe laranja e azul.
Os assistentes de Phillips receberam indicação dele e a transformação na coordenação defensiva foi completa. Dentro de campo pequenos ajustes serão feitos, pois a base foi mantida. As alterações são novo esquema tático com 3 defensores na linha e 4 linebackers (antes era 4-3) e duas importantes novas contratações.
O grande problema dos Texans na temporada passada foi a secundária, uma das piores da liga. Enquanto as atenções no mercado de atletas estavam voltadas para o CB Nnamdi Asomugha (agora no Philadelphia Eagles), o clube texano olhou o segundo melhor jogador disponível nesta posição e contratou uma excelente peça. Veio Johnathan Joseph (ex-Bengals) e depois chegou mais um reforço para secundária: o safety Danieal Manning. Com um poderoso núcleo de LB´s (Brian Cushing, Connor Barwin, DeMeco Ryans e Mario Williams) e estas novas aquisições para neutralizar o jogo aéreo do adversário – mais a mudança nos métodos táticos da coordenação do setor – podem elevar o jogo do clube e ir aonde não foram ainda: playoffs.
Mantiveram o forte trio ofensivo: Matt Schaub (QB), Arian Foster (RB) e Andre Johnson (WR) para alcançarem a terra prometida. A obsessão de McNair é enorme pela pós-temporada, tanto que esta décima participação da sua franquia na NFL não ganhou nenhum logo específico; acredita que não há muito para celebrar. Se estiver falando das atuações dentro de campo, ok. Mas fora dele o Houston Texans é exemplo e tem muitas orgulhosas conquistas.
O princípio de tudo já foi uma vitória, derrotando a poderosa Los Angeles. A NFL tinha acabado de se expandir e atingiu o número de 31 clubes com a volta do football em Cleveland no ano de 1999. Faltava 1 para chegar em 32 e fazer um calendário equilibrado. O então comissário Paul Tagliabue deu a vaga à Los Angeles (que perdeu duas franquias: Rams para Saint Louis e Raiders para Oakland), porém a cidade do cinema mostrou pouco esforço na construção de um estádio e não houve garantias firmes do grupo que iria montar uma equipe por lá. Paul mudou de ideia e deu a vaga para Houston (que perdeu os Oilers para Tennessee; virou Titans).
Quem articulou esta jogada foi McNair (foto acima), mega empresário do ramo tecnológico/energético; é também dono de usinas. O dinheiro que ele arrecadou para montar os Texans veio da transação de uma das suas empresas junto com a Enron antes de a gigante falir – compra que girou em torno dos US$ 1.5 bilhões. Com apoio da população de Houston foi erguido o Reliant Stadium, uma preciosidade e um dos mais modernos estádios da NFL; em apenas dois anos de funcionamento sediou um Super Bowl, o de 2004.
O sucesso dos Texans é formidável e vem desde a fundação. Na primeira temporada todos os ingressos para os jogos no Reliant foram vendidos e a sequencia de lotação máxima é carregada até hoje. Em nove temporadas todas as partidas em casa tiveram a totalidade dos ingressos vendidos, uma marca que merece respeito. Este recorde vai continuar a crescer quando o campeonato 2011-12 começar.
Um dos pontos fortes dos Texans é o marketing agressivo e vitorioso, usado com eficiência a todo o momento pela franquia. O trabalho é tão bem feito que coloca o clube entre os mais valiosos do mundo na recente lista publicada pela Revista Forbes (especializada em finanças). Mesmo sendo a franquia mais nova da NFL, os Texans (US$ 1.17 bi) é o 9º clube esportivo mais valioso do mundo e o 5º da NFL atrás apenas do New York Giants (8º - US$ 1.18 bi), New England Patriots (6º - US$1.37 bi), Washington Redskins (4º - US$ 1.55 bi) e Dallas Cowboys (2º - US$ 1.81 bi).
Nas 9 temporadas até aqui, só uma foi vitoriosa (a de 2009). Nela o time terminou o campeonato com 9v-7d, estacionado num tríplice empate na repescagem com o New York Jets e os Ravens. Os critérios de desempate puseram o clube fora dos playoffs. A construção da equipe durante a década passada criou motivos de desavenças (a não escolha de Julius Peppers no draft de 2002: optaram por David Carr; a não escolha de Reggie Bush ou Vince Young no draft de 2006: optaram por Mario Williams...), mas o objetivo maior era sempre montar um elenco capaz de avançar para a pós-temporada.
A equipe 2010-11 tem qualidade e o entrosamento com a manutenção da base pode pôr os Texans no lugar que tanto desejam. Porém querem mais e ser um ativo participante do football em Janeiro.
(GL)
Escrito por João da Paz
Escrito por João da Paz
© 1 e 2 Bob Levey / Getty Images
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