Você é um cantor e grava álbum infantil, avance 4 casas

O jogo da vida entrega um dom a Nick Swisher (acima), jogador do New York Yankees.

Neste dia 9 de Agosto ele lança oficialmente um disco de tradicionais musicas para crianças, com um toque mais contemporâneo e pop/rock. O título desta nova aventura chama-se “Believe” (tr. Acredite) e terá parte da renda adquirida com as vendas destinada a “Swish’s Wishes”, fundação filantrópica do atleta.

“Swish’s Wishes” faz um trabalho motivacional direcionado à garotos (as) que tem graves doenças e enfrentam o duro cotidiano de lutar contra sintomas desanimadores. O teor do álbum engloba sons de coragem e tenacidade, ajudando o público alvo a revigorar o ânimo e a se fortalecer.

Este projeto aconteceu muito rápido e Swisher aceitou logo de cara ser a voz das canções. A contagiante personalidade brincalhona dele se encaixou com perfeição no objetivo maior do disco. Fez também que grandes músicos participassem dos arranjos, entre eles o baixista Leland Sklar (Phil Collins), tecladista Matt Rollings (Tim McGraw) e o guitarrista Tim Perce (Goo Goo Dolls). Até sobrou espaço para Bernie Williams (ex-jogador dos Yankees) e Barry Zito (arremessador do San Francisco Giants) – ambos tocaram violão em algumas faixas.

O alto astral de Swisher é evidente e sua vontade de ajudar figura no topo das prioridades da sua vida. Antes de ter este visual “quase” careca, ele exibia longas madeixas e resolveu cortá-las para doar a “Locks of Love”, instituição de caridade que faz perucas para crianças carentes que passam por quimioterapia.

Agora Nick deixou seu canto fazer a contribuição.

Coloca-se a música numa lista recheada de atividades que o tabuleiro do cotidiano o direcionou. Do seu lado “o pino rosa” é Joanna Garcia atriz que ficou conhecida pelas participações no seriado “Gossip Girl” e protagonizou as séries “Privileged” e “Better With You”. O convívio em Hollywood levou Swisher a aparições em alguns programas de TV. Claro, apareceu no show da sua esposa (“Better With You”), mas também esteve em um episódio do “How I Met Your Mother”.

Cantor, ator... Nada disso faz parte do ganha pão de Nick. Sua grana é produzida numa das maiores cidades do mundo, jogando em um dos maiores clubes do planeta. Entrar num campo de beisebol com o inconfundível “NY” no peito ou “New York” atravessando o torso, é para poucos privilegiados e Swisher faz isso desde 2009, primeira temporada completa dele com os Yankees e justamente a do mais recente título de World Series da franquia.


O contrato dele acaba ao final do campeonato 2011 e o atleta quer renovar, resta esperar para ver qual será a posição da diretoria. A opção de permanecer em New York tem base em alguns óbvios pressupostos, e um deles é continuar com um time vencedor que sempre está competindo para ser campeão. Cabe lembrar que Swisher se adaptou bem na megalópole e um marco ocorrido em 2010 o deixou bastante lisonjeado.

O Jogo das Estrelas conta com uma votação final para a última vaga e no ano passado a disputa para completar o elenco da Liga Americana foi entre ele e o primeira base do arqui-rival Boston Red Sox: Kevin Youkilis. Com uma “campanha” agressiva, Swisher ficou com a vaga vencendo uma corrida de votos acirrada – também participou do Home-Run Derby daquele evento.

Sua fama no campo não foi construída em cima do poder no bastão – maior número de HR’s em um campeonato foi 35 com o Oakland Athletics em 2006; em 2010 foram 29 bolas na arquibancada, mesmo número atingido em 2009. Swisher é conhecido por ser um atleta utilitário (é ambidestro no ataque), que faz de tudo para chegar às bases e joga na posição defensiva que for necessário, mesmo com limitações por usar a mão esquerda para arremessar.

A porcentagem que calcula quantas vezes o jogador avança de base (OBP) está acima da média neste ano (37,7% 2011 contra 36% na carreira), bem próximo do melhor percentual que ele produziu na MLB (38.1% em 2007 com o Oakland). Esta característica foi a que chamou a atenção do Billy Beane, diretor de beisebol dos Athletics e vidrado em estatísticas. Beane determinou que Nick fosse a primeira escolha do clube no draft de 2002. Assim aconteceu com o jovem vindo da Universidade Estadual de Ohio – 16ª escolha da primeira rodada.

Swisher era (é) um exemplo concreto das ideias que Beane e seus estrategistas visualizavam num jogador de beisebol, agrupando todos os valores numéricos dos cálculos que faziam. Esta abordagem diferenciada fez os Athletics serem competitivos e virou tema de livro (“Moneyball”), que foi levado aos cinemas e estreará nos EUA neste próximo mês de Setembro – com Brad Pitt no papel principal.

Enxertado neste magnífico mundo dos Yankees, a magia pode durar pouco. Caso prolongue será mais uma conquista para o camisa 33 que vive sem medo das consquências que este jogo lhe traz. Seja como for ele está pronto para lançar os dados e caminhar para onde as setas indicarem.

Há tempo para quem quiser ser milionário, contudo é necessário correr. Swisher está prestes a se tornar magnata.



(GL)
Escrito por João da Paz


© 1 Nick Laham / Getty Images
© 2 NYDN Media


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