Momentos alegres são difíceis de esconder, inevitavelmente um sorriso aparece. Momentos frustrantes são difíceis de esconder e é preciso extravasar para deixá-los ir. Só um trabalho que produz contentamento faz com que alguém acorde às 6 horas da manhã e vá exercer sua função com prazer; Brandon Marshall WR do Miami Dolphins é assim. E pensar que em Denver, quando defendia os Broncos, ele não era feliz. Mudou o modo de agir assim que chegou em Miami.
Na cidade do estado da Florida, Marshall renovou as energias. Um novo time, nova comissão técnica, novos companheiros, novo contrato... Tudo corrobora em sua mentalidade mais madura e responsável. Porém é inevitável não falar do passado, não comentar sobre aspectos emocionais. Praticamente em toda entrevista coletiva que ele faz, mais de 50% da perguntas são sobre atitudes comportamentais e a outra parte fica por conta do jogo em si. Querem saber se o receiver realmente está transformado e se os Dolphins ficarão livres de um passado recente que trouxe problemas – isto da parte do Marshall, em dois sentidos.
Primeiro que a contratação do jogador é a mais badalada em Miami desde a chegada de Ricky Williams em 2002. O RB possui boas estatísticas com a camisa laranja e branca, mas tem registrado uma suspensão por uso de drogas e uma forçada aposentadoria de um ano em busca do “eu interior”. A dúvida surge por imaginar que algo similar possa acontecer.
Segundo que Marshall já traz maus exemplos do seu tempo em Denver. Teve diversos problemas com a lei (violência doméstica, embriaguez ao volante, agressão, má conduta), porém nunca foi condenado por nada, a não ser para fazer trabalhos comunitários por dirigir sobre a influência do álcool. São corriqueiras as lembranças do passado e o receiver adota a postura correta ao comentar acerca do que aconteceu com ele, dizendo que o passado... é passado.
Um dos sinais que muita coisa em sua vida mudou foi o distanciamento de antigas amizades, algumas inclusive oriundas do estado da Florida onde ele nasceu (Orlando) e fez faculdade (Universidade Central da Florida, UCF – também em Orlando). Largar companhias que traziam problemas ou levavam até eles foi fundamental para tirar Marshall de lugares escusos.
Outro sinal está na sua mão esquerda, mais precisamente no dedo anelar. O anel de casamento endireitou mais ainda o cara que anteriormente vivia uma relação de guerra com a ex-namorada. No atual relacionamento, com Michi Nogami-Marshall, atravessou por caminhos tortuosos e de tensão, mas atualmente há tranquilidade e paz, permitindo que tenha mais tempo para dedicar ao seu trabalho.
Sua situação com os Dolphins é excelente. Se em Denver, com todas as questões extra-campo Brandon se tornou um dos melhores WR´s da NFL, até onde ele chegará com a cabeça no lugar? Contando com a característica do time, forte no jogo corrido, sua situação deve só melhorar.
Miami é um dos piores times da NFL no jogo aéreo. Ano passado a equipe terminou em 27º em passes para TD e em 20º em jardas pelo alto. Um número que impressiona é este: nos últimos três anos, 15 WR´s pegaram pelo menos um passe com a camisa dos Dolphins. Marshall, no mesmo período, marcou mais TD`s (23) e teve mais jogos com +100 jardas (10) do que todos os esses receivers dos Dolphins somados.
Nnamdi Asomugha (camisa 21 na foto abaixo), um dos melhores cornebacks da liga, é um admirador do estilo de Marshall. O jogador do Oakland Raiders já disse que mesmo enfrentando semanalmente grandes receivers, Marshall é o mais complicado de se parar e tirá-lo da sua rota – ambos têm encontro marcado dia 28 de Outubro em Oakland.
O número 19 dos Dolphins irá se complicar com outro cornerback fera da NFL. Darrelle Revis terminou o imbróglio com o New York Jets e o duplo duelo entre eles está agendado (dia 26 deste mês em Miami e dia 12 de Dezembro em NY). Marshall é amigo de Revis e quando perguntado pela imprensa se ele teme encontrar a “Ilha Revis” (lugar paralelo no qual nenhuma bola é lançada) ele provocou dizendo: “Não sei onde fica isto.”
Ele é falador mesmo e possui uma forte autoconfiança. Diz aos quatro cantos que será o melhor WR de 2010; é possível que isto aconteça. Os Dolphins tem um ataque terrestre consistente com os RB´s Ronnie Brown e Ricky Williams. Sem um WR temido, os safeties dos times adversários ajudam os linebackers a parar os corredores. Contudo, com Marshall em campo, os safeties irão se preocupar em auxiliar os cornebacks na cobertura. Nesta dúvida ele vai tirar vantagem, contando com o auxílio do bom TE Anthony Fasano e dos WR´s Davone Bess e Brian Hartline.
Todos estes detalhes táticos são mais ingredientes que ajudam a formar o júbilo de Brandon. Outro motivo de satisfação é ter sido contratado por um dos homens mais respeitado da NFL: Bill Parcells, atual consultor da franquia. Por mais que Marshall não se considere um “receiver diva”, Parcells teve experiência em lidar com caras da posição que tem personalidade distinta do ideal: Terrell Owens, Keyshawn Johnson, Terry Glenn... Trazer Marshall aos Dolphins é um sinal de confiança e de que o que ocorreu está no vale do esquecimento. Parcells fez uma longa pesquisa para ver se realmente o jogador tinha mostrado claros exemplos de mudanças de atitude, pois um novo contrato o esperava. Ao comprovar que poderia ser feito o novo acordo, ficou claro que Marshall é uma nova pessoa, o que fará dele um superior atleta.
O mais importante e fundamental é ter encontrado um lugar que lhe faz sentir a vontade, mais inspirado. Um lugar que o deixa despreocupado com coisas secundárias e o faz focar no football em busca de um progressivo crescimento dentro de campo. Brandon Marshall descobriu o valor da frase: feliz é estar bem.
Na cidade do estado da Florida, Marshall renovou as energias. Um novo time, nova comissão técnica, novos companheiros, novo contrato... Tudo corrobora em sua mentalidade mais madura e responsável. Porém é inevitável não falar do passado, não comentar sobre aspectos emocionais. Praticamente em toda entrevista coletiva que ele faz, mais de 50% da perguntas são sobre atitudes comportamentais e a outra parte fica por conta do jogo em si. Querem saber se o receiver realmente está transformado e se os Dolphins ficarão livres de um passado recente que trouxe problemas – isto da parte do Marshall, em dois sentidos.
Primeiro que a contratação do jogador é a mais badalada em Miami desde a chegada de Ricky Williams em 2002. O RB possui boas estatísticas com a camisa laranja e branca, mas tem registrado uma suspensão por uso de drogas e uma forçada aposentadoria de um ano em busca do “eu interior”. A dúvida surge por imaginar que algo similar possa acontecer.
Segundo que Marshall já traz maus exemplos do seu tempo em Denver. Teve diversos problemas com a lei (violência doméstica, embriaguez ao volante, agressão, má conduta), porém nunca foi condenado por nada, a não ser para fazer trabalhos comunitários por dirigir sobre a influência do álcool. São corriqueiras as lembranças do passado e o receiver adota a postura correta ao comentar acerca do que aconteceu com ele, dizendo que o passado... é passado.
Um dos sinais que muita coisa em sua vida mudou foi o distanciamento de antigas amizades, algumas inclusive oriundas do estado da Florida onde ele nasceu (Orlando) e fez faculdade (Universidade Central da Florida, UCF – também em Orlando). Largar companhias que traziam problemas ou levavam até eles foi fundamental para tirar Marshall de lugares escusos.
Outro sinal está na sua mão esquerda, mais precisamente no dedo anelar. O anel de casamento endireitou mais ainda o cara que anteriormente vivia uma relação de guerra com a ex-namorada. No atual relacionamento, com Michi Nogami-Marshall, atravessou por caminhos tortuosos e de tensão, mas atualmente há tranquilidade e paz, permitindo que tenha mais tempo para dedicar ao seu trabalho.
Sua situação com os Dolphins é excelente. Se em Denver, com todas as questões extra-campo Brandon se tornou um dos melhores WR´s da NFL, até onde ele chegará com a cabeça no lugar? Contando com a característica do time, forte no jogo corrido, sua situação deve só melhorar.
Miami é um dos piores times da NFL no jogo aéreo. Ano passado a equipe terminou em 27º em passes para TD e em 20º em jardas pelo alto. Um número que impressiona é este: nos últimos três anos, 15 WR´s pegaram pelo menos um passe com a camisa dos Dolphins. Marshall, no mesmo período, marcou mais TD`s (23) e teve mais jogos com +100 jardas (10) do que todos os esses receivers dos Dolphins somados.
Nnamdi Asomugha (camisa 21 na foto abaixo), um dos melhores cornebacks da liga, é um admirador do estilo de Marshall. O jogador do Oakland Raiders já disse que mesmo enfrentando semanalmente grandes receivers, Marshall é o mais complicado de se parar e tirá-lo da sua rota – ambos têm encontro marcado dia 28 de Outubro em Oakland.
O número 19 dos Dolphins irá se complicar com outro cornerback fera da NFL. Darrelle Revis terminou o imbróglio com o New York Jets e o duplo duelo entre eles está agendado (dia 26 deste mês em Miami e dia 12 de Dezembro em NY). Marshall é amigo de Revis e quando perguntado pela imprensa se ele teme encontrar a “Ilha Revis” (lugar paralelo no qual nenhuma bola é lançada) ele provocou dizendo: “Não sei onde fica isto.”
Ele é falador mesmo e possui uma forte autoconfiança. Diz aos quatro cantos que será o melhor WR de 2010; é possível que isto aconteça. Os Dolphins tem um ataque terrestre consistente com os RB´s Ronnie Brown e Ricky Williams. Sem um WR temido, os safeties dos times adversários ajudam os linebackers a parar os corredores. Contudo, com Marshall em campo, os safeties irão se preocupar em auxiliar os cornebacks na cobertura. Nesta dúvida ele vai tirar vantagem, contando com o auxílio do bom TE Anthony Fasano e dos WR´s Davone Bess e Brian Hartline.
Todos estes detalhes táticos são mais ingredientes que ajudam a formar o júbilo de Brandon. Outro motivo de satisfação é ter sido contratado por um dos homens mais respeitado da NFL: Bill Parcells, atual consultor da franquia. Por mais que Marshall não se considere um “receiver diva”, Parcells teve experiência em lidar com caras da posição que tem personalidade distinta do ideal: Terrell Owens, Keyshawn Johnson, Terry Glenn... Trazer Marshall aos Dolphins é um sinal de confiança e de que o que ocorreu está no vale do esquecimento. Parcells fez uma longa pesquisa para ver se realmente o jogador tinha mostrado claros exemplos de mudanças de atitude, pois um novo contrato o esperava. Ao comprovar que poderia ser feito o novo acordo, ficou claro que Marshall é uma nova pessoa, o que fará dele um superior atleta.
O mais importante e fundamental é ter encontrado um lugar que lhe faz sentir a vontade, mais inspirado. Um lugar que o deixa despreocupado com coisas secundárias e o faz focar no football em busca de um progressivo crescimento dentro de campo. Brandon Marshall descobriu o valor da frase: feliz é estar bem.
(GL)
Escrito por João da Paz
Escrito por João da Paz
© 1 AP
© 2 Jon Cavaretta / Sun Sentinel
© 3 Jason Halley / Chico Enterprise-Record
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