O lance de Jordan Crawford, armador da Universidade Xavier, em cima do LeBron James é um exemplo claro do que a palavra viral significa: foi só o vídeo da enterrada dele - que aconteceu num campo de treinamento organizado pelo atual MVP da NBA - chegar no YouTube e o então desconhecido jogador ganhou notoriedade perante aqueles que não acompanham fielmente a NCAA.
Crawford reconhece que toda a situação – tentativa da Nike em confiscar a gravação (muitos dizem que tal atitude partiu de LBJ) – e a empolgação criada em volta da enterrada foi um exagero. Em entrevista para a ESPN, Jordan disse: “Na hora eu fiquei bem empolgado, mas a mídia repercutiu a coisa como se fosse uma super jogada... Eu sabia que não tinha sido nada disto”.
Não importa. O ponto central é que isto ajudou o armador que tinha, a partir de então, a meta de deixar de ser “o-garoto-que-enterrou-no-LeBron-James” para ser um jogador com potencial em participar da NBA. Este próximo mês de Março será a vez da mídia noticiar as habilidades dele, com sua universidade podendo fazer uma boa campanha no torneio da NCAA.
A Conferência Atlantic-10 está surpreendentemente sendo uma das mais disputadas e, segundo o especialista da CBS Jerry Palm, pode colocar 6 equipes no torneio – ficando atrás apenas das poderosas ACC, Big 12 e Big East: 7 cada. Com a mais recente vitória sobre Saint Louis, Xavier divide a liderança com Richmond e Temple e vai brigar diretamente pelo título da A-10. Grande parte deste sucesso pode ser creditado à Crawford, corroborando o esforço feito por Xavier em pegar o garoto que desistia da carreira na Universidade de Indiana.
Lá Crawford era conhecido por ser o reserva de Eric Gordon (hoje no Los Angeles Clippers). Em sua temporada de novato, Jordan foi o sexto homem do time e terminou a temporada com quase 10 PPJ. Os Hoosiers apostavam alto no menino de Detroit, mesmo ele não recebendo muitas ofertas de bolsas quando saiu do High School (ensino médio) – só Indiana ofereceu uma oportunidade. Porém a universidade sofreu sanções da NCAA (em 2008) por cometer irregularidades no recrutamento e o que se viu foi uma debandada geral dos atletas; e Crawford estava entre estes.
Mas sua cotação agora era outra. Foram várias as universidades que estavam dispostas em contar com o jogo dele. Xavier foi a escolhida pela promessa de fazer o time ser construído em volta do talentoso armador. A estréia, contudo, sofreria um hiato de uma temporada (2008-09) porque devido a regras da NCAA, um jogador deve se ausentar um campeonato quando muda de universidade.
Mesmo sem atuar por um ano, Crawford manteve seu nome forte entre os bastidores do basquete e por isso que recebeu o convite para participar do campo de treinamento do LBJ em 2009, junto com estrelas da NCCA como Cole Aldrich (Kansas), Kalin Lucas (Michigan State), Devin Ebanks (West Virginia)... Aí aconteceu o lance. Ao comentar a jogada, Crawford pondera que a enterrada foi logo no início das atividades e que vários outros jogos ocorreram depois.
Ele estava lá para aprimorar sua seleção de arremessos e ser mais distribuidor na quadra. Fominha: o rótulo que ele sempre teve.
Nos 27 jogos dos Musketeers (até 26/02) Crawford (foto acima) tentou 423 arremessos e o segundo colocado na equipe, Jason Love, 206... No começo da temporada, os jogadores do elenco diziam que a jogada terminava quando a bola chegava às mãos de Crawford, deixando o treinador Chris Mack enfurecido com os desperdícios dos eternos 35 segundos de posse de bola.
Ao passar do tempo, as péssimas decisões de arremessos diminuíram e o tag que grudava nele estava desaparecendo, surgindo outra definição: eficiente. Os 20 PPJ dele é igual a marca do David West em 2002-03, quando o ex-aluno de Xavier recebeu considerações de melhor jogador do campeonato. A temporada 2009-10 tem nomes da elite como John Wall (Kentucky), Evan Turner (Ohio State) e Wesley Johnson (Syracuse) que ofuscam Jordan Crawford; fazendo asssim depender de uma boa campanha no torneio para melhorar seu status.
Conforme for, ele pode até arriscar e ir para o Draft deste ano. Suas habilidades se adaptam ao jogo profissional; basta ele se adaptar ao jogo profissional. A enterrada lhe ajudou no quesito popularidade, mas mostrou ao público (e aos olheiros da NBA) uma característica que não é a sua principal: jogar na altura do aro. Crawford é mais um arremessador que joga em volta do garrafão e não um cara que frquentemente ataca a cesta com agressividade. Daí a importância do torneio deste ano, onde os olhos do mundo do basquete estarão voltados para a NCAA e ele poderá mostra sua evolução.
O mix de irrelevância com fama revigora Jordan Crawford a seguir em frente e mostrar em quadra seu real talento. Na primeira temporada em três anos que ele tem condições de liderar um time, é nítido afirmar que o armador tem o seu valor. Vale prestar atenção em Xavier e no seu principal cestinha, porque futuramente ele será lembrado por ser mais do que “aquele da enterrada”.
Crawford reconhece que toda a situação – tentativa da Nike em confiscar a gravação (muitos dizem que tal atitude partiu de LBJ) – e a empolgação criada em volta da enterrada foi um exagero. Em entrevista para a ESPN, Jordan disse: “Na hora eu fiquei bem empolgado, mas a mídia repercutiu a coisa como se fosse uma super jogada... Eu sabia que não tinha sido nada disto”.
Não importa. O ponto central é que isto ajudou o armador que tinha, a partir de então, a meta de deixar de ser “o-garoto-que-enterrou-no-LeBron-James” para ser um jogador com potencial em participar da NBA. Este próximo mês de Março será a vez da mídia noticiar as habilidades dele, com sua universidade podendo fazer uma boa campanha no torneio da NCAA.
A Conferência Atlantic-10 está surpreendentemente sendo uma das mais disputadas e, segundo o especialista da CBS Jerry Palm, pode colocar 6 equipes no torneio – ficando atrás apenas das poderosas ACC, Big 12 e Big East: 7 cada. Com a mais recente vitória sobre Saint Louis, Xavier divide a liderança com Richmond e Temple e vai brigar diretamente pelo título da A-10. Grande parte deste sucesso pode ser creditado à Crawford, corroborando o esforço feito por Xavier em pegar o garoto que desistia da carreira na Universidade de Indiana.
Lá Crawford era conhecido por ser o reserva de Eric Gordon (hoje no Los Angeles Clippers). Em sua temporada de novato, Jordan foi o sexto homem do time e terminou a temporada com quase 10 PPJ. Os Hoosiers apostavam alto no menino de Detroit, mesmo ele não recebendo muitas ofertas de bolsas quando saiu do High School (ensino médio) – só Indiana ofereceu uma oportunidade. Porém a universidade sofreu sanções da NCAA (em 2008) por cometer irregularidades no recrutamento e o que se viu foi uma debandada geral dos atletas; e Crawford estava entre estes.
Mas sua cotação agora era outra. Foram várias as universidades que estavam dispostas em contar com o jogo dele. Xavier foi a escolhida pela promessa de fazer o time ser construído em volta do talentoso armador. A estréia, contudo, sofreria um hiato de uma temporada (2008-09) porque devido a regras da NCAA, um jogador deve se ausentar um campeonato quando muda de universidade.
Mesmo sem atuar por um ano, Crawford manteve seu nome forte entre os bastidores do basquete e por isso que recebeu o convite para participar do campo de treinamento do LBJ em 2009, junto com estrelas da NCCA como Cole Aldrich (Kansas), Kalin Lucas (Michigan State), Devin Ebanks (West Virginia)... Aí aconteceu o lance. Ao comentar a jogada, Crawford pondera que a enterrada foi logo no início das atividades e que vários outros jogos ocorreram depois.
Ele estava lá para aprimorar sua seleção de arremessos e ser mais distribuidor na quadra. Fominha: o rótulo que ele sempre teve.
Nos 27 jogos dos Musketeers (até 26/02) Crawford (foto acima) tentou 423 arremessos e o segundo colocado na equipe, Jason Love, 206... No começo da temporada, os jogadores do elenco diziam que a jogada terminava quando a bola chegava às mãos de Crawford, deixando o treinador Chris Mack enfurecido com os desperdícios dos eternos 35 segundos de posse de bola.
Ao passar do tempo, as péssimas decisões de arremessos diminuíram e o tag que grudava nele estava desaparecendo, surgindo outra definição: eficiente. Os 20 PPJ dele é igual a marca do David West em 2002-03, quando o ex-aluno de Xavier recebeu considerações de melhor jogador do campeonato. A temporada 2009-10 tem nomes da elite como John Wall (Kentucky), Evan Turner (Ohio State) e Wesley Johnson (Syracuse) que ofuscam Jordan Crawford; fazendo asssim depender de uma boa campanha no torneio para melhorar seu status.
Conforme for, ele pode até arriscar e ir para o Draft deste ano. Suas habilidades se adaptam ao jogo profissional; basta ele se adaptar ao jogo profissional. A enterrada lhe ajudou no quesito popularidade, mas mostrou ao público (e aos olheiros da NBA) uma característica que não é a sua principal: jogar na altura do aro. Crawford é mais um arremessador que joga em volta do garrafão e não um cara que frquentemente ataca a cesta com agressividade. Daí a importância do torneio deste ano, onde os olhos do mundo do basquete estarão voltados para a NCAA e ele poderá mostra sua evolução.
O mix de irrelevância com fama revigora Jordan Crawford a seguir em frente e mostrar em quadra seu real talento. Na primeira temporada em três anos que ele tem condições de liderar um time, é nítido afirmar que o armador tem o seu valor. Vale prestar atenção em Xavier e no seu principal cestinha, porque futuramente ele será lembrado por ser mais do que “aquele da enterrada”.
(GL)
© 1 Gregory Shamus / Getty Images
© 2 Jeff Swinger / The Enquirer
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