Motivo pra Ler a Playboy? Claro que é a Entrevista...


Essa desculpa que muitos homens já usaram uma vez na vida (Não é Verdade?) fará sentido para os fãs de beisebol e esporte em geral neste mês de Junho. A revista Playboy americana traz na edição uma entrevista com o principal empresário esportivo dos EUA: Scott Boras. Mesmo tendo como campo de atuação apenas a MLB, Boras recebe grande destaque pelos jogadores que administra e pelos contratos que consegue para eles; claro que ele saí ganhando “um troco” também...

Confira os principais assuntos discutidos na entrevista.

Sobre ganânciaQuando olho para os torcedores, vejo um grande fanatismo; um fanatismo pelos seus times. Porém, os atletas têm escolhas. Eles não querem chegar aos 50 anos de idade dizendo ‘Porque eu recusei aquele contrato de U$ 70 milhões? Eu poderia ter feito mais para minha comunidade, minha igreja, minha família. A vida de um jogador é curta, e seu empresário está ali pra ajudar. No final das contas, o que os fãs pensam não é levado em consideração. Não estou aqui para ganhar concurso de popularidade”

Parece o futebol... Este trabalho de buscar um melhor contrato para os jogadores têm uma peculiaridade na MLB em comparação com a NBA e NFL, por exemplo. Das principais ligas esportivas americanas, a MLB é a que menos tem jogadores com formação universitária; ou seja, atletas que vivem (literalmente) do beisebol. Por isso há contratos astronômicos na liga, mesmo envolvendo jogadores de baixo nível técnico. Parece o futebol...

Sobre doping e Hall da Fama “Veja, o Hall da Fama é para aqueles jogadores importantes na sua respectiva época. Cada uma delas se difere desde equipamentos / regras, para avanços cirúrgicos, acordos trabalhista, farmacologia, leis federais e estaduais; tudo afetando na performance individual do atleta. O jogo está mudando constantemente. O Hall da Fama deve escolher jogadores de forma mais generosa. Apenas assim eles iram reconhecer a excelência de cada época”.

Ponto de vista interessante. Contudo o beisebol tem mias uma característica diferente de outras ligas: é o esporte mais tradicional, averso a mudanças drásticas. Partindo deste principio, será muito difícil acontecer algo deste tipo, principalmente se tratando de Hall da Fama. Sendo assim, grandes nomes como Roger Clemens, Alex Rodriguez, Manny Ramires, entre outros ficaram de fora.

Sobre as “Marias Bastão” “Este é um grande problema, porque temos garotos que saem da escola já ganhando milhões. Tenho uma cartilha que entrego para os jogadores que diz: ‘Se uma mulher tiver um filho seu, irá te custar US$ 2 milhões durante 18 anos para criá-lo’. Falamos também sobre a importância de fazer sexo seguro. Digo a eles para seguir um ritual: Se você conhecer uma garota no campo, pergunte a ela se sabe algo sobre os jogadores do ano passado, retrasado... Uma mulher que fica muito no campo ano após ano está procurando algo... Falo para os jogadores mais jovens: ‘Um relacionamento com uma garota errada pode destruir sua carreira”.

Scott Boras falou tudo! Pra quem não sabia, agora sabe que as “Marias Chuteiras” têm primas circulando na MLB.

Sobre mudanças na World Series “Eu faria mais moderna, colocando uma melhor de nove partidas, com os dois primeiros jogos em cidades neutras. Anunciaria o MVP o prêmio Cy Young em “gala” entre os playoffs e a World Series. Mudaria o All-Star Game e o Home Run Derby para a mesma semana também. A “gala” e o Home Run Dreby seriam antes do jogo 1, no Sábado com o jogo 2 no domingo. Depois a série iria para as cidades dos times que disputam a final. Desta forma, lugares como Pittsburgh, Texas, Seattle, entre outros, teriam a oportunidade de receber a World Series, vendendo uma quantidade enorme de ingressos. A “Semana da World Series” seria um grande evento para todos e um passo a frente para o esporte chegar a outro nível”.

Interessantes idéias, mas de complicada execução. Entretanto, as pessoas envolvidas com a liga entendem que mudanças precisam ser feitas no momento mais importante da liga: a World Series. Torná-la mais atraente e fazer com que fãs de outros esportes assistam aos jogos sem precisar ficar acordado até de madrugada... Principalmente porque as partidas são realizadas no auge da temporada da NFL (final de Outubro – começo de Novembro) e ganhar da NFL em “chamar a atenção” é complicado.

Para encerrar.

Sobre seu relacionamento com os torcedores “Pois é... As pessoas chegam em mim e dizem ‘Você está destruindo o jogo!’ Para todos eu respondo ‘Fico feliz que você é um fã do beisebol’. Tudo isso acontece porque eles se preocupam com o jogo. Eles o amam tanto quanto eu. A diferença é que minha apreciação pelos jogadores é muito mais alta do que a dos torcedores. Eu sei o quanto que jogar é difícil. Eu nunca exigi nada além de profissionalismo. Nem o meu emprego se compara com os dos meus jogadores. Não há nada melhor do que acorda e dizer: ‘Hoje eu vou jogar beisebol na MLB’”.


© 1 Avery / AP

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