Mulheres odeiam Gisele. Homens amam Gisele.
Homens odeiam Tom Brady. Mulheres amam Tom Brady.
O belo casal milionário incita paradoxos curiosos e provocações que se encontram na personalidade de ambos. Charmosos, ricos, famosos e bem sucedidos em suas respectivas carreiras, Gisele e Tom unificam valores e sentimentos diferenciados e por terem uma vida pública bem conhecida, acabam se tornando próximos dos seus fãs que se sentem íntimos mesmo estando distantes, barrados pela privacidade imposta.
Veja que estranho: “privacidade imposta”. Porém é assim, e tanto quanto Gisele e Tom estão acostumados a passar o dia exigindo algo de direito e que todos devem ter. Pode parecer incrível, mas mesmo com os paparazzi sempre conseguindo um flash clandestino e uma confusão entre eles e o casal surgirem, Gisele e Tom conseguem ter um momento mais reservado.
Também pudera, se não fosse na celebração sagrada do casamento, quando seria? O mundo das celebridades é repleto de casamentos pomposos e luxuosos, cheio de convidados... Até a imprensa aparece para tirar fotos e registrar o momento único; de fato, pois tais vínculos duram pouco. Gisele e Tom celebraram sua união de uma forma bem recatada duas vezes, uma só com os pais de cada um, outra com poucos familiares.
O primeiro aconteceu em Santa Mônica, cidade do estado da Califórnia, em Fevereiro de 2009. Estavam presentes Seu Valdir e Dona Vânia, pai e mãe da Gisele; Tom Sr. e Galynn, pai e mãe de Tom; e John Edward, filho de Brady com a atriz Bridget Moynahan. Casaram-se numa igreja católica da cidade.
O segundo em Abril de 2009 foi mais uma festa que aconteceu na casa deles em Costa Rica. Cerca de 40 pessoas foram convidadas; só familiares. Ninguém da NFL presente. Ninguém do mundo da moda presente.
Alvos de setas invejosas e laços de amor, Gisele e Tom compartilham sentimentos opostos. Homens admiram a beleza da brasileira na mesma proporção que mulheres torcem o nariz pela exuberância da modelo mais famosa do mundo: “É tudo marketing (ou photoshop)!” dizem por aí. Mulheres admiram a beleza do americano na mesma proporção que homens torcem o nariz pelo sucesso que um dos melhores jogadores da NFL desfruta: “Ele não tem talento, conseguiu tudo nas costas do time (e é cheio de frescura)!” dizem por aí.
Parece que existe uma força que impede nós seres humanos de admitir que alguém é O (A) melhor simplesmente por ser O (A) melhor. Sempre vai ter uma pessoa pronta para destilar o veneno letal da falta de humildade e que irá proferir palavras prontas para denegrir o próximo que, a propósito, não está agindo com má fé, só está fazendo o que gosta, fazendo sucesso e fazendo dinheiro.
Eles vão administrar com cuidado os bens que possuem para que seu filho, Benjamin, tenha um crescimento saudável. O nome do bebê, aliás, surgiu para que ele não sofresse complicações quando estivesse nos EUA ou no Brasil. Gisele e Tom acirraram uma feroz disputa para acertar na pronúncia certa do nome que deveria se encaixar bem tanto na língua inglesa quanto na portuguesa. Benjamin foi a escolha ideal e o significado do nome indica com exatidão o que ele representa: filho da felicidade.
O jovem casal – ela tem 29 anos e ele 32 – terá um cotidiano diferente pela frente com o mais novo membro da família a bordo. A casa na Costa Rica é a de férias, a residência oficial é em Boston, próxima as instalações do New England Patriots e eles estão construindo uma casa em Los Angeles para ficar mais próximo de John, pois lá é onde mora Bridget. Gisele viaja bastante a trabalho e Tom precisa se dedicar muito ao estudo do jogo, principalmente durante o campeonato. Eles vão dá um jeito de se encontrar e manter forte a chama do amor. Basta não surgir o assunto dinheiro, porque Tom pode ficar desconfortável já que Gisele é quem fatura mais “verdinhas” na casa; e também moda não deve ser um tema abordado, Tom não gosta que ninguém escolha roupas para ele vestir...
Futuros (?) desentendimentos à parte, Gisele e Tom tem muitas coisas em comum e vão se dar bem por entenderam o que é profissionalismo.
Olivia Palito.
Este não era o personagem de desenho animado preferido da Gisele: era seu apelido quando criança. Era mais alta que as colegas, mais magra... Contudo tinha um sonho e encarou com toda dedicação, punhos cerrados e olhar confiante.
Tem seis irmãs – é gêmea com Patrícia. Criada no interior do Rio Grande do Sul, na pequena cidade de Horizontina, Gisele cresceu do seu jeito, se divertindo sempre e esbanjando carisma. Na adolescência, ela foi em busca de realizar o desejo maior que tinha no coração. Concentrada, nada impediria de alcançar a profissão modelo. Desde cedo ela encarava poses para fotos como trabalho e se dedicava igual a uma profissional pronta para entrar em ação. Aos 14 anos surge a primeira capa de revista. Capricho teve a honra de apresentá-la ao mundo, porém poucos trabalhos surgiram na sequencia criando um sentimento de frustração. Inabalável, Gisele seguiu em frente, mesmo com críticos afirmando que ela não tinha “perfil de capa de revista” por ter um nariz grande.
Pois bem, antes de completar 18 anos, ela (com seu grande nariz), abria desfiles da grife Dolce & Gabanna em Milão, Itália. Ao atingir a maioridade, seu “grande nariz” lhe rendeu seu primeiro milhão de dólares.
Em 2009, mesmo grávida durante nove meses, ela foi a modelo que mais faturou – segundo a revista Forbes. Os trabalhos com True Religion, London Fog, Dolce & Gabanna e com a Ipanema by Gisele renderam US$ 25 milhões; a segunda colocada, Heidi Klum, ganhou US$ 16 milhões.
Seis semanas após o nascimento de Benjamin, Gisele já estava trabalhando. Seu cuidado com a gravidez a permitiu lavar louça no dia seguinte depois de dar à luz. Até o oitavo mês de gestação ela praticava Kung-Fu e Yoga, exercícios que ajudavam o bebê e a ela. – com uma alimentação saudável, Gisele ganhou apenas 13 quilos. O parto foi natural ao extremo. Logicamente nada de cirurgia para não deixar marcas no corpo, nada de anestesia; ela queria sentir a dor. Sentada numa banheira com a parteira do lado e oito horas depois do inicio do trabalho, veio o bebê. Dor? Nada disto. Passou longe.
Os flashes já voltaram a sua rotina e seus projetos paralelos voltam a ganhar força. Duas florestas, uma na Bahia e outra em São Paulo, são financiadas por Gisele como parte do programa de reconstrução da Mata Atlântica. Em cada uma delas estão sendo replantadas 25.500 árvores de 100 espécies diferentes e a primeira muda foi posta por Gisele em 2008. Ela tem um engajamento ambiental forte e consistente. Sua imagem foi um pouco arranhada em 2002 ao posar com um casaco feito com pele de animal, fruto de ingenuidade e inocência (tinha 21 anos). Após o episódio ela aprendeu o impacto que causa e agora utiliza sua fama para ensinar algo. Fez inúmeras doações para projetos sociais, ajudando o programa Fome Zero aqui no Brasil e cedendo 1 milhão e 500 mil dólares à Cruz Vermelha em prol das vítimas do terremoto que devastou o Haiti em 2010.
Quem disse que ele não ouve os críticos. O protesto da ONG PETA (em português: Pessoas pelo Tratamento Ético dos Animais) em 2002 lhe serviu como um alerta sobre a representatividade do personagem chamado Gisele Bündchen. Pontos para ela que soube reverter o quadro e tomar uma atitude pró-ativa. Se alguém acha que ela poderia fazer muito mais, que pelo menos faça um pouco para ajudar o meio-ambiente, ONG´s ou projetos governamentais antes de falar qualquer bobagem.
Seu trabalho está disponível a todos que queiram ver e admirá-la; ou criticá-la. A reação do fãs não é sentida imediatamente, mas um dia ela notou o quanto as pessoas são atraídas por sua beleza: estava passando de carro por uma das ruas mais movimentadas de New York, quando se depara com um gigantesco outdoor – 10 metros de altura. Quem passava por lá diminuía o passo, parava, observava, tirava uma foto e continuava a caminhada. O detalhe é que ela estava na foto só de calcinha, sutiã e cinta-liga.
Gisele não se sentiu “a tal”, “a boazuda”: ela ficou envergonhada...
A próxima ação dela é divulgar entre as mulheres um simples produto que todas usam independente da classe social: creme para o rosto. Gisele criou um produto natural e que pode ser utilizado diariamente. A linha contém cremes para o dia, para a noite e máscaras para o rosto. Através deste produto ela quer passar uma mensagem que vem embutida na marca: Sejaa. O “a” extra no final, segundo Gisele, é inspirado nas técnicas usadas no Yoga para liberação de energia. Ela quer transpor a utilidade de um creme de beleza para a manutenção de um rosto limpo e tocar o interior daquelas que pegarem no pote pela manhã e ver escrito nele uma dica de como agir no dia que estar por vir.
Sejaa!
Pergunta: Por que Tom Brady não é considerado o melhor jogador de football da história? Se não o melhor, pelo menos deve ser considerado entre os tops.
Realmente é esquisito fazer uma lista com Jim Brown, Joe Montana, Jerry Rice, Walter Payton e encontrar o nome Tom Brady. Pode soar estranho, mas o atual QB dos Patriots fez por onde para ter o direito de receber uma menção honrosa deste nível.
Um simples exercício de recordação leva ao entendimento moderado do papel histórico que Tom cumpriu em 11 temporadas atuando na NFL – ainda vem mais pela frente. Conseguiu a invencibilidade com os Patriots na temporada 2007 e foi o MVP do campeonato; tem três títulos do Super Bowl (2002, 2004 e 2005) e dois troféus de MVP nas finais de 2002 e 2004. Possui os seguintes recordes na NFL: maior quantidade de passes para touchdown numa temporada regular (50); maior número de vitórias em playoffs (10); maior número de vitórias em prorrogações sem perder um jogo (7)... São várias as marcas dele, números que testificam o seu talento em campo. Das demais façanhas, duas merecem um detalhamento.
Em 2007, New England entrou na pós-temporada enfrentando uma enorme pressão com a possibilidade de ser campeão invicto. No primeiro jogo dos playoffs contra o Jacksonville Jaguars, Brady fez uma partida beirando a perfeição, completando 92.9% dos passes tentados (26 de 28), a melhor marca da liga em playoffs ou temporada regular.
No ano passado, retornando de uma cirurgia no joelho esquerdo que o tirou da temporada 2008, Brady fez algo incrível na semana 6 do campeonato contra o Tennessee Titans. Com o Foxboro Stadium (estádio dos Patriots) coberto de neve, Tom converteu 5 passes para TD somente no segundo quarto, estabelecendo um novo recorde na NFL de passes para TD em um quarto.
Brady teve um 2009 especial: casou, viu o nascimento do seu segundo filho... Na parte profissional, ele percebeu que ainda tem muita coisa para mostrar na liga, mesmo tendo atuações dúbias e uma cirurgia no currículo. Contando todos os problemas que o QB encarou, chega-se ao ponto de considerar a temporada 2009 um sucesso. Apesar dos pesares, Brady registrou importantes números: as 4398 jardas é a sua segunda melhor marca, só perde para as 4806 de 2007; o 65.7% de passes completos é a sua segunda melhor marca, só perde para o 68.9% de 2007; os 28 passes para TD é a sua segunda melhor marca empatando com 2004 e 2002, só perde para os 50 passes para TD de 2007.
As performances do campeonato passado fizeram a franquia repensar como será o futuro dele no clube. O contrato de seis anos firmado em 2005 se encerra ao final desta temporada e as conversas para uma renovação já se iniciaram. Executivos de outros clubes nem mostram interesse no QB, não porque o querem longe, mas há uma enorme chance dele acertar com os Patriots e encerrar a carreira por lá. Caso seja diferente, um rebuliço vai acontecer na liga, na certeza que algum distúrbio afeta quem comanda o New England.
Tom começou a carreira numa circunstância comum para o jovem jogador: reserva-do reserva-do reserva; na temporada de novato Brady era o 4º QB do elenco. Quando estava na universidade de Michigan ele também era reserva, Entretanto, da mesma forma que ao assumir a titularidade em Michigan ele mostrou qualidade, aconteceu igual com os Patriots. Ao ser o responsável por comandar o ataque da equipe em 2001, substituindo o QB Drew Bledsoe, Brady foi campeão do Super Bowl, o primeiro título da franquia – que então tinha 41 anos de existência. O restante é notícia...
Em nenhum instante Brady se deixou abater pela decepção de ser escolhido na sexta rodada do draft de 2000 (199ª escolha) e ser deixado de lado. Ele é um cara de personalidade e agia contrariamente ao esperado: lutava ao invés de se entregar. Na situação que ele passou, era cômodo culpar quem quer que fosse por estar naquele desconfortável estado, mas aí perderia tempo chorando e murmurando, tempo este que poderia ser usado sabiamente. E foi isto que ele fez, usando o tempo livre para estudar o jogo, se aprimorar tecnicamente e taticamente e mostrar a comissão técnica que era digno de uma oportunidade. Ela veio ao seu encontro e Brady não a desperdiçou.
Este pensamento lhe ajudou para superar a lesão em seu joelho esquerdo. A armadilha do cansaço ficou bem à sua frente. Ao seu dispor estava a escolha de relaxar e desistir ou batalhar e seguir à diante. Optou pela última, pois seria um obstáculo a mais para ser superado. Os números de 2009 estão aí para provar que ele está bem; muito bem.
Nada vem por acaso. Uma frase batida que tem seu valor. Se o odeiam, estão lhe fazendo um favor, colocando mais lenha no fogo que move Brady à procura da plenitude. No meio do caminho vêm as falhas, aparece os defeitos e brotam os erros, mas ele tem uma mente boa capaz de captar tudo isso e extrair o mais conveniente. Para ajudá-lo, agora há o “filho da felicidade” na sua vida e uma mulher em casa para trazer conforto, carinho e afeto.
Nada para se pré-ocupar. Os dois já enfrentaram lutas parecidas, passaram por caminhos similares... Eles se entendem.
Homens odeiam Tom Brady. Mulheres amam Tom Brady.
O belo casal milionário incita paradoxos curiosos e provocações que se encontram na personalidade de ambos. Charmosos, ricos, famosos e bem sucedidos em suas respectivas carreiras, Gisele e Tom unificam valores e sentimentos diferenciados e por terem uma vida pública bem conhecida, acabam se tornando próximos dos seus fãs que se sentem íntimos mesmo estando distantes, barrados pela privacidade imposta.
Veja que estranho: “privacidade imposta”. Porém é assim, e tanto quanto Gisele e Tom estão acostumados a passar o dia exigindo algo de direito e que todos devem ter. Pode parecer incrível, mas mesmo com os paparazzi sempre conseguindo um flash clandestino e uma confusão entre eles e o casal surgirem, Gisele e Tom conseguem ter um momento mais reservado.
Também pudera, se não fosse na celebração sagrada do casamento, quando seria? O mundo das celebridades é repleto de casamentos pomposos e luxuosos, cheio de convidados... Até a imprensa aparece para tirar fotos e registrar o momento único; de fato, pois tais vínculos duram pouco. Gisele e Tom celebraram sua união de uma forma bem recatada duas vezes, uma só com os pais de cada um, outra com poucos familiares.
O primeiro aconteceu em Santa Mônica, cidade do estado da Califórnia, em Fevereiro de 2009. Estavam presentes Seu Valdir e Dona Vânia, pai e mãe da Gisele; Tom Sr. e Galynn, pai e mãe de Tom; e John Edward, filho de Brady com a atriz Bridget Moynahan. Casaram-se numa igreja católica da cidade.
O segundo em Abril de 2009 foi mais uma festa que aconteceu na casa deles em Costa Rica. Cerca de 40 pessoas foram convidadas; só familiares. Ninguém da NFL presente. Ninguém do mundo da moda presente.
Alvos de setas invejosas e laços de amor, Gisele e Tom compartilham sentimentos opostos. Homens admiram a beleza da brasileira na mesma proporção que mulheres torcem o nariz pela exuberância da modelo mais famosa do mundo: “É tudo marketing (ou photoshop)!” dizem por aí. Mulheres admiram a beleza do americano na mesma proporção que homens torcem o nariz pelo sucesso que um dos melhores jogadores da NFL desfruta: “Ele não tem talento, conseguiu tudo nas costas do time (e é cheio de frescura)!” dizem por aí.
Parece que existe uma força que impede nós seres humanos de admitir que alguém é O (A) melhor simplesmente por ser O (A) melhor. Sempre vai ter uma pessoa pronta para destilar o veneno letal da falta de humildade e que irá proferir palavras prontas para denegrir o próximo que, a propósito, não está agindo com má fé, só está fazendo o que gosta, fazendo sucesso e fazendo dinheiro.
Eles vão administrar com cuidado os bens que possuem para que seu filho, Benjamin, tenha um crescimento saudável. O nome do bebê, aliás, surgiu para que ele não sofresse complicações quando estivesse nos EUA ou no Brasil. Gisele e Tom acirraram uma feroz disputa para acertar na pronúncia certa do nome que deveria se encaixar bem tanto na língua inglesa quanto na portuguesa. Benjamin foi a escolha ideal e o significado do nome indica com exatidão o que ele representa: filho da felicidade.
O jovem casal – ela tem 29 anos e ele 32 – terá um cotidiano diferente pela frente com o mais novo membro da família a bordo. A casa na Costa Rica é a de férias, a residência oficial é em Boston, próxima as instalações do New England Patriots e eles estão construindo uma casa em Los Angeles para ficar mais próximo de John, pois lá é onde mora Bridget. Gisele viaja bastante a trabalho e Tom precisa se dedicar muito ao estudo do jogo, principalmente durante o campeonato. Eles vão dá um jeito de se encontrar e manter forte a chama do amor. Basta não surgir o assunto dinheiro, porque Tom pode ficar desconfortável já que Gisele é quem fatura mais “verdinhas” na casa; e também moda não deve ser um tema abordado, Tom não gosta que ninguém escolha roupas para ele vestir...
Futuros (?) desentendimentos à parte, Gisele e Tom tem muitas coisas em comum e vão se dar bem por entenderam o que é profissionalismo.
***
Olivia Palito.
Este não era o personagem de desenho animado preferido da Gisele: era seu apelido quando criança. Era mais alta que as colegas, mais magra... Contudo tinha um sonho e encarou com toda dedicação, punhos cerrados e olhar confiante.
Tem seis irmãs – é gêmea com Patrícia. Criada no interior do Rio Grande do Sul, na pequena cidade de Horizontina, Gisele cresceu do seu jeito, se divertindo sempre e esbanjando carisma. Na adolescência, ela foi em busca de realizar o desejo maior que tinha no coração. Concentrada, nada impediria de alcançar a profissão modelo. Desde cedo ela encarava poses para fotos como trabalho e se dedicava igual a uma profissional pronta para entrar em ação. Aos 14 anos surge a primeira capa de revista. Capricho teve a honra de apresentá-la ao mundo, porém poucos trabalhos surgiram na sequencia criando um sentimento de frustração. Inabalável, Gisele seguiu em frente, mesmo com críticos afirmando que ela não tinha “perfil de capa de revista” por ter um nariz grande.
Pois bem, antes de completar 18 anos, ela (com seu grande nariz), abria desfiles da grife Dolce & Gabanna em Milão, Itália. Ao atingir a maioridade, seu “grande nariz” lhe rendeu seu primeiro milhão de dólares.
Em 2009, mesmo grávida durante nove meses, ela foi a modelo que mais faturou – segundo a revista Forbes. Os trabalhos com True Religion, London Fog, Dolce & Gabanna e com a Ipanema by Gisele renderam US$ 25 milhões; a segunda colocada, Heidi Klum, ganhou US$ 16 milhões.
Seis semanas após o nascimento de Benjamin, Gisele já estava trabalhando. Seu cuidado com a gravidez a permitiu lavar louça no dia seguinte depois de dar à luz. Até o oitavo mês de gestação ela praticava Kung-Fu e Yoga, exercícios que ajudavam o bebê e a ela. – com uma alimentação saudável, Gisele ganhou apenas 13 quilos. O parto foi natural ao extremo. Logicamente nada de cirurgia para não deixar marcas no corpo, nada de anestesia; ela queria sentir a dor. Sentada numa banheira com a parteira do lado e oito horas depois do inicio do trabalho, veio o bebê. Dor? Nada disto. Passou longe.
Os flashes já voltaram a sua rotina e seus projetos paralelos voltam a ganhar força. Duas florestas, uma na Bahia e outra em São Paulo, são financiadas por Gisele como parte do programa de reconstrução da Mata Atlântica. Em cada uma delas estão sendo replantadas 25.500 árvores de 100 espécies diferentes e a primeira muda foi posta por Gisele em 2008. Ela tem um engajamento ambiental forte e consistente. Sua imagem foi um pouco arranhada em 2002 ao posar com um casaco feito com pele de animal, fruto de ingenuidade e inocência (tinha 21 anos). Após o episódio ela aprendeu o impacto que causa e agora utiliza sua fama para ensinar algo. Fez inúmeras doações para projetos sociais, ajudando o programa Fome Zero aqui no Brasil e cedendo 1 milhão e 500 mil dólares à Cruz Vermelha em prol das vítimas do terremoto que devastou o Haiti em 2010.
Quem disse que ele não ouve os críticos. O protesto da ONG PETA (em português: Pessoas pelo Tratamento Ético dos Animais) em 2002 lhe serviu como um alerta sobre a representatividade do personagem chamado Gisele Bündchen. Pontos para ela que soube reverter o quadro e tomar uma atitude pró-ativa. Se alguém acha que ela poderia fazer muito mais, que pelo menos faça um pouco para ajudar o meio-ambiente, ONG´s ou projetos governamentais antes de falar qualquer bobagem.
Seu trabalho está disponível a todos que queiram ver e admirá-la; ou criticá-la. A reação do fãs não é sentida imediatamente, mas um dia ela notou o quanto as pessoas são atraídas por sua beleza: estava passando de carro por uma das ruas mais movimentadas de New York, quando se depara com um gigantesco outdoor – 10 metros de altura. Quem passava por lá diminuía o passo, parava, observava, tirava uma foto e continuava a caminhada. O detalhe é que ela estava na foto só de calcinha, sutiã e cinta-liga.
Gisele não se sentiu “a tal”, “a boazuda”: ela ficou envergonhada...
A próxima ação dela é divulgar entre as mulheres um simples produto que todas usam independente da classe social: creme para o rosto. Gisele criou um produto natural e que pode ser utilizado diariamente. A linha contém cremes para o dia, para a noite e máscaras para o rosto. Através deste produto ela quer passar uma mensagem que vem embutida na marca: Sejaa. O “a” extra no final, segundo Gisele, é inspirado nas técnicas usadas no Yoga para liberação de energia. Ela quer transpor a utilidade de um creme de beleza para a manutenção de um rosto limpo e tocar o interior daquelas que pegarem no pote pela manhã e ver escrito nele uma dica de como agir no dia que estar por vir.
Sejaa!
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Pergunta: Por que Tom Brady não é considerado o melhor jogador de football da história? Se não o melhor, pelo menos deve ser considerado entre os tops.
Realmente é esquisito fazer uma lista com Jim Brown, Joe Montana, Jerry Rice, Walter Payton e encontrar o nome Tom Brady. Pode soar estranho, mas o atual QB dos Patriots fez por onde para ter o direito de receber uma menção honrosa deste nível.
Um simples exercício de recordação leva ao entendimento moderado do papel histórico que Tom cumpriu em 11 temporadas atuando na NFL – ainda vem mais pela frente. Conseguiu a invencibilidade com os Patriots na temporada 2007 e foi o MVP do campeonato; tem três títulos do Super Bowl (2002, 2004 e 2005) e dois troféus de MVP nas finais de 2002 e 2004. Possui os seguintes recordes na NFL: maior quantidade de passes para touchdown numa temporada regular (50); maior número de vitórias em playoffs (10); maior número de vitórias em prorrogações sem perder um jogo (7)... São várias as marcas dele, números que testificam o seu talento em campo. Das demais façanhas, duas merecem um detalhamento.
Em 2007, New England entrou na pós-temporada enfrentando uma enorme pressão com a possibilidade de ser campeão invicto. No primeiro jogo dos playoffs contra o Jacksonville Jaguars, Brady fez uma partida beirando a perfeição, completando 92.9% dos passes tentados (26 de 28), a melhor marca da liga em playoffs ou temporada regular.
No ano passado, retornando de uma cirurgia no joelho esquerdo que o tirou da temporada 2008, Brady fez algo incrível na semana 6 do campeonato contra o Tennessee Titans. Com o Foxboro Stadium (estádio dos Patriots) coberto de neve, Tom converteu 5 passes para TD somente no segundo quarto, estabelecendo um novo recorde na NFL de passes para TD em um quarto.
Brady teve um 2009 especial: casou, viu o nascimento do seu segundo filho... Na parte profissional, ele percebeu que ainda tem muita coisa para mostrar na liga, mesmo tendo atuações dúbias e uma cirurgia no currículo. Contando todos os problemas que o QB encarou, chega-se ao ponto de considerar a temporada 2009 um sucesso. Apesar dos pesares, Brady registrou importantes números: as 4398 jardas é a sua segunda melhor marca, só perde para as 4806 de 2007; o 65.7% de passes completos é a sua segunda melhor marca, só perde para o 68.9% de 2007; os 28 passes para TD é a sua segunda melhor marca empatando com 2004 e 2002, só perde para os 50 passes para TD de 2007.
As performances do campeonato passado fizeram a franquia repensar como será o futuro dele no clube. O contrato de seis anos firmado em 2005 se encerra ao final desta temporada e as conversas para uma renovação já se iniciaram. Executivos de outros clubes nem mostram interesse no QB, não porque o querem longe, mas há uma enorme chance dele acertar com os Patriots e encerrar a carreira por lá. Caso seja diferente, um rebuliço vai acontecer na liga, na certeza que algum distúrbio afeta quem comanda o New England.
Tom começou a carreira numa circunstância comum para o jovem jogador: reserva-do reserva-do reserva; na temporada de novato Brady era o 4º QB do elenco. Quando estava na universidade de Michigan ele também era reserva, Entretanto, da mesma forma que ao assumir a titularidade em Michigan ele mostrou qualidade, aconteceu igual com os Patriots. Ao ser o responsável por comandar o ataque da equipe em 2001, substituindo o QB Drew Bledsoe, Brady foi campeão do Super Bowl, o primeiro título da franquia – que então tinha 41 anos de existência. O restante é notícia...
Em nenhum instante Brady se deixou abater pela decepção de ser escolhido na sexta rodada do draft de 2000 (199ª escolha) e ser deixado de lado. Ele é um cara de personalidade e agia contrariamente ao esperado: lutava ao invés de se entregar. Na situação que ele passou, era cômodo culpar quem quer que fosse por estar naquele desconfortável estado, mas aí perderia tempo chorando e murmurando, tempo este que poderia ser usado sabiamente. E foi isto que ele fez, usando o tempo livre para estudar o jogo, se aprimorar tecnicamente e taticamente e mostrar a comissão técnica que era digno de uma oportunidade. Ela veio ao seu encontro e Brady não a desperdiçou.
Este pensamento lhe ajudou para superar a lesão em seu joelho esquerdo. A armadilha do cansaço ficou bem à sua frente. Ao seu dispor estava a escolha de relaxar e desistir ou batalhar e seguir à diante. Optou pela última, pois seria um obstáculo a mais para ser superado. Os números de 2009 estão aí para provar que ele está bem; muito bem.
Nada vem por acaso. Uma frase batida que tem seu valor. Se o odeiam, estão lhe fazendo um favor, colocando mais lenha no fogo que move Brady à procura da plenitude. No meio do caminho vêm as falhas, aparece os defeitos e brotam os erros, mas ele tem uma mente boa capaz de captar tudo isso e extrair o mais conveniente. Para ajudá-lo, agora há o “filho da felicidade” na sua vida e uma mulher em casa para trazer conforto, carinho e afeto.
Nada para se pré-ocupar. Os dois já enfrentaram lutas parecidas, passaram por caminhos similares... Eles se entendem.
(GL)
© 1 Lucas Jackson / Reuters
*Todas capas de revistas aqui apresentadas pertencem as suas respectivas publicações
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