Quem prevalecerá?
O jogador que teve o pior mês de Abril em sua carreira com 4 RBI´s, 1 HR e aproveitamento de 14.3%?
O jogador que teve o melhor mês de Maio em sua carreira com 27 RBI´s, 10 HR´s e um aproveitamento de 36.3% ?- recebeu o prêmio de Jogador do Mês da Liga Americana
Ou o jogador que teve um mês de Junho equilibrado com 22 RBI´s, 6 HR´s e um aproveitamento de 23.8%?
O responsável por todas esses dados acima é David Ortiz, rebatedor designado (DH) do Boston Red Sox, que vivenciou nestes três primeiros meses da temporada 2010 altos e baixos extremos, partindo de um total fracasso para um dos mais produtivos DH. A recente série contra o Baltimore Orioles é um exemplo de como suas atuações tem sido contrastantes. Ele foi fantástico no jogo de sábado (dia 3 de Julho) rebatendo 3 vezes em 4 oportunidades, enquanto no domingo (dia 4) ele passou em branco em 4 oportunidades com 3 strikeouts.
Será culpa dos esteróides? Teriam eles efeitos tão drásticos em um espaço de tempo curto? Ou seriam apenas performances naturais com erros e acertos que acontecem com qualquer outro? Até poderia ser a última opção, mas a notícia de que ele é um dos 100 jogadores que está na lista de dopados do ano de 2003 mancha sua carreira. Logo que o jornal The New York Times, em Julho do ano passado, publicou matéria mencionando o nome de Ortiz na lista (juntamente com o então companheiro de clube, Manny Ramirez), surgiram números e estatísticas que mostravam um crescimento das atuações em campo a partir de 2003.
Bem, em 2003 ele teve 31 HR´s e foram aumentando nas temporadas subsequentes até chegar a marca mais alta em 2006 de 54 HR´s. Depois ouve um declínio até chegar em 28 HR´s em 2009. Em 68 jogos na temporada 2010, Ortiz tem 17 HR´s. Se mantiver o ritmo, termina o campeonato com 37 HR´s – o que seria para ele a melhor marca nos últimos quatro anos.
Na verdade, o número de HR´s pode ser maior, pois Ortiz tende a ter uma segunda metade de temporada melhor que a primeira. Desde que chegou em Boston, ele sempre teve um OPS (estatística que mede a capacidade do jogador de rebater com força e chegar às bases) maior depois do Jogo das Estrelas do que antes. Porventura, será culpa dos esteróides?
Não dá para acobertar o que aconteceu em 2003, são fatos de outra história. Agora, por mais que ele tenha tomado, na ocasião, uma substância que aumente sua força com o bastão, a mesma não lhe dá habilidade para rebater a bola com qualidade por tanto tempo. David traz esta característica consigo e de fato, se seu tempo de comemorar vários HR´s faz parte do passado, ele continua produzindo com qualidade e é uma peça importante no ataque dos Red Sox. Atualmente ele está com 54 RBI´s e pode terminar a temporada com 118 – seria a quarta melhor marca em 13 anos na MLB.
Em Abril deste ano, contudo, ele enfrentou uma situação complicada. Foi preterido em muitas ocasiões por exatamente ter o pior início de campeonato da carreira. Alvo de críticas ferrenhas da imprensa e de torcedores, Ortiz respondia furioso que não levava em consideração opiniões de pessoas que nunca jogaram beisebol. Não enxergava que a realidade era outra.
Terry Francona, treinador do Boston, conhece do riscado e assumiu responsabilidades em relação ao seu DH. Devido ao baixo aproveitamento, o comandante o colocou em sexto na linha de rebatedores. Em algumas ocasiões, Francona descansava Ortiz contra arremessadores canhotos ou o substituía nas últimas entradas dos jogos em que um canhoto era o adversário. A situação foi extrema contra o Toronto Blue Jays no dia 27 de Abril. Boston estava com as bases lotadas e o jogo empatado em 1 a 1 na oitava entrada. Ortiz ia para o bastão quando Francona o substituiu por outro rebatedor (no caso, Mike Lowell). Para um cara que é especialista em rebatidas e RBI´s, sair de uma partidas nestas circunstâncias trouxe um sinal de alerta.
Aí veio Maio e tudo mudou. Ortiz passou a rebater com eficiência e voltou a uma posição relevante no ataque: número três. Até a possibilidade de trocá-lo ou não renovar seu contrato, que termina ao final desta temporada, deixou de ser mencionada em Boston. Tudo dependerá de como serão os próximos meses e de qual Ortiz aparecerá: o pior, o melhor ou o equilibrado.
O jogador que teve o pior mês de Abril em sua carreira com 4 RBI´s, 1 HR e aproveitamento de 14.3%?
O jogador que teve o melhor mês de Maio em sua carreira com 27 RBI´s, 10 HR´s e um aproveitamento de 36.3% ?- recebeu o prêmio de Jogador do Mês da Liga Americana
Ou o jogador que teve um mês de Junho equilibrado com 22 RBI´s, 6 HR´s e um aproveitamento de 23.8%?
O responsável por todas esses dados acima é David Ortiz, rebatedor designado (DH) do Boston Red Sox, que vivenciou nestes três primeiros meses da temporada 2010 altos e baixos extremos, partindo de um total fracasso para um dos mais produtivos DH. A recente série contra o Baltimore Orioles é um exemplo de como suas atuações tem sido contrastantes. Ele foi fantástico no jogo de sábado (dia 3 de Julho) rebatendo 3 vezes em 4 oportunidades, enquanto no domingo (dia 4) ele passou em branco em 4 oportunidades com 3 strikeouts.
Será culpa dos esteróides? Teriam eles efeitos tão drásticos em um espaço de tempo curto? Ou seriam apenas performances naturais com erros e acertos que acontecem com qualquer outro? Até poderia ser a última opção, mas a notícia de que ele é um dos 100 jogadores que está na lista de dopados do ano de 2003 mancha sua carreira. Logo que o jornal The New York Times, em Julho do ano passado, publicou matéria mencionando o nome de Ortiz na lista (juntamente com o então companheiro de clube, Manny Ramirez), surgiram números e estatísticas que mostravam um crescimento das atuações em campo a partir de 2003.
Bem, em 2003 ele teve 31 HR´s e foram aumentando nas temporadas subsequentes até chegar a marca mais alta em 2006 de 54 HR´s. Depois ouve um declínio até chegar em 28 HR´s em 2009. Em 68 jogos na temporada 2010, Ortiz tem 17 HR´s. Se mantiver o ritmo, termina o campeonato com 37 HR´s – o que seria para ele a melhor marca nos últimos quatro anos.
Na verdade, o número de HR´s pode ser maior, pois Ortiz tende a ter uma segunda metade de temporada melhor que a primeira. Desde que chegou em Boston, ele sempre teve um OPS (estatística que mede a capacidade do jogador de rebater com força e chegar às bases) maior depois do Jogo das Estrelas do que antes. Porventura, será culpa dos esteróides?
Não dá para acobertar o que aconteceu em 2003, são fatos de outra história. Agora, por mais que ele tenha tomado, na ocasião, uma substância que aumente sua força com o bastão, a mesma não lhe dá habilidade para rebater a bola com qualidade por tanto tempo. David traz esta característica consigo e de fato, se seu tempo de comemorar vários HR´s faz parte do passado, ele continua produzindo com qualidade e é uma peça importante no ataque dos Red Sox. Atualmente ele está com 54 RBI´s e pode terminar a temporada com 118 – seria a quarta melhor marca em 13 anos na MLB.
Em Abril deste ano, contudo, ele enfrentou uma situação complicada. Foi preterido em muitas ocasiões por exatamente ter o pior início de campeonato da carreira. Alvo de críticas ferrenhas da imprensa e de torcedores, Ortiz respondia furioso que não levava em consideração opiniões de pessoas que nunca jogaram beisebol. Não enxergava que a realidade era outra.
Terry Francona, treinador do Boston, conhece do riscado e assumiu responsabilidades em relação ao seu DH. Devido ao baixo aproveitamento, o comandante o colocou em sexto na linha de rebatedores. Em algumas ocasiões, Francona descansava Ortiz contra arremessadores canhotos ou o substituía nas últimas entradas dos jogos em que um canhoto era o adversário. A situação foi extrema contra o Toronto Blue Jays no dia 27 de Abril. Boston estava com as bases lotadas e o jogo empatado em 1 a 1 na oitava entrada. Ortiz ia para o bastão quando Francona o substituiu por outro rebatedor (no caso, Mike Lowell). Para um cara que é especialista em rebatidas e RBI´s, sair de uma partidas nestas circunstâncias trouxe um sinal de alerta.
Aí veio Maio e tudo mudou. Ortiz passou a rebater com eficiência e voltou a uma posição relevante no ataque: número três. Até a possibilidade de trocá-lo ou não renovar seu contrato, que termina ao final desta temporada, deixou de ser mencionada em Boston. Tudo dependerá de como serão os próximos meses e de qual Ortiz aparecerá: o pior, o melhor ou o equilibrado.
(GL)
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