Marvin Williams, Mike Bibby, Josh Smith, Al Horford e Joe Johnson
“...brigam por qualquer razão, mas acabam pedindo perdão.” A música tema da “Grande Família”, seriado mais popular da Tv brasileira, poderia definir a franquia Hawks nestes últimos anos. Desentendimentos dentro e fora de quadra marcou esta década do time de Atlanta que, contudo, vai participar do segundo playoff consecutivo desde 1998-99.
Só para registrar. Nos anos 80 e 90, Atlanta Hawks era presente constante na pós-temporada, apesar de nunca ter passado das semifinais de conferência. O número de fãs era bastante sólido, acompanhando o trabalho do treinador Mike Fratello (anos 80) e Lenny Wilikins (anos 90).
Então chega o novo milênio e tudo muda em Atlanta, dos jogadores à direção. O resultado é péssimas decisões administrativas, mais jogadores de baixo nível, igual a fuga do público nos jogos dos Hawks em casa. Joe Johnson, em entrevista recente à CBS disse: “Quando eu pisei na quadra para um jogo valendo, era como se ninguém da cidade soubesse que tem um time da NBA jogando. Simplesmente ninguém nos assistia”. Ele chegou à equipe em 2005.
A crise entre os fãs e a equipe vem desde o inicio desta década.
Para quem quiser tomar algum partido desta “briga familiar”, veja só dois exemplos que os diretores dos Hawks fizeram em drafts passados:
- 2001: Atlanta tem a terceira escolha e está em uma boa posição. Os dois primeiros jogadores foram Kwame Brown e Tyson Chandler. Então a franquia faz uma excelente escolha: Pau Gasol (acima, foto à esq). Mas a noticia boa para por aqui. No mesmo dia, Atlanta troca o espanhol por Shareef Abdur-Rahim... Não precisa dizer mais nada né?
- 2005: Uma deficiência que o time sempre teve ao longo desses últimos anos foi na armação. Neste ano, os Hawks tinham a segunda escolha e só não podiam pegar Andrew Bogut que foi o número 1. Então, o clube escolhe Marvin Williams (ótimo jogador, aliás), mas deixou passar Deron Williams (no meio, foto à esq) (nº3), Chris Paul (abaixo foto à esq.) (nº4) e Raymond Felton (nº5).
Lembrando que anos depois, em Fevereiro de 2008, o Atlanta troca 5 jogadores e uma escolha no Draft por Mike Bibby (ar.). Só assim o time chega aos playofs depois de dez temporadas.
Os fãs não gostavam das decisões vindas da diretoria, não apoiavam a equipe nos jogos em casa e ainda assitiam via imprensa a principal estrela da equipe em atrito com o treinador.
O capitulo "Mike Woodson versus Josh Smith" é um caso à parte que teve inicio em 2006.
Woodson suspendeu Josh em dois jogos por insubordinação (Smith xingou o treinador após uma discussão em um tempo técnico sobre seu papel em uma jogada). Em março deste ano, Woodson colocou Smith no banco o segundo tempo inteiro no jogo contra os Bobcats por uma discussão que ambos tiveram no intervalo.
A relação entre os dois é digna de uma sitcom. Literalmente. É difícil ver um olha cara a cara para o outro, mesmo sabendo que há uma dependência entre eles; Josh Smith não vai ganhar sozinho e nem Mike Woodson vai ganhar sem Smith. Nas declarações à imprensa, os dois negam qualquer desentendimento, mas através da própria mídia é que se disparava as famosas indiretas. Por isso, O treinador e o jogador entraram em um acordo: Não responder mais perguntas sobre o assunto. O engraçado é que dias depois, quaestionado se os dois estão “no mesmo barco”, Mike Woodson respondeu: “Nõs concordamos em discordar”...
Isso sem mencionar as “Caras e Bocas” que Woodson faz quando Smith perde uma bola ou erra um arremesso: mão na cintura, braços cruzados, olhar para o céu...
Mas, recapitulando, “está tudo bem entre eles”. Afinal, o time está vencendo e não só isso, com possibilidade de ter vantagem de mando de quadra nos playoffs.
Alguém pode dizer: “Mas isto é importante? Como ficam os fãs nesta história? Eles não apoiavam a equipe...”
É muito importante sim. Os Hawks estão jogando bem em casa e é fundamental para a equipe ter o “mando de quadra” para poder chegar novamente às semifinais da conferência. Igual a toda família, os fãs esqueceram os erros do passado e estão lotando a Phillips Arena.
Até que o coro deles poderia ser este “...eu também sou da família, também quero catucar!.”
Porque família 100% unida só em comercial de margarina.
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