Ufa!
Passamos num grande teste! Certo que parte da pressão exercida sobre nós foi imputada... bem, por nós mesmos. Mas o alívio de vencer Peyton Manning e o Indianapolis Colts fora de casa é gratificante. Ainda considerando o que me cercou nesta temporada, declarações e mais declarações sobre o potencial do elenco, com a afirmação do meu treinador para “ajudar”: Super Bowl ou Fracasso.
Ah Rex Ryan, esse cara é uma figura, diz aí? Bem sabia ao terminar a reunião de seis horas na cidade de Baltimore em 2009, onde ele era o coordenador defensivo dos Ravens, que estava me comprometendo a chegar a outro nível. A atitude dele e seu método de trabalho trariam aos Jets uma nova maneira de encarar o jogo, de administrar crises e sucessos. Estava me entrelaçando com um bom problema.
Penso comigo porque fui aceitar o convite da HBO para filmar minha preparação para este campeonato. Sabia que o essencial eles não mostrariam: os extenuantes exercícios, as variações táticas defensivas e ofensivas... Claro que o editor do programa “Hard Knocks” procurou o lado alternativo e escolheu transmitir imagens e cenas curiosas: meu QB pedindo uma pizza, meus atletas usando um dispositivo que insinuava um pervertido gesto masculino... Além da abundante confiança, confundida por arrogância e prepotência.
Tudo isso me veio à mente contra os Colts no sábado passado. Restavam 53 segundos para o término da partida e precisava de um field goal para vencer (perdia por 14 a 16). Antonio Cromartie pegou a bola dentro da minha end zone e retornou o punt em 47 jardas. Numa boa posição, agora era a vez do quarterback Mark Sanchez aparecer.
Ele não vinha numa boa sequência. Estava vivo graças a 2 TD´s do RB LaDainian Tomlinson. Porém o jogo corrido não era opção, o jogo aéreo tinha que entrar em cena. Em cinco jogadas, quatro delas na formação shotgun (propicia para o passe), cheguei até a jarda de número 14 dos Colts, ótima posição para o kicker Nick Folk marcar os três pontos da vitória.
Antes do chute, quero destacar o que aconteceu no lance anterior. Era uma 2ᵃ descida para 8, a 32 jardas da end zone. O coordenador ofensivo Brian Schottenheimer programava uma jogada quando o WR Braylon Edwards pediu a bola para ele, aproveitando a diferença de altura em relação ao seu marcador, o CB Jacob Lacey. Sanchez chamou a jogada ideal e Brian aceitou. Não era nada extraordinário; bastava lançar uma bola alta para Edwards que ele fazia o resto (e fez!) – veja vídeo abaixo.
Então Folk converteu o FG e vencemos o jogo. Foram instantes de apreensão porque não queria falhar. Já pensou? Imagina se eu saio perdedor? A pressão exagerada exercida sobre mim viria me pegar de sobreaviso. Talvez não tivesse alternativa a não ser assumir o erro. Mas será que minha confiança transformaria em arrogância e prepotência? É, acho que teria admitir o fracasso.
Bom! Graças ao trabalho duro pude corresponder, pude superar a situação adversa. As palavras motivacionais acerca do clube não teriam valor algum com a derrota. O resultado positivo veio através de um desempenho estrelar, algo que não é adquirido repentinamente. As conversas que resultavam em “Super Bowl ou Fracasso” surgiam por haver uma possibilidade de alcançar o objetivo maior. Há em mim a realização de poder vencer qualquer um e em 53 segundos foi mostrado a toda NFL o quanto longe posso ir.
Não há um dia no qual a inveja e o olhar desacreditado me deixam em paz. Constantemente sofro ataques daqueles que não tem personalidade para examinar as próprias habilidades e declarar sobre o que é capaz. Sei dos meus limites, entretanto sei muito bem onde posso chegar – e não tenho medo de me posicionar! Posso me arrebentar mais pra frente, só que não perco a oportunidade. Quem quiser fazer média sinta-se à vontade; não preciso disto, muito obrigado.
O problema real é controlar meu treinador. Ah Rex Ryan! Mal chegamos no Divisional e ouvi ele cutucar o nosso próximo adversário: New England Patriots. Disse que Bill Belichick (treinador) é isto, que Tom Brady (QB) é aquilo... Não tem jeito. Mas eu amo Ryan, não existe um cara que se dedica mais ao clube. Quem está no dia-a-dia com os jogadores? Ele. Quem estuda o adversário minuciosamente? Ele. Quem tem um discurso contagiante e energizador? Ele. Ryan conhece cada um dos indivíduos que estão sob seu comando, quem sou eu para contrariar? Se ele entende que o grupo aguenta a pressão, que assim seja. Até eu vou na onda e digo que este tal de Bill (trapaceiro) Belichick e o Justin Bieber, quer dizer, Tom Brady são de nada, conquistaram tudo pela obra do acaso.
O que me dá uma alegria sem igual não são os fantásticos momentos vividos nesta temporada, mas sim aqueles 53 segundos. Pra mim ficou explícito o quanto podemos superar qualquer obstáculo; um comportamento exemplar. Livros, palestras e discursos não são plataformas suficientes para suportar tamanha vitrine motivacional. Quem presenciou sabe do que estou falando.
Para manter a mesma linguagem interna e atiçar o coreto, só tenho uma coisa a dizer:
Próximo!
Passamos num grande teste! Certo que parte da pressão exercida sobre nós foi imputada... bem, por nós mesmos. Mas o alívio de vencer Peyton Manning e o Indianapolis Colts fora de casa é gratificante. Ainda considerando o que me cercou nesta temporada, declarações e mais declarações sobre o potencial do elenco, com a afirmação do meu treinador para “ajudar”: Super Bowl ou Fracasso.
Ah Rex Ryan, esse cara é uma figura, diz aí? Bem sabia ao terminar a reunião de seis horas na cidade de Baltimore em 2009, onde ele era o coordenador defensivo dos Ravens, que estava me comprometendo a chegar a outro nível. A atitude dele e seu método de trabalho trariam aos Jets uma nova maneira de encarar o jogo, de administrar crises e sucessos. Estava me entrelaçando com um bom problema.
Penso comigo porque fui aceitar o convite da HBO para filmar minha preparação para este campeonato. Sabia que o essencial eles não mostrariam: os extenuantes exercícios, as variações táticas defensivas e ofensivas... Claro que o editor do programa “Hard Knocks” procurou o lado alternativo e escolheu transmitir imagens e cenas curiosas: meu QB pedindo uma pizza, meus atletas usando um dispositivo que insinuava um pervertido gesto masculino... Além da abundante confiança, confundida por arrogância e prepotência.
Tudo isso me veio à mente contra os Colts no sábado passado. Restavam 53 segundos para o término da partida e precisava de um field goal para vencer (perdia por 14 a 16). Antonio Cromartie pegou a bola dentro da minha end zone e retornou o punt em 47 jardas. Numa boa posição, agora era a vez do quarterback Mark Sanchez aparecer.
Ele não vinha numa boa sequência. Estava vivo graças a 2 TD´s do RB LaDainian Tomlinson. Porém o jogo corrido não era opção, o jogo aéreo tinha que entrar em cena. Em cinco jogadas, quatro delas na formação shotgun (propicia para o passe), cheguei até a jarda de número 14 dos Colts, ótima posição para o kicker Nick Folk marcar os três pontos da vitória.
Antes do chute, quero destacar o que aconteceu no lance anterior. Era uma 2ᵃ descida para 8, a 32 jardas da end zone. O coordenador ofensivo Brian Schottenheimer programava uma jogada quando o WR Braylon Edwards pediu a bola para ele, aproveitando a diferença de altura em relação ao seu marcador, o CB Jacob Lacey. Sanchez chamou a jogada ideal e Brian aceitou. Não era nada extraordinário; bastava lançar uma bola alta para Edwards que ele fazia o resto (e fez!) – veja vídeo abaixo.
Então Folk converteu o FG e vencemos o jogo. Foram instantes de apreensão porque não queria falhar. Já pensou? Imagina se eu saio perdedor? A pressão exagerada exercida sobre mim viria me pegar de sobreaviso. Talvez não tivesse alternativa a não ser assumir o erro. Mas será que minha confiança transformaria em arrogância e prepotência? É, acho que teria admitir o fracasso.
Bom! Graças ao trabalho duro pude corresponder, pude superar a situação adversa. As palavras motivacionais acerca do clube não teriam valor algum com a derrota. O resultado positivo veio através de um desempenho estrelar, algo que não é adquirido repentinamente. As conversas que resultavam em “Super Bowl ou Fracasso” surgiam por haver uma possibilidade de alcançar o objetivo maior. Há em mim a realização de poder vencer qualquer um e em 53 segundos foi mostrado a toda NFL o quanto longe posso ir.
Não há um dia no qual a inveja e o olhar desacreditado me deixam em paz. Constantemente sofro ataques daqueles que não tem personalidade para examinar as próprias habilidades e declarar sobre o que é capaz. Sei dos meus limites, entretanto sei muito bem onde posso chegar – e não tenho medo de me posicionar! Posso me arrebentar mais pra frente, só que não perco a oportunidade. Quem quiser fazer média sinta-se à vontade; não preciso disto, muito obrigado.
O problema real é controlar meu treinador. Ah Rex Ryan! Mal chegamos no Divisional e ouvi ele cutucar o nosso próximo adversário: New England Patriots. Disse que Bill Belichick (treinador) é isto, que Tom Brady (QB) é aquilo... Não tem jeito. Mas eu amo Ryan, não existe um cara que se dedica mais ao clube. Quem está no dia-a-dia com os jogadores? Ele. Quem estuda o adversário minuciosamente? Ele. Quem tem um discurso contagiante e energizador? Ele. Ryan conhece cada um dos indivíduos que estão sob seu comando, quem sou eu para contrariar? Se ele entende que o grupo aguenta a pressão, que assim seja. Até eu vou na onda e digo que este tal de Bill (trapaceiro) Belichick e o Justin Bieber, quer dizer, Tom Brady são de nada, conquistaram tudo pela obra do acaso.
O que me dá uma alegria sem igual não são os fantásticos momentos vividos nesta temporada, mas sim aqueles 53 segundos. Pra mim ficou explícito o quanto podemos superar qualquer obstáculo; um comportamento exemplar. Livros, palestras e discursos não são plataformas suficientes para suportar tamanha vitrine motivacional. Quem presenciou sabe do que estou falando.
Para manter a mesma linguagem interna e atiçar o coreto, só tenho uma coisa a dizer:
Próximo!
(GL)
Escrito por João da Paz
Escrito por João da Paz
Um comentário:
Lindo texto...
Isso é o Jets!!!
J-E-T-S
JETS!!!
JETS!!!
JETS!!!
CABRAL
#96 - FOZ BLACK SHARKS
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