Negar o ócio é com Mikhail Prokhorov. Isto ele faz com devoção.
O hoje multibilionário, número 39 do mundo segundo a revista Forbes (edição 2010), era um simples russo que além de enfrentar dificuldades financeiras e sociais, teve a perda do pai e da mãe cedo em sua vida, lhe dando poucas alternativas de como sobreviver sem eles por perto.
Antes da tragédia, Prokhorov já tinha caminhado pelas estradas do trabalho e dinheiro ganho. Sua família vivia num complexo de apartamentos muito comum na União Soviética, no qual várias casas compartilhavam um só banheiro e uma só cozinha. Qualquer grana era bem vinda e ele, adolescente, começou a descarregar vagões cargueiros de trens para ajudar na renda dos seus pais. Pouco tempo se passou e amigos de escola passaram a auxiliar o “pequeno administrador” que desde cedo percebeu o dote de gerenciar pessoas – estes amigos trabalhavam para ele.
As primeiras economias se computavam e Prokhorov entra na faculdade. Um dos cursos no Instituto Financeiro de Moscou era sobre negócios internacionais, algo inviável no regime socialista soviético. Quando ele finalizou a graduação em 1989, a Perestroika estava em ação, um projeto político/econômico de reconstrução de uma nova nação – teve início em 1985. Neste período, em 1988, Prokhorov perdeu os pais, bem quando ele começou seu segundo emprego, dando passos largos rumo à independência financeira. A sacada foi fabricar roupas jeans, aproveitando a abertura do mercado soviético de então a produtos ocidentais. A população vivia extasiada por poder consumir produtos antes por lá proibidos e Prokhorov lucrou com isto.
O que mais Prokhorov encontrou na sua carreira foram favores e oportunidades. Sua experiência desde novo em tratar com empregados, ter um estudo e praticar a teoria escrita na lousa, fez dele um agente único e importante na Perestroika. Seu conhecimento era vasto para ficar numa fábrica, então ele abraçou a primeira chance que teve em trabalhar num banco, depois foi administrar uma importante organização financeira e neste vai e vem conheceu um cara (Vladimir Pontanin) que viu nele a capacidade de um puro empresário, o chamou para ser sócio e compraram uma média indústria de metal. Sob as mãos de Prokhorov, esta média indústria (Norilsk Nickel) se tornou uma das maiores corporações do mundo.
Aí os milhões foram se acumulando, se acumulando... Aí os bilhões foram se acumulando, acumulando... Sobrava uma graninha para gastar em suas paixões e o basquete russo se deu bem nessa. Prokhorov passou gerenciar o CSKA Moscou, que debaixo da sua administração se tornou uma potência na Europa, tanto dentro quanto fora de quadra. Ganhou duas EuroLiga (2006 e 2008), quebrando um jejum de 35 anos; participou constantemente do Final Four do torneio; e colocou o basquete do seu país em evidencia. Mas aquilo não foi nada, pois o controle principal do clube pertencia a um grupo de empresas e Prokhorov largou seu “passatempo”, vendendo sua parte porque não iria conseguir lucrar.
Mais uma vez a vida lhe proporciona uma renovação de ânimo e reapresenta a oportunidade. Ao mesmo tempo em que ele saiu do CSKA, um amigo americano lhe informou sobre um time da NBA que estava à venda, chamado New Jersey Nets. Este foi o mesmo período (ano de 2008) que ele se desentendeu com seu principal sócio – Pontanin – por um episódio obscuro protagonizado por Prokhorov na França. Mikhail vendeu sua parcela da Norilsk e se deu bem, já que a recessão da economia mundial veio, atingiu a Rússia com toda a força e as ações da empresa caíram 79%. A pessoa que comprou a parte de Prokhorov (Oleg Deripaska) perdeu cerca de US$ 24 bilhões e Pontanin viu bilhões saírem da sua conta bancária. Sobrava Prokhorov com bilhões parados, esperando a oportunidade mais uma vez lhe encontrar.
O hoje multibilionário, número 39 do mundo segundo a revista Forbes (edição 2010), era um simples russo que além de enfrentar dificuldades financeiras e sociais, teve a perda do pai e da mãe cedo em sua vida, lhe dando poucas alternativas de como sobreviver sem eles por perto.
Antes da tragédia, Prokhorov já tinha caminhado pelas estradas do trabalho e dinheiro ganho. Sua família vivia num complexo de apartamentos muito comum na União Soviética, no qual várias casas compartilhavam um só banheiro e uma só cozinha. Qualquer grana era bem vinda e ele, adolescente, começou a descarregar vagões cargueiros de trens para ajudar na renda dos seus pais. Pouco tempo se passou e amigos de escola passaram a auxiliar o “pequeno administrador” que desde cedo percebeu o dote de gerenciar pessoas – estes amigos trabalhavam para ele.
As primeiras economias se computavam e Prokhorov entra na faculdade. Um dos cursos no Instituto Financeiro de Moscou era sobre negócios internacionais, algo inviável no regime socialista soviético. Quando ele finalizou a graduação em 1989, a Perestroika estava em ação, um projeto político/econômico de reconstrução de uma nova nação – teve início em 1985. Neste período, em 1988, Prokhorov perdeu os pais, bem quando ele começou seu segundo emprego, dando passos largos rumo à independência financeira. A sacada foi fabricar roupas jeans, aproveitando a abertura do mercado soviético de então a produtos ocidentais. A população vivia extasiada por poder consumir produtos antes por lá proibidos e Prokhorov lucrou com isto.
O que mais Prokhorov encontrou na sua carreira foram favores e oportunidades. Sua experiência desde novo em tratar com empregados, ter um estudo e praticar a teoria escrita na lousa, fez dele um agente único e importante na Perestroika. Seu conhecimento era vasto para ficar numa fábrica, então ele abraçou a primeira chance que teve em trabalhar num banco, depois foi administrar uma importante organização financeira e neste vai e vem conheceu um cara (Vladimir Pontanin) que viu nele a capacidade de um puro empresário, o chamou para ser sócio e compraram uma média indústria de metal. Sob as mãos de Prokhorov, esta média indústria (Norilsk Nickel) se tornou uma das maiores corporações do mundo.
Aí os milhões foram se acumulando, se acumulando... Aí os bilhões foram se acumulando, acumulando... Sobrava uma graninha para gastar em suas paixões e o basquete russo se deu bem nessa. Prokhorov passou gerenciar o CSKA Moscou, que debaixo da sua administração se tornou uma potência na Europa, tanto dentro quanto fora de quadra. Ganhou duas EuroLiga (2006 e 2008), quebrando um jejum de 35 anos; participou constantemente do Final Four do torneio; e colocou o basquete do seu país em evidencia. Mas aquilo não foi nada, pois o controle principal do clube pertencia a um grupo de empresas e Prokhorov largou seu “passatempo”, vendendo sua parte porque não iria conseguir lucrar.
Mais uma vez a vida lhe proporciona uma renovação de ânimo e reapresenta a oportunidade. Ao mesmo tempo em que ele saiu do CSKA, um amigo americano lhe informou sobre um time da NBA que estava à venda, chamado New Jersey Nets. Este foi o mesmo período (ano de 2008) que ele se desentendeu com seu principal sócio – Pontanin – por um episódio obscuro protagonizado por Prokhorov na França. Mikhail vendeu sua parcela da Norilsk e se deu bem, já que a recessão da economia mundial veio, atingiu a Rússia com toda a força e as ações da empresa caíram 79%. A pessoa que comprou a parte de Prokhorov (Oleg Deripaska) perdeu cerca de US$ 24 bilhões e Pontanin viu bilhões saírem da sua conta bancária. Sobrava Prokhorov com bilhões parados, esperando a oportunidade mais uma vez lhe encontrar.
Atualmente ele é dono de um fundo privado de investimento chamado ONEXIM Group, tem uma mineradora e metalúrgica de ouro (Poylus Gold), uma empresa de seguros (IFC-Bank), empresa de nanotecnologia e uma empresa no setor imobiliário. Nisto tudo falta sua paixão, aí entram os Nets.
Com um “dinheirinho de nada”, 200 milhões de dólares, Prokhorov comprou 80% da franquia e 45% da companhia que está construindo a nova arena – fora que ele já tem sociedade com corretores que agem na área do Brooklyn onde o ginásio será erguido, lugar conhecido por Atlantic Yards. Quem manda por lá é Bruce Ratner (ex-dono dos Nets) que tem os outros 55% de controle sobre a arena.
O russo não vai se intrometer nas operações do basquete, para isto ele irá designar pessoas competentes e especialistas, cobrando delas resultados e eficiência. Esta e a próxima temporada será um aprendizado, pois ele está num território estranho e precisa aprender como funcionam as coisas na NBA em relação a produtividade dentro de quadra. Ele, entretanto, já lançou um desafio aos seus jogadores: playoffs neste ano e final de campeonato (no máximo) daqui a cinco anos. Mesmo sendo algo, digamos, inatingível aparentemente, isso cria um compromisso em atingir metas, gerando doses de crença e confiança.
No que diz respeito aos reforços para o elenco, Prokhorov se movimentou. Ofereceu propostas aos jogadores LeBron James e Carmelo Anthony, assim como ao treinador Mike Krzyzewski – todos destaques em suas posições. Os três recusaram e o russo não se dobrou, deixando bem claro que não irá implorar para que pessoas venham fazer parte do seu clube. Sabe que no futuro os papéis se inverterão e pessoas vão implorar para estarem com os Nets. Esta é uma das lições que ele já aprendeu.
Quando a franquia se mudar definitivamente para o famoso bairro de New York (habitada em parte por 330 mil imigrantes russos), ela será a sensação da NBA. Prokhorov chegou na associação não só para praticar um “passatempo”, mas para lucrar e criar um clube totalmente diferente. Ele não só estipulou metas para seus subordinados, fez uma para si, dizendo que irá transformar, em 5 anos, os 200 milhões de dólares investidos em, ao menos, 1 bilhão de dólares, valor que planeja para sua franquia ao final desse prazo.
Não se turbe caso veja poucas movimentações nestes próximos anos; apesar que o russo não ficará quieto. O investimento é a médio tempo e tudo será feito, administrativamente falando, para colocar a franquia/time Nets na elite da NBA. Prokhorov não entrou nesta por brincadeira e seu investimento – seja por sorte, reza ou competência – dará lucro. Não esqueça:
Negócio é com Mikhali Prokhorov. Isto ele faz com devoção.
(GL)
Escrito por João da Paz
Escrito por João da Paz
© 1 foto por Mitya Aleshkovsky / arte GL
© 2 por Wealthy Russian
© 3 Warga / NYDN
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